Quem governava Macau logo após o estabelecimentos dos portugueses em 1557? Padre Manuel Teixeira, grande historiador, explica a respeito no seu livro “Primórdios de Macau”:
QUEM GOVERNAVA MACAU
Texto de autoria de Padre Manuel Teixeira – livro “Primórdios de Macau” edição do Instituto Cultural de Macau em 1990
De 1543 a 1550, o comércio com o Japão era livre, mas nesta última data passou a ser monopólio da Coroa. Ao Rei de Portugal ou ao Vice-Rei da Índia competia nomear o capitão-mor da Viagem do Japão; esta viagem era feita pela Nau do Trato, que partia de Goa, via Malaca, para a China e Japão. Os capitães-mores saíam de Goa em Abril-Maio e chegavam a Macau cerca de dois meses depois; partiam daqui para o Japão e regressavam em Novembro. Esperavam aqui a monção para a Índia.
No entanto, chegava de Goa um novo capitão-mor que governava a cidade. Em 1557, ano da fundação de Macau, era capitão-mor Francisco Martins.
Um documento de 1581 diz: “Nesta povoação não houve nunca capitão que residisse ordinariamente nela, somente o capitão das viagens do Japão, que se fazem cada ano… serve de capitão da terra, enquanto nela está, e já quando se vai, é vindo o outro capitão da outra viagem, de maneira que muito pouco ou nenhum tempo está sem capitão”.
Carece, pois, de fundamento o que afirmam muitos historiadores, entre os quais Eudore de Colomban, que diz: “Antes de tudo era necessário que a Colónia tivesse um Chefe, e foi Diogo Pereira, rico negociante, quem foi eleito Capitão da terra pelos habitantes. Ajudavam-no no governo dois dos mais notáveis e influentes cidadãos, formando assim uma espécie de triunvirato, cujo dever era regular todas as questões de ordem pública e política.”
O cargo de capitão da terra foi, com satisfação geral, exercido por Diogo Pereira até 1587.
Note-se que Diogo Pereira nunca foi capitão da terra, mas sim capitão-mor de 1562 a 1564. Durante os primeiros anos de Macau nunca foi nomeado um só capitão da terra.
A 30 de Dezembro de 1604, o Rei sugeria a conveniência de se nomear um capitão para Macau, “por não haver ali capitão”, mas nada se fez.
A 26 de Fevereiro de 1606, o Rei sugeria o mesmo, mas sem efeito.
Só em 1623 é que foi nomeado o primeiro, na pessoa de D. Francisco Mascarenhas.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
Comentários