Saudosista, na véspera da transição em 18/12/1999, passei a copiar o que podia do website do Leal Senado, quando ainda mantinha este nome, pois com certeza dois dias depois mudaria de nome. Uma das páginas copiadas da Divisão de Parques e Zonas Verdes dava uma descrição do “Parque Municipal da Colina da Guia”.
Leia o texto e veja as fotos que fiz em Outubro de 2006 no meu passeio à Colina da Guia:
PARQUE MUNICIPAL DA COLINA DA GUIA
Local: Estrada do Engenheiro Trigo
Fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz
Este Parque está situado na maior colina de Macau. O panorama mais vasto, e mais encantador, de toda a cidade e ilhas vizinhas, pode ser observado daqui. Considerada como um dos «pulmões» da cidade, esta Colina há pouco mais de 100 anos apresentava-se como um local penhascoso e inóspito. Um trabalho de arborização, iniciado durante o governo de Tomás de Sousa Rosa (1883-1886), transformou-a totalmente.
O pinheiro do Sul da China (Pinus massoniana) foi utilizado nesta campanha de arborização, tendo originado que na toponímia chinesa, a Colina da Guia seja conhecida por Chong San, isto é, o «Monte dos Pinheiros». A vegetação inicial foi substituída por árvores nascidas de regeneração natural, tornando-se um local de grande riqueza sob o ponto de vista botânico. Vários caminhos de terra batida, permitem apreciar a flora típica da encosta da Guia.
No ponto mais alto da Colina, está a Fortaleza da Nossa Senhora da Guia, construída em 1638. A Fortaleza ocupa uma área de cerca de 800 metros quadrados e foi erguida em redor de uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Guia, construída antes de 1622, e onde recentemente foram descobertos e recuperados uns frescos nas suas paredes.
A dominar a Fortaleza está o gracioso e histórico «Farol da Guia», que foi o primeiro a luzir na costa sul da China, a 24 de Setembro de 1865. O farol tem uma forma octogonal e 13,5 metros de altura. Funcionou inicialmente com um candeeiro de petróleo, passando mais tarde, em 1910, a utilizar uma aparelhagem eléctrica de rotação.
A Fortaleza da Guia funcionava como ponto de observação da chegada de navios, ou da aproximação de tufões. Ainda nos dias de hoje os sinais de tufão, feitos em metal preto, são hasteados aqui para aviso da população, sendo guardados à entrada da fortaleza quando não são necessários.
Entre 1920 e 1930, foi construído um complexo sistema de túneis, paióis e abrigos. Os túneis atravessam a parte superior da montanha e ainda podem ser visitados, embora se encontrem actualmente fechados por medidas de segurança.
Também nessa época foi aberta, à cota de 52 m, uma estrada em circuito fechado, a Estrada do Engenheiro Trigo, mais conhecida por “Estrada das 33 curvas”. Esta estrada é um dos locais mais procurados pela população pelos amantes do desporto. Desde muito cedo, 5h – 6 h, diariamente se pode encontrar os atletas locais a correr no circuito das “33 curvas” ou a fazer exercício físico no «circuito de manutenção». Ao longo de todo o seu percurso o contacto com a Natureza é constante, existindo, de tempos a tempos, umas pérgulas que convidam ao descanso e relaxamento.
Por necessidade de melhoria do sistema de abastecimento de água a Macau, foi construído nos anos 80 um Reservatório de Água. Para a decoração da sua parede, em betão e situada no circuito de manutenção, em 1996 foi efectuado um painel, com 80 m2, em pedra gravada da autoria do escultor David de Almeida. A obra intitula-se “Viagem” e apresenta uma simbologia inspirada em motivos orientais. Por sua vez o topo deste reservatório, foi transformado num amplo Anfiteatro para espectáculos ou actividades ao ar livre, finalizado em 1997.
O novo teleférico, situado à entrada do Jardim da Flora, tornou o acesso ao Parque, antes feito por escadas, mais rápido e menos cansativo. Este cobre uma distância de 186 m, podendo ser percorrido em pouco mais de 1 minuto. O terminal de chegada á Colina da Guia, ao lado do anfiteatro, dá acesso ao espaço de lazer e recreio recentemente remodelado, que inclui a criação de uma casa de chá, um parque de merendas e aos campos de jogos polivalentes.
ALGUNS DETALHES DA FORTALEZA E FAROL DA GUIA
VISTA PANORÂMICA DE MACAU DA COLINA DA GUIA – EM 2006
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.











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