Num texto curto e explicativo, o folheto impresso pelo Museu Marítimo de Macau, na época em que o território ainda era administrado por Portugal, nos dá uma ideia de como foi a presença portuguesa no Japão, no século XVI, a partir de 1543:
PRESENÇA PORTUGUESA NO JAPÃO
Em 1543, alguns portugueses desembarcaram na ilha de Tanegashima, iniciando-se então os contactos luso-nipónicos.
Os portugueses deram a conhecer aos japoneses o método de utilizar e fabricar a espingarda, arma até essa data desconhecida no Japão, e que rapidamente foi adoptada pelos exércitos dos diversos senhores feudais que se guerreavam com o objectivo de obter o controlo (controle) do país.
O estabelecimento de viagens regulares entre a índia e o Japão foi uma das principais causas do rápido desenvolvimento de Macau desde a sua fundação até às primeiras décadas do século XVII. Com efeito, o Japão era um grande comprador de sedas chinesas e, por outro lado, na China a prata nipónica era muito apreciada. A função de intermediário entre os dois países foi desempenhada pelos mercadores portugueses que graças à localização estratégica de Macau, tinham fácil acesso aos produtos chineses.
As grandes naus utilizadas pelos mercadores nessas viagens, os chamados «navios negros», foram motivo de inspiração para os artistas japoneses, autores dos célebres biombos-namban, que tão expressivamente retratam os marinheiros, os padres e os mercadores portugueses.
Mas não foi apenas na arte que se fez sentir a presença portuguesa no Japão.
A geografia, a cartografia, a astronomia, e a ciência náutica, entre outras, foram áreas que receberam um novo impulso com os conhecimentos levados da Europa pelos portugueses. A religião católica foi igualmente recebida com curiosidade e interesse pelos japoneses. Aos sacerdotes jesuítas se deve a introdução da medicina ocidental no Japão, e a instalação da primeira impressora de tipos móveis, com a qual editaram obras de carácter religioso, gramáticas, etc.
Através de Portugal, também a Europa tomou conhecimento do Japão. Os cartógrafos ocidentais começaram no século XVI a representar o arquipélago e as descrições feitas por Fernão Mendes Pinto no seu livro «Peregrinacão», ajudaram a conhecer o dia a dia do povo nipónico. As peças de laca, os biombos e outro mobiliário japonês, as baixelas de prata, as porcelanas e tantos outros objectos de origem nipónica passaram desde então a fazer parte do recheio das habitações das classes abastadas da Europa.
* As imagens são do folheto do M.M.M.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.


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