Em 2010, Henrique Manhão publicou vários artigos no Jornal Tribuna de Macau sobre a Gastronomia Macaense na Diáspora Macaense. Num deles, em 30 de Março, falou sobre Alberto Carlos Paes d’Assumpção, mais conhecido como “Acaio”, na época, presidente da Casa de Macau do Rio de Janeiro para o mandato de 2010-2012.
O artigo foi reproduzido no website Projecto Memória Macaense e agora republicado neste seu blog.
Acaio, um dos principais responsáveis pela culinária macaense na Casa do Rio, tem sempre cozinhado para as festas e convívios. Lembro-me que, aquando da gestão em que era membro da Direção da Casa de São Paulo em 2000, na visita da nossa comitiva ao Rio, o Acaio preparou um delicioso tacho para o necessário bom convívio entre as duas comunidades no Brasil, coisa que prezo muito. Aliás, esse prato é uma das suas especialidades.
Vejamos então o que o Henrique escreveu a respeito do Acaio, e em seguida, duas das suas receitas que apresentou na aula de culinária macaense na Casa de São Paulo em 2008:
Artigo de 30/03/2010 publicado no Jornal Tribuna de Macau de autoria de Henrique Manhão (EUA)
O chefe de cozinha que preside a Casa de Macau no Rio
Nascido a 3 de Setembro de 1942 em Macau, Alberto Carlos Paes d’Assumpção, mais conhecido como Acaio é o actual presidente da Casa de Macau no Rio de Janeiro.
Filho mais novo de João Corrêa Paes d’Assumpção e Epifânia Assam Pães d’Assumpção, ficou órfão de pai quando tinha apenas um ano e meio de idade.
Ao JTM recorda que “foi com a minha mãe que aprendi a arte de cozinhar, pois naquela época em Macau, após a guerra, a minha mãe incentivou -nos a mim e aos outros sete irmãos a aprender um pouco de tudo , pois como ela dizia nunca se sabe o que será o dia de amanhã” .
E acentua que “de entre as tarefas domésticas a minha preferida foi a culinária, não só Macaense como também Internacional. Com a minha mãe aprendi a ir ao Mercado para comprar tudo o necessário para as refeições do dia a dia”.
Acaio salienta que quando trabalhava na Inspecção do Comércio Bancário, ia almoçar muitas vezes ao Clube de Macau, quando a chefe de Cozinha era a sua tia Anita d’Assumpção. Foi com ela que “devido à minha vontade e ao interesse em aprender, aprendi o “pulo do gato” de vários pratos macaenses.
Toda a família era dedicada ao desporto. Durante a sua juventude Acaio foi excelente praticante de “Karate”, tendo chegado a ser cinturão negro, enquanto os seus irmãos António e José eram bons jogadores de futebol, com presenças habituais na selecção de Macau.
Com todo este currículo na confecção gastronómica, Acaio revela que desde 1997 assume a posição de chefe de Cozinha da Casa de Macau – Rio de Janeiro, tendo elaborado quase todos os almoços com comidas especialmente típicas de Macau.
Nas suas ementas não falham o Minchi, Bafassá , Diabo, Feijoada, Dobrada, Porco Balichão, Tacho, Carne com Amargoso, Hám Sin Chói, Caril de Galinha, Arroz Gordo, Arroz Chau Chau, Chau Min, Chái de Bonzo, etc…
E neste momento é o presidente da Casa de Macau no Rio de Janeiro , eleito para o triênio 2010/2012. Acaio d’Assumpção apresentou duas receitas na aula de gastronomia macaense realizada na Casa de Macau de São Paulo em 2008. Eram elas: Caldo Verde e Bacalhoada, à moda da sua Tia Anita, velha conhecida do antigo Clube de Macau:
Nota: o atual presidente da Casa de Macau do Rio de Janeiro é Augusto Pina (gestão 2013-2015)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
Comentários