Cronicas Macaenses

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(01) Património Arquitectónico de Macau, em desenhos de Ung Vai Meng

Antigos postais de Macau dos anos 80/90 publicados pelo Instituto Cultural de Macau, traz uma coletânea de 12 belos desenhos do Património Arquitectónico de Macau de autoria do pintor Ung Vai Meng, nascido em Macau.

Biografia do pintor publicada pela Netropolitan Museum conta que “Ung Vai Meng nasceu em Macau, onde estudou desenho e aquarela com o mestre Kam Cheong Leng. Em 1986 ele recebeu uma bolsa do Instituto Cultural de Macau para estudar pintura e gravura no Porto, na Faculdade de Belas Artes. Em 1991, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Oriente e do Instituto Cultural de Macau, estudou na AR.CO, em Lisboa, concluindo o curso de pintura em 1992.”

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Prédio da Santa Casa de Misericórdia

Conforme a página na internet da Santa Casa de Misericórdia de Macau: “Em 1569, D. Belchior Carneiro, que havia chegado a Macau apenas um ano antes, criou a Santa Casa e começou a gerir a instituição sem hesitações: “Quando cheguei a este porto, dito do nome de Deus, havia cá poucas habitações de portugueses… Mal cheguei, abri um hospital, onde se admitem tanto cristãos como pagãos… Criei, também, uma Confraria da Misericórdia… para prover a todos os pobres e envergonhados e aos que precisem…” Estas palavras foram escritas por D. Belchior numa carta dirigida ao Padre Geral Jesuíta, em que anunciava oficialmente a fundação da Santa Casa. Elas testemunham bem a sua forma de estar à frente da Irmandade, que se evidenciou até ao ano de 1581, em que, por doença, renunciou a todos os cargos que administrava. Activo e atento à realidade local, D. Belchior Carneiro fundou quase em simultâneo um hospício, onde, testemunham relatos escritos e manifestações artísticas, muitas vezes assistia em pessoa os leprosos. E com esta iniciativa, D. Belchior levou a Irmandade a deixar o seu primeiro grande marco na História de Macau. O hospício para lázaros, como na altura se chamava, foi o primeiro serviço de assistência social alguma vez constituído em Macau.

Obra da abnegada benevolência de D. Belchior, a Santa Casa de Misericórdia de Macau é, assim, a mais antiga instituição de solidariedade social da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), guiada pelos princípios da solidariedade cristã. Segundo estes, deve dar-se de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, vestir os nús, dar abrigo aos pobres e aos peregrinos, curar os enfermos e enterrar os mortos.

Macau patrimonio arquitectonico (03)

Igreja de São Domingos

De acordo com a enciclopédia livre Wikipedia: “A Igreja de São Domingos, de nome completo “Igreja do Convento dos Dominicanos de Nossa Senhora do Rosário”, foi fundada em 1587 por frades dominicanos espanhóis oriundos de México (uma antiga colónia espanhola). A população local chinesa chama-lhe de “Pan Cheong Miu” (Pagode de tábuas de madeira) porque, originalmente, este local de culto era construída em madeira. Foi substituída pela actual construção de tijolo, no séc XVII. O primeiro jornal português de Macau e também o primeiro jornal da Historia moderna da China, “A Abelha da China“, foi precisamente publicado nesta igreja, em 12 de Setembro de 1822.

Em 1834, com a expulsão e extinção de todas as ordens religiosas no Império Português, a Igreja de São Domingos foi confiscada pelo Governo de Macau e fechada ao culto católico. No final do séc. XIX, a política anti-clerical de Portugal suavizou-se. Por consequência, o Governo de Macau devolveu a administração desta igreja à Confraria de Nossa Senhora do Rosário da Mãe de Deus, que a tornou novamente num local de culto católico e ainda continua a administrá-la nos dias de hoje. Actualmente, a igreja, sendo ainda propriedade do Governo de Macau, está sob a jurisdição eclesiástica da paróquia da Sé.

Macau patrimonio arquitectonico (01)

Igreja de Santo Agostinho

A história (parcial) de acordo com a Wikipedia: “A construção da Igreja de Santo Agostinho foi iniciada em 1586 por frades agostinianos, mas só foi concluída em 1591. Originalmente, a Igreja, assim como o convento adjacente, era construída de madeira e palha por isso não conseguia resistir à chuva e ao vento, obrigando os frades a usarem folhas de palmeira para cobrir as partes danificadas. Vista à distância, fazia lembrar as barbas de um dragão por isso a população chinesa chamava-lhe de “Long Song Miu” (Templo do Dragão Barbudo). O edifício actual (construída em pedra) data de 1814.”

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Colégio Mateus Ricci

Prédio de 1959, denominado em homenagem ao padre jesuíta Matteo Ricci, que de acordo com a Wikipedia: “Padre Matteo Ricci, S.J. (Macerata, 6 de Outubro de 1552 — Pequim, 11 de Maio de 1610) foi um famoso sacerdote jesuíta, missionário, cientista, geógrafo e cartógrafo renascentista italiano. É conhecido pela sua actividade missionária na China da dinastia Ming, onde era conhecido por Lì Mǎdòu (利瑪竇). Ele é considerado o fundador das modernas missões católicas na China, contribuindo assim de modo fulcral para a introdução do catolicismo na China.”

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Rogério P. D. Luz, macaense-português de Macau, ex-território português na China, radicado no Brasil por mais de 40 anos. Autor dos sites Projecto Memória Macaense e ImagensDaLuz.

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O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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