Principal ponto turístico de Natal, no Rio Grande do Norte, Brasil. pelo valor histórico, visitei o Forte dos Reis Magos após ter percorrido a Via Costeira e a caminho da Praia de Genipabu em Maio de 2013. A paisagem do entorno do Forte em forma de estrela, andando pelo passadouro, é simplesmente deslumbrante como poderão ver nas fotos desta postagem,
O Forte estava na fase final da reforma com nova pintura branca, embora nesta fase anteriormente tinha sido interditada para avaliação de eventual prejuízo ao patrimônio histórico da cidade e do Brasil, para depois ser liberada para a sua conclusão. É imperdível uma visita para quem visitar Natal.
(Fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz)
Conheça a sua história:
Forte dos Três Reis Magos, Natal, RN
Maria do Carmo Andrade
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
pesquisaescolar@fundaj.gov.br
A Fortaleza do Rio Grande, conhecida como Forte dos Três Reis Magos, dos Reis Magos ou dos Santos Reis, atrai turistas e curiosos de todo o Brasil e até do exterior. É o mais antigo e importante monumento histórico de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Hoje ele abriga um museu com acervo referente à colonização do Estado.
Esse Forte apresenta grandes semelhanças com a Fortaleza Real de São Felipe, em Cabo Verde, não apenas pela finalidade, mas também pela situação geográfica, aspectos físicos e técnicos da construção.
Sua fundação é anterior a existência da própria cidade de Natal e remonta ao inicio da colonização do Brasil pelos portugueses, quando Portugal fazia parte do Reino da Espanha. Foi nessa época que Felipe II da Espanha mandou organizar uma expedição formada por Manuel Mascarenhas Homem, capitão-mor da Pernambuco, Francisco de Barros Rego, comandante da Esquadra, os irmãos mestiços Jerônimo, Jorge e Antonio de Albuquerque, Padre Lemos e Padre Gaspar, ambos da Companhia de Jesus, e Frei Bernardino das Neves, para tomar posse das terras potiguares, hoje Rio Grande do Norte.
Para executar essa missão, os portugueses teriam que expulsar os franceses que ali estavam em plena posse da região e em convívio cordial com os índios. Esse tipo de operação invariavelmente determinava a construção de um Forte e, nesse caso, o forte também seria o marco zero do povoamento da região.
A construção do Forte começou em seis de janeiro de 1598, dia de Reis, daí a origem do nome do Forte dos Três Reis Magos, construído na foz do Rio Potengi a 750m (setecentos e cinquenta metros) de sua barra (linha de arrebentações, permanente ou muito freqüente, de ondas junto à costa). A construção, típica instalação militar do século XVI, serviria de segurança para os portugueses, que estavam em choque com os franceses e os índios. Sua planta original é de autoria do Padre Gaspar de Saperes que fora mestre dos desenhos de engenharia na Espanha e Flandres antes de entrar para a Companhia de Jesus.
A forma atual do Forte, lembrando uma estrela de cinco pontas, surgiu em 1614, num projeto do arquiteto militar Francisco Frias de Mesquita. O Forte foi concluído em 1628, porém já em 1633 foi conquistado pelos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais, que passam a chamá-lo de Castelo de Keulen. O domínio holandês durou duas décadas. Durante esse tempo o Forte serviu também de prisão para brasileiros e portugueses e de casa de hóspedes para personalidades como o príncipe Mauricio de Nassau e Franz Post, pintor holandês (1612-1680) que foi quem primeiro retratou o Forte.
Desde a concepção da planta original até os dias de hoje, o Forte dos Reis Magos sofreu várias intervenções, ora de natureza física como restaurações, demolições, reformas e adequações, ora relativas à própria utilização. Já serviu como sede administrativa da Capitania, Comando Militar, Quartel de Tropas e refúgio de moradores. Desde 1950, entretanto, ele foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que até hoje zela por esse monumento de indiscutível relevância para a história, não só do Rio Grande do Norte, mas também do Brasil.
O acesso ao Forte é feito através de um passadouro de cimento armado a partir da avenida Praia do Forte, em nível mais alto, ao final do qual se desce vários degraus para alcançar a entrada onde se vê a imagem dos Reis Magos Gaspar, Belquior e Baltasar, doada por José I de Portugal (1750-1777).
A fortaleza foi o marco inicial da cidade — fundada em 25 de Dezembro de 1599 —, no lado direito da barra do rio Potenji (hoje próximo à Ponte Newton Navarro). Recebeu esse nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, dia de Reis pelo calendário católico. (Wikipedia)
A FORTALEZA DOS REIS MAGOS
Antônio Soares de Araújo
– Largas muralhas, rijas e pesadas,
Batidas pelo mar e pelo sol,
Sustenta sobre abóbadas e arcadas
A branca e esguia torre do farol.
– No abandono, sem armas nem paiol,
O Forte – lutador de eras passadas –
Vê desfilar, das vagas no lençol,
O pacato cortejo das jangadas.
– Em segredo conserva o poema antigo
Das guerras holandesas, das batalhas
Sustentadas com o bátavo inimigo…
– Vezes, porém, parece que se alteia,
Perdida no silêncio das muralhas,
A voz de Pedro Mendes de Gouveia…
(Recife, 11 novembro de 2011)
FONTES CONSULTADAS:
ANTONIO Soares de Araujo – Desembargador e poeta. Disponível em: <http://mediocridade-plural.blogspot.com/2011/06/antonio-soares-de-ataujo-desembargador.html>. Acesso em: 11 nov. 2011.
GALVÃO, Helio. Historia da Fortaleza da Barra do Rio Grande. Rio de Janeiro: MEC, Conselho Federal de Cultura, 1979.
GOMES, Lourenço Conceição. O valor simbólico das Fortalezas Reais de S. Felipe da Ribeira Grande de Cabo Verde e dos Três Reis Magos do Natal no Brasil. Saeculum: Revista de Historia, João Pessoa, n. 15, p. 159-170, jul./dez. 2006.
ROTEIROS NACIONAIS. Disponível em: <http://www.arituba.com.br/novo/nacional-01.php>. Acesso em: 11 nov. 2011.
Fonte: ANDRADE, Maria do Carmo. Forte dos Três Reis Magos, Natal, RN. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em 27/10/2013
O Forte dos Reis Magos fica ao lado da Ponte Newton Navarro acesso para o litoral norte de Natal, onde fica a Praia de Genipabu com suas famosas dunas
Entre as atrações do Museu destaca-se um marco do descobrimento do Brasil (para lá trazido na década de 1990) Wikipedia
Os visitantes são recebidos, à entrada, pela imagem dos Magos Gaspar, Belquior e Baltasar, doada por José I de Portugal (1750-1777) (Wikipedia)
clicar nas fotos para ampliar
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
Comentários