Muitos devem se lembrar do filme Blue Hawaii produzido em 1961 e estrelado por Elvis Presley, provavelmente o seu maior sucesso no cinema, em que havia várias cenas dele com um instrumento musical similar a um cavaquinho. Ou então, a capa do LP do filme, hoje um disco procurado por colecionadores e que felizmente ainda possuo um exemplar trazido de Macau, com Elvis posando com o mesmo instrumento que nada mais é – o Ukulele, levado pelos portugueses em 1879 para o Hawaii.
A respeito do Ukulele, Luís Sá da Revista Nam Van, que esteve no Hawaii em 1985 e redigiu um artigo sobre os portugueses na ilha paradisíaca, conta à parte sobre o instrumento musical. Mais abaixo, assistam ao vídeo-clip do filme publicado no You Tube com Elvis Presley a cantar Ku-Ui-Po tocando um ukulele:
UKULELE: O presente de Portugal ao Hawaii
por Luís Sá – Revista Nam Van edição de Novembro de 1985
O mito do Hawaii assenta também na excepcional beleza das suas mulheres, dotadas das mais flexíveis ancas que são dadas a ver ao comum dos mortais.
Vestidas com flores, de longos cabelos negros que caem pelas costas, elas tiveram um momento de glória quando filmadas ao lado de Elvis Presley, em «Blue Hawaii».
Presley à parte, as havaianas, as flores e a sua hula-hula não existem, a não ser em encenações de aeroporto ou nas dezenas de festas nocturnas onde o turista vai para se sentir um pouco na pele da dúzia de marinheiros portugueses que, no século XVI, chegaram ao arquipélago para nunca mais de lá sairem.
Tal como noutros lados, os naturais do Hawaii têm hoje mais com que se preocupar do que encantar os turistas, a não ser, naturalmente, quando essa é a sua profissão. No entanto, permanece bem viva a singular beleza da música insular que dava o motivo para que as mulheres do Hawaii mexessem as ancas. Um ritmo estranhíssimo, remetendo para os motivos do mar, essa musica não deixa de, também ela, ter afinidades com Portugal, mercê do mais conhecido dos instrumentos que a executam – o ukulele, nome que hoje designa o cavaquinho português, chegado ao Hawaii em 1879.
No dia 23 de Agosto desse ano, o navio Ravenscrag, com 419 emigrantes a bordo chega ao Hawaii trazendo também aquela que é actualmente considerada a grande oferta dos portugueses ao povo das ilhas. Manuel Nunes, emigrante, músico nas horas vagas, mudou a face do ritmo havaiano quando desembarcou acompanhado do seu cavaquinho, que desde logo convenceu o monarca da época, David Kalakaua.
Hoje, o ukulele (que significa pulga saltante) está por toda a parte, nas festas e no ritmo do Hawaii. E por ele as havaianas mexem as ancas.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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