No alto do monte Tianmen com 1.518 metros de altitude acima do mar e 2,2 quilômetros quadrados de superfície no topo, há uma caverna natural que mede 131,5 metros de altura, 57 de largura e 60 de profundidade.
Para chegar lá, há uma estrada sinuosa de 11 kms, com 99 curvas e que levou 7 anos para ser construída, ou se preferir, tiver coragem e não sofrer de claustrofobia, pode utilizar um dos 98 teleféricos que cabem 8 pessoas cada um, numa viagem de 7,5 km e subida de 1.280 metros até o topo, e daí subir uma escada com 99 degraus até a caverna.
E já lá no topo da montanha, os turistas podem caminhar quilômetros por passeios construídos na lateral do penhasco, incluindo trechos com piso de vidro, algo de arrepiar e que exige novamente muita coragem. Mas tudo isso compensa, pois a vista lá no topo é deslumbrante e fantástica.
Tudo isso você vê nas fotos a seguir, e no final um histórico completo extraído do site da CRI. A inspiração da publicação derivou-se de um e-mail repassado pela amiga Dulce com um pps cujo autor (reformatação e tradução) se denomina MP. As fotos não têm autoria atribuída (the authors of the photos are unknown).
98 teleféricos com capacidade de 8 pessoas cada um, percorrem uma distância de 7,5km subindo 1.280metros
O monte Tianmen da provincia de Hunan
(texto do site CRI – China Radio International no http://portuguese.cri.cn/165/2008/10/29/1s97958.htm)
O monte Tianmen fica 8 quilômetros ao sul da cidade de Zhangjiajie. Com a forma semelhante a uma mesa, a montanha tem 1.518 metros de altitude acima do mar e 2,2 quilômetros quadrados de superfície no topo. Um dia, no ano de 260, o governador local passou por ali e, casualmente, uma parte da montanha desmoronou e apareceu no precipício uma caverna. O imperador soube da notícia e achou que era um bom presságio. Ele denominou o monte Tianmen, que quer dizer porta do céu. A partir daí, a montanha ficou conhecida em todo o país.
O idoso Chen Ziwen vive no sopé do monte Tianmen desde pequeno. Ele contou a história de Yuwen Yong, imperador do período Zhou do Norte há cerca de 1.500 anos, que cultuava o céu e a terra na montanha:
“Normalmente, o culto se realizava nas Cinco Montanhas Sagradas, porém, naquela época, o Monte Heng das Cinco Montanhas Sagradas no sul da China estava fora do território do imperador Yuwen Yong, por isso, ele escolheu o monte Tianmen para o substituir e realizou o rito ali, chefiando todos os ministros civis e militares.”
A história mostra que o monte Tianmen já é famoso há muito tempo. A caverna no precipício é o símbolo da montanha. A entrada da caverna tem 131 metros de altura e 57 metros de largura, sendo considerada a maior entrada de caverna do mundo. Olhando do sopé da montanha, a entrada parece uma janela de palácio no céu, rodeada por nuvens flutuantes. Nos dias chuvosos, a caverna esconde-se entre as nuvens e a névoa, muito mais misteriosa do que nos dias normais.
O monte Tianmen é tão íngreme que na antiguidade ninguém conseguia subir ao topo. Hoje, foram construídos 999 degraus para os turistas chegarem ao cume e conhecerem a caverna. Para os chineses, o número nove significa o maior. 999 escadas têm o sentido de subir ao palácio do céu.
Zhang Leilei, uma turista, chegou ao monte Tianmen pela primeira vez. Olhando tantos degraus, ela pensou que subir e descer do monte seria muito cansativo:
“Nunca subi este monte. É altíssimo. E as escadas são estreitas e íngremes. Acho que a descida será ainda mais difícil.”
No topo da entrada da caverna, cresce um tipo de bambu verde e baixo. Quando venta, as folhas dos bambus pendurados se esfregam, fazendo o som de “Sa, sa”. De vez em quando, águas caem do topo, como se estivesse garoando. Segundo os habitantes locais, quem consegue pegar 48 gotas de água com a boca pode se tornar um gênio.
Na antiguidade, o monte Tianmen atraiu muitos religiosos e eremitas a levarem uma vida de retiro ali. Wang Xu, um famoso inteletual do Reino Qi do período dos Reinos Combatentes, mais de 2 mil anos atrás, morava sozinho em uma caverna do Monte Tianmen, estudando e escrevendo livros. As obras dele são transmitidas até hoje.
O senhor Li Guangzhang é um explorador amador e vive no sopé do monte Tianmen desde pequeno. Ele tem um grande interesse nas histórias e lendas sobre a montanha e fez várias explorações na caverna em que Wang Xu morou.
“Moro no sopé do monte Tianmen. Adoro muito a montanha. Quando era criança, fiquei muito curioso sobre a caverna da lenda e decidi entrar nela quando cresci. Tive muito medo na primeira exploração. Mas, posteriormente, entrei várias vezes na caverna e não temi mais.”
O monte Tianmen situa-se no sul da cidade de Zhangjiajie. Dezenas de anos atrás, os habitantes podiam ver diretamente a caverna Tianmen quando entravam e saíam do portão da cidade. Mas, hoje, as pessoas não conseguem vê-la mais, porque, a caverna muda de posição geológica lentamente. Luo Zhaoyong, fotógrafo, disse:
“Tenho trabalhado como fotógrafo há 30 anos e conheci profundamente o monte Tianmen. Antigamente, a caverna Tianmen era defronte ao portão da cidade. Posteriormente, a caverna mudou para o oeste. Ela nunca parou de mudar.”
Além das lendas e fenômenos misteriosos, a montanha ainda possui outra atração, a rica cultura de academia. Na antiguidade chinesa, o sedor educacional da região era bastante próspero. A Academia Tianmen formou muitos inteletuais e funcionários, dando grandes contribuições para a administração do país. Chen Ziwen, natural da região Tianmen, disse ao repórter:
“O imperador da dinastia Yuan Tiemuer elogiou muito a contribuição da Academia Tianmen e escreveu pessoalmente o nome da Academia.”
A partir daí, a Academia Tianmen ficou conhecida por todo o país. Até 1904, quando o antigo sistema de exame imperial foi cancelado e a Academia foi transformada em uma escola primária.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
Comentários