Cronicas Macaenses

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Domingo de Ramos, qual o significado?

Catedral da Sé no Domingo de Ramos de 2014

Catedral da Sé, em São Paulo, no Domingo de Ramos de 2014

Dia 13 de abril passado foi Domingo de Ramos. Fomos assistir a celebração eucarística na Catedral da Sé, em São Paulo, que foi celebrada por Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. A igreja estava lotada de fiéis e antes da missa houve procissão com benção dos Ramos. Como de costume, os Ramos abençoados são levados para casa e guardados em lugar de destaque, como uma benção, até o ano seguinte.

Após a missa, Dom Odilo permaneceu diante do altar-mor e dezenas de fiéis se aglomeravam para cumprimentá-lo, o que achei interessante e aproveitamos para engrossar a multidão e apertar as mãos daquele que no ano passado, durante a eleição do novo Papa, foi apontado como um dos possíveis candidatos, o que provocou grande expectativa no Brasil.

S.Paulo Domingo Ramos Cetral Sé D.Evaristo Arns (05)

O Cardeal Dom Odilo Scherer tem 64 anos (21/09/1949) e é nascido no Estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Cerro Largo.  Descendente de família de imigrantes alemães da região do Sarre (Saarland)  é o sexto filho do total de 13 irmãos. Em 20 de março de 2007, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como o décimo sétimo arcebispo de São Paulo, a terceira maior arquidiocese católica romana do mundo.

Domingo de Ramos gravura de Pietro Lorenzetti 1320

Obra de Pietro Lorenzetti em 1320 (Wikimedia Commons)

Afinal, qual o significado do Domingo de Ramos, além do que já conhecemos pelo ritual e o domingo que antecede a Páscoa? Para explicá-lo, transcrevo abaixo um texto do site de Catequisar:

O SIGNIFICADO DE DOMINGO DE RAMOS

do site Catequisar neste link

O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi”, “Salve o Messias”… E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.

O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.

Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte.

Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz.

O Domingo de Ramos pode ser chamado também de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz São Paulo: ‘”Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai’ (Fl 2, 11).

Mais imagens da missa de Domingo de Ramos na Catedral da Sé, em São Paulo

S.Paulo Domingo Ramos Cetral Sé D.Evaristo Arns (03)

Após a missa, em procissão, os celebrantes deixam o altar

Após a missa, em procissão, os celebrantes deixam o altar

Cardeal Dom Odilo Scherer recebe cumprimentos de fiéis após a missa.

Cardeal Dom Odilo Scherer recebe cumprimentos de fiéis após a missa.

S.Paulo Domingo Ramos Cetral Sé D.Evaristo Arns (07)

O coral que cantou na missa

O coral que cantou na missa

Reflexão para o Domingo de Ramos

Áudio com leitura de texto de autoria de César Augusto dos Santos, SJ, proveniente de página do site da Rádio Vaticano (de 2012)  neste link: http://pt.radiovaticana.va/news/2014/04/12/reflex%C3%A3o_para_o_domingo_de_ramos/bra-790157

* Fotografias de Rogério P.D. Luz

 

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Rogério P. D. Luz, macaense-português de Macau, ex-território português na China, radicado no Brasil por mais de 40 anos. Autor dos sites Projecto Memória Macaense e ImagensDaLuz.

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O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
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