Foi uma coincidência! No mesmo dia em que vi a imagem acima da Praia Grande nas pesquisas de minhas coisas de Macau, também visualizei uma foto do mesmo local no Programa de “Chacha Querê Festa” das apresentações teatrais e musicais do Dóci Papiaçám em Macau – São Francisco – São Paulo, em Outubro de 1995.
Quando vi a foto, logo lembrei-me que tinha visto paisagem parecida e fui conferir. Qual minha agradável surpresa, eram imagens bastante similares, salvo pequenos detalhes alterados na pintura que se atribui feita por um “artista visitante em 1860”. Consta na sua legenda que é uma “pintura da Coleção de Derwent”.
O que faz supor que o artista poderia ter pintado a paisagem com base na foto é o detalhe do primeiro junco. Estão praticamente na mesma posição, bem como de um outro um pouco acima na sua esquerda. Mudou a perspectiva, um pouco o relevo da colina da Guia e detalhes de alguns prédios.
O que isto leva a supor? O artista também era fotógrafo. Fotografou a paisagem e em seguida fez a pintura? Não seria um visitante, pode ter pintado Macau sem ter estado lá. Pegou a foto e fez a pintura no seu atelier? Tudo não passou de uma feliz coincidência? Seja o que for, tem algo interessante aí … a não ser que alguém saiba esclarecer melhor!
Atribuem à pintura como feita no ano 1860. Neste ano, já fazia 34 anos em que a fotografia tinha sido inventada. Em 1861 foi feita a primeira fotografia colorida. Uma máquina tal como a foto acima poderia ter feita esta foto de Praia Grande.
Veja um texto do blog Artes Visuais que dá uma descrição de como eram as máquinas fotográficas da década 1860-1870:
“Nesse período surgem as câmeras portáteis com outros suportes de captação de imagem (discos, filmes em rolo, etc.) e de tamanho mais reduzido. Ainda a madeira foi sendo progressivamente substituída pelo metal, ganhando leveza e robustez. Em 1864, B. J. Sayce e Willian B. Bolton descobriram a preparação de uma emulsão de brometo de prata em colódio, o que representou um grande passo à frente nas pesquisas, com maior avanço na mesma década, quando C. Russell produziu as placas secas de brometo de prata. Depois do daguerreótipo, surgiram as câmaras de Bertsch (1860), a Express Detective – câmara de reportagem usada por Félix Tourmachou Nadar.”
*Fonte: http://artesvisuaisufesdm.blogspot.com.br/2010/11/aluno-osmerio-periodo-1860-1870_06.html
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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