No ensejo da exposição inédita em São Paulo – China Arte Brasil – é oportuno contar a história da arte contemporânea chinesa, e inclusão nesta postagem de mais fotos dessa mostra. Para o objetivo fui pesquisar na internet algo que pudesse esclarecer a respeito e achei o texto abaixo da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, que reproduzo na íntegra, publicada por ocasião da exposição “Tesouros da China” que aconteceu nas suas dependências.
Antes, vejamos o que a Wikipédia nos explica sobre o surgimento da Arte Contemporânea no mundo:
Arte Contemporânea (Wikipédia)
Não há um consenso entre os autores sobre o início do período contemporâneo na arte. Neste artigo considera-se que a arte contemporânea, em seus estilos, escolas e movimentos, tenha surgido por volta da segunda metade do século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, como ação de ruptura com a arte moderna.
Depois da guerra os artistas mostraram-se voltados às verdades do inconsciente e interessados pela reconstrução da sociedade. Sobrepôs-se aos costumes, a necessidade da produção em massa. Quando surgia um movimento na arte, este revelava-se por meio das variadas linguagens, através da constante experimentação de novas técnicas.
A arte contemporânea se mostrou mais evidente na década de 60, período que muitos estudos consideram o início do seu estado de plenitude. A efervescência cultural da década começou a questionar a sociedade do pós-guerra, rebelando-se contra o estilo de vida difundido no cinema, na moda, na televisão e na literatura.
Além disso, os avanços tecnológicos foram convulsivamente impulsionados pela corrida espacial e, como mostra dessa influência, as formas dos objetos tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil. A ciência e a tecnologia abriram caminho à percepção das pessoas, de que a arte feita por outros, poderia estar a traduzir as suas próprias vidas.
A consciência ecológica e o reaproveitamento de materiais são temas recorrentes, que se popularizaram no final do século XX.5 Em paralelo, a revolução digital e a consequente globalização, por meio da internet, formam o período mais recente da contemporaneidade.
A HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA (CHINESA)
reprodução do texto publicado pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado
origem: http://www.faap.br/hotsites/hotsite_china/hist_arte_contemp.htm
As primeiras manifestações de modernismo na China aparecem em 1919 com o famoso Movimento de 4 de maio, em que os intelectuais e os artistas pregam uma ruptura com a tradição e buscam abraçar o mundo moderno tirando exemplo do ocidente.
Este movimento contribui para a Revolução de 1949 e nessa época os artistas viram-se em direção à pintura a óleo (youhua) como alternativa à pintura tradicional à tinta e pincel (guohua).
Os reformistas propõem tomar como exemplo o realismo ocidental e enviar os artistas para o exterior para que estudem as técnicas artísticas modernas e os sistemas de educação, de maneira a estabelecer academias próprias para difundir os novos métodos.
Em Paris, Lin Fengmian (1900 – 1991) adere ao Fauvismo, Liu Haisu (1896-1994) ao Impressionismo, enquanto Xu Beihong(1895-1952) permanece fiel ao Realismo do século XIX. É ele quem, de volta à China, convence as autoridades a estabelecer em Academias este modelo de pintura do real.É desta época que data a supremacia do Realismo nas Academias chinesas, supremacia que dura até hoje.
Depois da Revolução de 1949 e da proclamação da República Popular da China, um modelo rígido passa a ser aplicado aos artistas. Fundado sobre um texto redigido por Mao Tsé Tung em 1942, a arte é declarada estar ao serviço do povo e ao serviço da revolução.
A partir disso, a arte pela arte é banida e os artistas – considerados exército cultural – desenvolvem um realismo revolucionário utopista colocando o proletariado e o campesinato como heróis.
O enquadramento e a censura são rígidos no interior das Academias e das associações de artistas, e encontram seu apogeu na Revolução Cultural (1966-1976) em que os artistas, assim como os intelectuais, são os alvos.
A morte de Mao Tsé Tung traz de volta, com a política da porta aberta de Deng Xia Ping, uma relativa liberdade de expressão para os artistas. Outros movimentos surgem e testemunham a chegada de uma verdadeira arte contemporânea chinesa.
A relação com o poder chinês continua difícil, os artistas não podem atacar o poder diretamente, mas agem através de ironia, alusões e zombaria. Nessa época, muitas exposições são censuradas e abortadas. Todavia, a situação das autoridades chinesas é hoje em dia mais tolerante e liberal.
Em 1993 ocorre a internacionalização do movimento. É nesse ano que acontece a Bienal de Veneza que apresenta 13 artistas chineses. Nos anos seguintes, vários museus recebem exposições desta vanguarda chinesa.
Em 1999, 25% dos artistas presentes na Bienal de Veneza são chineses. Cai GuoQiang é quem recebe o prêmio da Bienal com sua escultura-instalação “The rent collection courtyard”. Esta consagração se torna causa de uma polêmica complexa no meio da arte contemporânea na China. Esta polêmica revela as tensões entre a arte experimental e a arte acadêmica na China, entre intelectuais chineses e críticos ocidentais.
A Bienal de Xangai de 2000, com 2 curadores chineses e 2 curadores internacionais (Hou Hanru e Shimizu Toshio), consagra a abertura da China em matéria de arte contemporânea. A exposição “off bienal” e a famosa “Fuck-off” organizada pelo artista Ai Wei Wei, são bastante radicais e trazem experimentos de artistas a partir de fetos e de restos humanos. Na época, mesmo contra todas as expectativas, estas exposições não foram fechadas pelas autoridades.
Alguns Artistas Contemporâneos:
Qiu Zhi Jie
Rong Rong
Feng Mengbo
Wang Qingsong
He An
Wang Guangyi
Chen Wembo
MAIS FOTOS DA EXPOSIÇÃO DA ARTE CONTEMPORÂNEA CHINESA – CHINA ARTE BRASIL – QUE SE REALIZA NA OCA-MUSEU DA CIDADE NO PARQUE DO IBIRAPUERA NO PERIODO DE 10/04/2014 A 18/05/2014
VEJA A POSTAGEM ANTERIOR SOBRE A EXPOSIÇÃO COM 46 FOTOS NESTE LINK
*Fotografias de/photos by Rogério P.D. Luz*
(clicar nas fotos menores para ampliar)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
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