Legenda: da esquerda, o Jardim Botânico, Palácio do Governo e Consulado Americano – Hong Kong nos anos 60. Em primeiro plano, a Ilha de Hong Kong e ao fundo a península de Kowloon, ambas compõem a antiga colônia britânica de Hong Kong, devolvida para a China em 1997.
“O nome de Hong Kong é derivado de “Heung Kong”(01), que significa “porto perfumado”, que era o nome chinês para um ancoradouro em “Aberdeen” (depois Lord Aberdeen), assim chamado porque os navios coletavam água fresca de uma nascente próxima. O nome de Kowloon, que significa “nove dragões”, é derivado de um acontecimento de há 800 anos atrás, quando o menino imperador Ping fez uma contagem de oito colinas e comentou que devia haver oito dragões, devido à crença antiga de que um dragão habitava em cada montanha. Seu primeiro-ministro disse que havia nove dragões (“Kow-loon”)(02) por causa de outra crença antiga de que um imperador é um dragão. O nome perdurou por séculos.” Legenda: (01) heung ou héong em chinês-cantonense significa algo de bom cheiro, cheiroso ou perfumado. (02) Kow ou kâu é o nº 9.
Com este texto, o livreto promocional do Hong Kong & Shanghai Banking Corporation, hoje mais conhecido mundialmente por HSBC, fazia divulgação das suas atividades em Hong Kong e das particularidades da colônia britânica, como pontos turísticos, hotéis, comércio, produtos etc.
Julgo que muitos macaenses que trabalharam no Banco, devem ter tais livretos guardados de lembrança dos bons e velhos tempos. Herdei um exemplar do meu irmão José da Luz que também foi funcionário do HSBC até o início dos anos 70, quando emigrou para o Brasil.
Nesta postagem publico algumas das suas páginas para saudades daqueles que lá trabalharam, e para que os amigos visitantes possam conhecer um pouco dessa Hong Kong antiga. Espero voltar ao assunto noutras postagens com mais imagens e informações desta antiga colônia (colónia) britânica retornada para a China em 1997, que os ingleses não escondiam ser essa a qualificação, enquanto que em Macau, por suas justificativas da forma de colonização, os portugueses na época a qualificavam de província ultramarina.
(acima) Distrito Central – localizado na ilha de Hong Kong, ao fundo, confrontando com a península de Kowloon em 1º plano, é onde a maiorias das empresas têm os seus escritórios. Alguns prédios antigos, anteriores ao século 19, ainda resistem, mas a maioria foram construídos poucos anos atrás (dos anos 60). Acima do Distrito Central, espalhadas pela montanha, estão as residências dos mais ricos.
(acima) Peak Tram ou bonde para chegar ao cume do morro de 1.305 metros acima do nível do mar. Inaugurado em 1888, nunca sofrera nenhum acidente. Existem dois bondes com capacidade para 72 pessoas, puxados separadamente por 5.000 metros de cabos de aço. Enquanto um sobe o morro, outro desce, em trilhos intercalados exceto num cruzamento no meio.
(abaixo) Bancos: Os prédios em destaque na foto são os primeiros a serem vistos quando se chega a Hong Kong de Star Ferry (travessia de balsa de passageiros entre Hong Kong e Kowloon). O Tribunal de Hong Kong , no canto esquerdo, foi construído antes da virada do século (1900). Os três edifícios centrais são, da esquerda, Red China Bank, Hong Kong & Shanghai Bank e o Chatered Bank., O Pince’s Building (prédio), no canto direito, está no momentos (anos 60) a ser substituído por uma nova construção.
(acima) Aberdeen (veja a origem do nome de Hong Kong no início): é o principal vilarejo de pescadores e somando com o Abrigo contr Tufão Yaumati, reside por lá uma população flutuante de 150 mil pessoas. No porto de Aberdeen existem 4.000 embarcações (e quase 6.000 em Yaumati) sem contar outros 21 mil juncos e sampans (lorchas) que navegam pelas águas da colônia inglesa.
(acima) Repulse Bay é a melhor praia de Hong Kong e a origem do nome provém de um navio de guerra britânico (depois, traz detalhes de locação de cabines e tendas de praia e a condução para se chegar lá).
Mapa de Hong Kong vendo-se Macau no canto inferior à esquerda, distante 60 km por via marítima, além da estrada de ferro para Cantão ou Guangzhou. No mapa maior não é mostrada a localização de Macau, aliás como acontece em muitos mapas que se vêm desde aqueles tempos até a atualidade, minimizando a importância do antigo território ou colônia portuguesa.
(abaixo) Uma das sugestões do livreto-guia para sua diversão em Kowloon. Compare os preços do anúncio com a cotação em US$. Na época em 1964: US$ 1,00=HK$ 5,70 a 5,80; hoje Nov.2013: US$ 1,00=HK$ 7,80.
(abaixo) Câmeras Voigtlander, muito famosas na época sendo que a marca suiça em ótica existia desde 1756. Após as fusões com a Zeiss e a Rollei, hoje continua a existir com o nome Cosina Voigtlander, após ter sido adquirida pela Cosina em 1999.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Gostei muito da publicação desta semana, por dois fatores: sobre o GP de Macau eu era quase um fanático, pq. gostava muito de corridas de automóveis e tinha o meu apartamento construido dentro do circuito da Guia (a 30 metros do Hotel Matsuya), de 1969 a 1989 – data em que me fixei definitivamente em Portugal; e sobre Hongkong com as suas velhas fotos e recordações, já que passava lá longas temporadas nas férias escolares, até que a guerra do Pacífico me quebrou essa frequencia. Vivia com minha avó e tio George, na Robinson Rd., Junction, onde apreciei tanta e tanta vez o Victoria Harbour. Por este motivo Hongkong tem ainda uma forte influencia emocional no meu espírito. Giga