Cronicas Macaenses

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Quadros históricos – Macau

Quadros históricos (06)

Folheto de divulgação do Museu de Arte de Macau – MAM  e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, impresso em 2002, já na Macau retornada para a China, fala sobre os quadros históricos do seu acervo.

O texto e as imagens desta postagem são do folheto:

Quadros históricos (09)

QUADROS HISTÓRICOS E A GALERIA

Antigos documentos históricos relatam que o comércio entre a província chinesa de Cantão (Guangdong) e os países da orla do Mediterrâneo remonta aos tempos da dinastia Tang (618-906). Em meados do século dezasseis, os primeiros missionários católicos chegaram a Macau e aqui, cedo difundiram as artes e técnicas da xilogravura e pintura a óleo, divulgando-as mais tarde no seio do Império da China.

As obras dos primeiros pintores ocidentais que tiveram contacto com a China, vindos até aqui em navios comerciais estrangeiros, tinham como principais temas paisagens e habitantes nativos nas suas tradicionais ocupações e mesteres. Estas obras, construídas a partir de anotações ao vivo do meio ambiente e do povo, foram depois reproduzidas para serem vendidas aos cada vez mais freqüentes visitantes estrangeiros da China, que as levavam para os seus países onde eram objecto de grande curiosidade.

Inicialmente, estas pinturas ditas ‘de exportação’ eram, na sua grande maioria, executadas a tinta de óleo, mas durante o século dezoito este tipo de composições começou a ser produzido cada vez mais em outros media, tais como aguarela e guache- tendo como suporte cartão e, mais raramente, vidro. A popularidade deste tipo de obras pictóricas atingiu o seu auge em meados do século dezanove. Entre a última metade do século dezoito e a primeira metade do século dezanove os mais importantes artistas ocidentais que produziram pinturas ditas ‘de exportação’ foram o britânico George Chinnery (1774-1852), o francês Auguste Borget (1809-1877), o médico escocês Thomas Boswall Watson (1815-1860) e, já mais tarde, Marciano António Baptista (1856-1930) – nascido em Macau. Obras destes autores foram largamente copiadas para o mercado estrangeiro, por artistas contemporâneos chineses sediados em Guangzhou.

Sendo uma das características destas pinturas ditas ‘de exportação’ a fiel reprodução dos pormenores integrantes das suas composições- tanto paisagísticas como urbanas-os seus detalhes são valiosos testemunhos históricos da China de então. Este género de pinturas também influenciou as correntes pictóricas mais tradicionalistas e clássicas da China contemporânea.

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Rogério P. D. Luz, macaense-português de Macau, ex-território português na China, radicado no Brasil por mais de 40 anos. Autor dos sites Projecto Memória Macaense e ImagensDaLuz.

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O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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