Era prático, não nego, receber via e-mail a edição em papel do Jornal Tribuna de Macau, em arquivo pdf. Só clicar o anexo e lia o jornal tal como vendido nas bancas. Isto no Brasil, nem sonhar, só em Macau mesmo.
A rigor este envio destinava-se aos leitores da diáspora macaense cadastrados, no entanto, nada impedia que os residentes em Macau pudessem também ter acesso à edição em papel sem precisar de comprá-la nas bancas de jornais. Bom para o bolso do leitor, mas ruim para o jornal, embora, pela pequena população de língua portuguesa em Macau, o jornal não sobreviveria apenas com o arrecadado na venda nas bancas. O que conta mesmo é o ganho com a publicidade, tal como acontece em todos os jornais, tanto que há muitos distribuídos gratuitamente.
Explicando, o Jornal Tribuna de Macau (JTM) tinha um site antiquado como reconhece o seu diretor, bastante difícil para navegar pelas suas páginas e sofreu uma boa reforma que o tornou moderno, equiparado aos sites de jornais do mundo. Com isso, necessitando de mais cliques (hits) no seu site para justificar à publicidade, encerrou a remessa da edição em papel (pdf) e convidou os leitores acostumados a isso a ler as notícias no site.
Cada leitor ou visitante pode gerar pelo menos dez páginas visitadas (veja explicação a respeito no fim da postagem), num número superficial, e isso melhora as estatísticas do site comercialmente. Mesmo lamentando o fim da edição em papel via e-mail, como disse, muito prático, entendi bem os motivos expostos por seu diretor, José Rocha Diniz, e mudei meus hábitos. Coloquei o link do jornal na barra de favoritos visível no navegador, como o Google Chrome, e todas as manhãs, após percorrer pelos links dos e-mails já clico no JTM e me atualizo das notícias de Macau.
Para lembrar, outrora, nós da diáspora macaense para ter notícias de Macau, só as tínhamos pelas cartas de familiares e amigos, ou pela boa vontade do Padre Moreira, em Macau, que enviava o “O Encontro” via correios e a gente fazia uma contribuição para auxiliar o jornal paroquial. Hoje, graças a Deus, nós da diáspora lemos as notícias da terra ao mesmo tempo que os residentes em Macau.
Hoje, Macau, com pouco mais de seis mil habitantes que falam o português, entre os mais de quinhentos mil de língua chinesa, é um milagre manter um jornal de língua portuguesa e há quatro, o JTM, Hoje Macau, Ponto Final e O Clarim. Se ao menos todos os seis mil comprassem jornais nas bancas, ainda tudo bem, mas isso não ocorre.
Vejamos então o e-mail assinado pelo diretor do JTM com clara exposição de motivos, restando a nós ou a quem quiser, mudar os hábitos e passar a ler as notícias diretamente do site:
Edição histórica de 28/03/2013: a última em papel (arquivo pdf) enviada por e-mail. Clicar no texto abaixo para baixar o arquivo em pdf e ler ou guardar de lembrança, se não o fez:
Jornal Tribuna de Macau edição de 28-03-2013
O e-mail do JTM de 24/04/2013 assinado pelo seu diretor, José Rocha Diniz:
Explicação adicional aos leitores do JTM
Um leitor, a quem agradeço muito, escreveu-me a referir que a leitura dos PDFs que anteriormente mandávamos era mais fácil que ir ao site.
Compreendo-o perfeitamente, mas devo explicar as razões da mudança.
É que não tínhamos tráfego no nosso site, e embora sendo o jornal em Português de Macau mais lido fora de Macau, não tínhamos clicks no site. No passado não havia problema, porque o site anterior era bastante primitivo. Mas agora o site é igual ao que de melhor se faz em todo o mundo e já não nos envergonha.
Em termos editoriais, automaticamente quantas vezes houver mais clicks, maior é a visibilidade do site. Isso é importante, porque coloca as noticias em primeiro lugar.
Igualmente importante é que a publicidade conhece o tráfego dos jornais na internet e então a Tribuna tinha um tráfego residual.
Não falo da publicidade do Governo, que essa felizmente, é constante. Mas da outra, da empresarial. É verdade que não é muita, nem não dá muito dinheiro, mas nas actuais circunstâncias de Macau (em 2013, escuso de dizer mais) todas as receitas são importantes.
Macau mudou muito e também no jornalismo. Os jornais portugueses não têm mecenas como no passado. Têm que viver com os seus recursos e tudo conta.
Neste momento a Tribuna tem 7 jornalistas, mais uma secretária de Redacção que é meio jornalista e duas designers, uma delas é meio jornalista. Nunca em Macau houve um jornal português com tantos profissionais, todos licenciados em jornalismo ou em direito. Uma é chinesa e tem mestrado em Língua Portuguesa. Outro é especialista da indústria do jogo. É um verdadeiro luxo…
Com estes dados, espero agora que compreendam porque fizemos tal mudança e pedimos que acompanhem o site. Por isso, reconhecendo que não é tão prático, pedias-lhe que nos ajudassem a lançar o novo site, lendo as notícias directamente no site. Com alguma prática verão que é simples. Têm acesso ainda a noticias dos dias anteriores e dentro em breve a notícias do passado (talvez dentro de um mês). Terão acesso também a vídeos e Ultimas notícias quando tal se justificar.
No fundo peço pois que os nossos leitores nos ajudem a dar mais força internacional à Tribuna, pois essa será a forma de dar força e consistência a esta “aventura” jornalística em Língua Portuguesa.
Um grande abraço
José Rocha Dinis
Site do Jornal Tribuna de Macau: www.jtm.com.mo
* Entenda os contadores de sites e blogs: Os contadores mais comuns são de páginas visitadas, embora uns têm dois contadores, como deste blog no quadro de Flags (bandeiras). Quando citam Visitors (visitantes) significa uma pessoa que por si pode visitar muitas páginas (pageviews) do site ou blog. E, se referem a PageViews (páginas visitadas) ou em geral nem dão essa informação que ilude estatisticas, significa o número de páginas visitadas por cada visitante. Assim, um visitante pode visitar dez páginas, o que não significa que se aparecer o nº 10, é que dez pessoas visitaram o site. Muitos se iludem ao ver 100.000 no site ou blog, pensando que 100 mil pessoas o visitaram, o que não é verdade, pois são 100 mil páginas visitadas por um número menor de pessoas, digamos, 40 mil pessoas visitaram 100 mil páginas do site ou blog. Neste blog o quadro de bandeiras é explicito nos números de pessoas visitantes (visitors) e mais abaixo as páginas visitadas (pageviews) por eles, além da origem em países (flags).
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
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