Cem anos se passaram desde que eclodiu a Primeira Guerra Mundial em 28 de Julho de 1914. Contando as baixas militares e civis de ambos os lados, cerca de 19 milhões de pessoas morreram neste conflito que é considerado o sexto mais mortal na história da humanidade.
A China ficou neutra na guerra, mas indiretamente participou dela ao enviar 320 mil operários para servir as forças aliadas no Ocidente. Sobre isso, veja o texto do PPS editado por Herbert K. Lau que recebi por e-mail:
Operários chineses na Primeira Guerra Mundial
tradução do inglês do texto de Herbert K. Lau – fotografias do seu PPS
A Primeira Guerra Mundial atraiu pessoas de todo o mundo, e a história pouco conhecida dos 320 mil trabalhadores chineses que serviam com as forças aliadas na frente ocidental durante 1ª Guerra Mundial atraiu novo interesse nos últimos anos. Muitos dos trabalhadores chineses foram recrutados a partir dos portos de concessão britânica e francesa na província de Shandong, na China e de Hong Kong, apesar do fato de que a China estava envolta em sua própria turbulência interna.
Os trabalhadores chineses enterravam os mortos, cavavam trincheiras, trabalharam em fábricas de munições e limpavam as bombas, granadas e balas, após o armistício de 11 de Novembro de 1918. Centenas de estudantes chineses serviram como tradutores.
Para os trabalhadores, a guerra era uma maneira de ganhar muito mais dinheiro do que poderiam na sua terra. Mas o seu sacrifício tornou-se um ponto crucial na história chinesa. Após o armistício, o Tratado de Versalhes de 1919, verificou-se que os portos cedidos por concessão à Alemanha na China passaram para as mãos do Japão, apesar de objeção da China. O descontentamento com o tratado levou ao movimento de protesto de 4 de Maio, que se julga ter contribuído para a eventual ascensão do Partido Comunista, que governa a China desde 1949.
O envio de trabalhadores chineses para a frente foi uma brilhante estratégia para vincular a China ao Ocidente, criando a ligação entre a guerra e a fundação do Partido Comunista da China. Durante a guerra, os jovens intérpretes elaboraram planos de educação nos momentos de folga longe do perigo dos campos de batalha. Como resultado, quase dois terços dos trabalhadores voltaram para casa alfabetizados. Esse esforço inspirou os homens que passaram a liderar o Partido Comunista.
O embarque para a França. 175.000 chineses foram enviados para a França, para o trabalho por trás das linhas.
Isso começou a partir de Tsingtao, antigamente uma fortaleza alemã na China
Nove integrantes da Corporação de Trabalhadores Chineses em uma casa em ruínas. Entre eles dois gangers e um intérprete.
(In Flanders Fields Museum, Ypres)
A entrada para o Campo dos Operários chineses ‘perto da fábrica de munições de Vonges, França.
(In Flanders Fields Museum, Ypres)
Carregando sacos de aveia num caminhão em Boulogne supervisionados por um oficial britânico (12 de agosto de 1917)
Carregando munição e bombas para um trem/comboio (Kautz Family YMCA Arquivos da Universidade de Minnesota)
Pessoal da cozinha e funcionários de um hospital chinês
(Kautz Family YMCA Arquivos da Universidade de Minnesota)
Trabalhadores chineses deixam a vila em ruínas de Vlamertinghe a caminho para o trabalho.
(Copyright: In Flanders Fields Museum)
Operários chineses carregam seus equipamentos na retirada inglesa da França em 24 de Março de 1918. (Australian War Memorial Collection)
Túmulos no Cemitério Nolette chinês, onde estão enterrados cerca de 850 trabalhadores chineses
que morreram durante a Primeira Guerra Mundial, em Noyelles-sur-Mer, no norte da França
St Etienne Cemitério na França – Memorial com inscrição em chinês, francês e inglês:
“À memória dos Trabalhadores Chineses”
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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