Após estar fechado por 20 anos e ter sido comprado por um grupo francês, o antigo Hospital Matarazzo foi reaberto para abrigar uma exposição de arte chamada de “Made by … Feito por Brasileiros” com obras de cerca de 100 artistas internacionais e nacionais. O site oficial diz que é um encontro entre a América, Europa e a África, e que a exposição serve para celebrar a criatividade brasileira e o renascimento do antigo hospital.
Os trabalhos artísticos foram montados e expostos nas instalações do hospital tal como estavam, ou seja, em estado de abandono, em ruínas, depredadas, como poderão se certificar nas fotos. Pelo ambiente foi uma festa para os fotógrafos e o grande público que compareceu em massa na exposição que vai durar até o próximo dia 12 de outubro com 5 semanas de duração. Contribuiu muito por estar a um quarteirão da Avenida Paulista e de fácil acesso.
Conforme informações da imprensa o seu custo foi calculado em R$ 15 milhões e contou com amplo número de patrocinadores. Houve rejeição de alguns artistas em participar da exposição, alegando que tinha finalidade de promover um empreendimento imobiliário para o espaço que está parcialmente tombado.
Para conhecer melhor as dependências do complexo hospitalar que ocupa 27.000 m2, veja a postagem deste blog neste link. Eis a seguir várias fotos que fiz em duas visitas que fiz à exposição.
(fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz – clicar nas fotos menores para ampliar)
Acima – foto da esquerda: “Barreiras de informação – Todo mundo que vem à exposição fica intrigado com as portas e janelas bloqueadas por centenas de revistas, jornais, livros e sucata de computadores. Para Wang Du, chinês radicado em Paris, a informação pode virar matéria e fechar portas. Ao invés de termos mais conhecimento e por conseguinte liberdade, com o excesso de informação ficamos restritos a determinados segmentos, como numa forma de censura ou de impedimento. O excesso pode nos deixar até sem memória. Wang Du também faz com que as tantas imagens supertratadas, que ilustram publicações e sites, voltem à condição de matéria, ganhem volume e peso. Barreiras disformes de informação reprocessada. (texto da página de Feito por Brasileiros no Facebook)”.
Foto acima e as abaixo: Geladeira robotizada – O português Miguel Palma trabalha com questões como tecnologia, ecologia, crenças e obsessões pelas máquinas. O objeto que expõe na mostra Feito por Brasileiros é uma geladeira que tem o corpo aberto revelando miniaturas de refrigeradores e indicando que naquele lugar havia uma cozinha (no antigo hospital). Palma já fez fogões, pias e outros eletrodomésticos virarem objetos de arte, mostrando assim a importância da cozinha nos lares, hoteis e hospitais. (texto da página de Feito por Brasileiros no Facebook)
Acima – foto da esquerda: “A escadaria central, onde está um busto do Conde Matarazzo, é um dos pontos mais fotografados do velho hospital. E o óleo negro que cobre o chão ao redor da escada é obra de Per Barclay, que ressalta ainda mais a bela estrutura arquitetônica. O artista trabalha com noções de dentro e fora, espaços confinados e abafados. O óleo cria um espelho que reflete a escada inalcansável pelo visitante, criando um jogo ilusório de sobe e desce, céu e inferno. Per Barclay é norueguês mas começou sua carreira na Itália, onde estudou em Florença, Roma e Bolonha. Ele usa diversas mídias em abordagens bastante conceituais para ressaltar o espaço (texto da página de Feito por Brasileiros no Facebook)”.
Cruzar barreiras – O egípcio Moataz Nasr largou a economia e tornou-se um dos artistas árabes contemporâneos mais bem-sucedidos. Participou das bienais de São Paulo, Veneza, Seul e Cairo sempre apresentando obras que remetem à tradição egípcia e seus desdobramentos no cotidiano atual. Aqui, Nasr exibe a videoinstalação “The Wall”, composto do vídeo abaixo e do som de meninos brincando. Neste trabalho percebemos questões que ele costuma tratar, como solidão, impotência, indiferença e fraqueza, que são inerentes à natureza humana..(texto da página de Feito por Brasileiros no Facebook).
Fotos acima: Obra da portuguesa Joana Vasconcelos que criou especificamente para um espaço sagrado – a Capela da Cidade Matarazzo – “Valquíria Matarazzo” é o nome da instalação site specific e um desdobramento da série Valquírias, inspirada na personagem guerreira da mitologia nórdica. Grandes corpos orgânicos estão pelo chão e supensos no interior da capela. São feitos de diferentes tipos de têxteis, do tricô ao bordado a diferentes padrões de tecidos e adornos coloridos. Esta é a primeira Valquíria iluminada, são milhares de LEDs coloridos que pontuam os corpos contrastando harmoniosamente com a arquitetura religiosa. Aliás, a religiosidade do local corresponde às formas de cruz e coração que a artista usou nos enormes volumes de têxteis. (Texto da página de Feito Por Brasileiros no Facebook)”.
Acima – as duas fotos: “A performance no jardim de entrada do hospital – foi criada por Tunga, um dos artistas brasileiros mais reverenciados no circuito internacional de arte contemporânea. A instalação montada aqui na exposição é ativada por performers que moem milho e costuram pérolas (representação do esperma transformado) nas espigas (símbolo antigo de fertilidade)”. Texto da página de Feito Por Brasileiros no Facebook.
Acima – foto da direita: trabalho da francesa Myriam Mechita “uma instalação com um objeto central em madeira, terra e purpurina no chão e uma densa floresta fantasmagórica pintada nas paredes com fuligem de pneus queimados. A artista é fascinada por momentos de transcedência, intoxicação e combinações de prazer e dor. São momentos de êxtase em formas elegantes, glamorosas e misteriosas (texto da página de Feito por Brasileiros no Facebook)”.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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