As poesias de Eugénio de Andrade e os desenhos de Carlos Marreiros
“Pequeno Caderno do Oriente”
Encarte da Revista de Cultura nº 18 de 1994, uma edição do Instituto Cultural de Macau, a título de “Pequeno Caderno do Oriente” traz a seguinte apresentação:
“As poesias, apontamentos e prosas poéticas deste “Pequeno Caderno do Oriente” foram escritos em Macau pelo poeta Eugénio de Andrade, durante uma visita de alguns dias a Macau e à China, m Outubro de 1990. Carlos Marreiros fez as ilustrações para a edição deste “Caderno” especial da RC, em Novembro de 1993.”
JARDIM DE LOU LIM IEOC
Deste jardim o que levo comigo
é um ramo de bambu para servir
de espelho ao resto dos meus dias.
PEDRA PROFUNDA
No ar imóvel a pedra começa.
Sou-lhe fiel pelo seu aroma.
Vim de longe para tocar o fogo
da sua geometria sem fronteiras.
Pedra ferida. pedra acariciada.
Pedra profunda. Subindo alto.
TEMPLO DA BARRA
O verde dos bambus mais altos é azul
ou então é o céu que pousa nos seus ramos.
BALANÇA
No prato da balança um verso basta
para pesar no outro a minha vida.
EUGÉNIO DE ANDRADE
Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas GOSE • GCM (Póvoa de Atalaia, 19 de Janeiro de 1923 — Porto, 13 de Junho de 2005) foi um poeta português.
Biografia
O poeta nasceu na freguesia de Póvoa de Atalaia (Fundão) em 19 de Janeiro de 1923. Fixou-se em Lisboa aos dez anos, com a mãe, que entretanto se separara do pai.2
Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em 1936, o primeiro dos quais, intitulado Narciso, publicou três anos mais tarde.
Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressa depois de cumprido o serviço militar convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, numa casa que só deixou mais de quatro décadas depois, quando se mudou para o edifício da extinta Fundação Eugénio de Andrade, na Foz do Douro.
Durante os anos que se seguem até hoje, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira, como Joel Serrão, Miguel Torga, Afonso Duarte, Carlos Oliveira, Eduardo Lourenço, Joaquim Namorado, Sophia de Mello Breyner Andresen, Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Mário Cesariny, José Luís Cano, Ángel Crespo, Luis Cernuda, Jaime Montestrela, Marguerite Yourcenar, Herberto Helder, Joaquim Manuel Magalhães, João Miguel Fernandes Jorge, Óscar Lopes, e muitos outros.
Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com «essa debilidade do coração que é a amizade».
Recebeu um sem número de distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1988), Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001). A 8 de Julho de 1982 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e a 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.
Faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada.
(Fonte: Wikipedia – Imagem: Wikimedia Commons)
CARLOS MARREIROS
Carlos Alberto dos Santos Marreiros, nascido em Macau no ano de 1957, é arquitecto estabelecido por conta própria, professor universitário, artista plástico e autor de três livros e inúmeros artigos e ensaios publicados em língua portuguesa, chinesa e inglesa. Regressou a Macau em 1983 e embora nunca tivesse sido functionário público de carreira serviu, em comissão de serviço, a Administração do Território como técnico superíor (1983-1986) e como Presidente do Instituto Cultural do Governo de Macau (1989-1992).
(Fonte: http://www.macauart.net/Artist/ContentP.asp?cid=200&id=93)
Carlos Marreiros is an award winning architect, urban planner, designer and artist with his cutting-edge creations widely recognized and internationally published. Born in Macau, he studied in Macau, Portugal, Germany and Sweden, before returning to Macau in 1983.
He is regularly invited to exhibit and lecture at galleries and Universities in Europe, America and Asia. He is also an university professor and community leader, serving in many non-governmental organizations and governmental committees. He was bestowed with honorific decorations by Macau SAR Government’s Chief Executive, by two former Governors of Macau and by the President of the Republic of Portugal. Carlos Marreiros is the founder and partner of MAA – Marreiros Arquitectos Associados, E&W-DP Ltd and Albergue SCM – Creative Space.
(Fonte: http://www.macaucreations.com/artists/view/carlos-marreiros)
*Agradecimentos ao Instituto Cultural de Macau e Carlos Marreiros
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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