Em plena cidade de São Paulo você também pode fazer um passeio de trem (comboio) Maria Fumaça, mesmo curto, mas com todo requinte de nostalgia. É logo ali, ao lado do recém reformado e lindo Museu de Imigração, o Memorial do Imigrante, no bairro de Moóca.
O passeio é feito numa locomotiva fabricada nos Estados Unidos em 1922, que após prestar serviços no Rio de Janeiro e na Central Brasil em 1930, foi totalmente recuperada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), com apoio do Memorial do Imigrante e re-inaugurada em 1998. A locomotiva à vapor puxa dois vagões: o primeiro, um carro de aço fabricado da década de 50 e o segundo, um carro de madeira de 1928.
A locomotiva circula exclusivamente no desvio do Museu de Imigração, em trilho que só serve a ela, e faz um percurso interessante que dura cerca de 25 minutos. Sem ter área para manobras, no início do passeio de nostalgia o trem circula de marcha ré até a área de oficina de ABPF, onde são restauradas composições antigas, que fica embaixo de um viaduto da Radial Leste, depois volta seguindo até próximo da estação de metrô Bresser-Moóca, e novamente retorna de ré até a estação inicial de embarque.
Antes do embarque dos passageiros e durante a viagem, a tripulação conta a história da antiga rede ferroviária, os objetivos e o trabalho da associação que luta pela preservação da sua memória. Até como simbologia, o bilhete é perfurado tal como a inspeção que se fazia nos tempos antigos. Tudo isso num clima alegre auxiliado pela simpatia da tripulação trajada a rigor.
(fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz – clicar nas fotos menores para ampliar)
O funcionamento da Maria Fumaça só acontece nos sábados, domingos e feriados, das 10:30 às 16:00 horas com partidas a cada hora aproximadamente. Nos dias úteis, nas quintas e sextas-feiras, só funciona para excursões agendadas previamente. No entanto, sugiro que consulte o site oficial (veja no final) ou pelo telefone os dados mais precisos, especialmente se você vem de outro município ou estado.
O trem sege de ré até o pátio onde funciona a oficina de manutenção e restauração da associação ABPF.
Depois, viaja no desvio do Museu da Imigração da antiga Hospedaria do Imigrante, circulando paralelo à Rede Feroviária
O simpático tripulante Andersen conta a história da antiga rede feroviária, o trabalho de preservação da associação ABPF, e cria um clima nostálgico
Viajamos no vagão de aço da década de 50 que lembrava os tempos em que o transporte de passageiros por ferrovia chegava a Santos, no litoral de São Paulo. Os assentos são originais. O espaço fazia inveja aos apertados assentos de aeronaves.
Você pode alugar trajes do início do século 20 (no Museu da Imigração) e tirar fotos ao lado do trem, tudo em nome da nostalgia
O trem circula por entre trens e vagões antigos que foram compradas pela ABPF para restauro e preservação. A associação não conta com apoio governamental. A ferrovia no Brasil é muito limitada no transporte de passageiros e até de carga, mais restrita a curtos trechos, uns turísticos. O investimento em rodovias e transporte aéreo matou a ferrovia, ao contrário de outro países, como por exemplo a Europa, até inclusive a China, onde reina a modernidade mas com sabedoria para manter e estimular o transporte ferroviário com trens-bala. Esta sabedoria no Brasil está restrito a boas intenções, a papéis e projetos, só isso! Uma pena, pois prevalece um desconhecido jogo de interesses.
O trem roda de ré até o pátio onde funciona a oficina da ABPF debaixo do viaduto da Radial Leste (foto abaixo da esquerda) e depois retorna até a estação de embarque num passeio de cerca de 25 minutos. Na foto da direita funciona a sede regional SP da ABPF.
Folheto promocional com endereço físico e do site, telefones e e-mail. Clicar nas imagens para ampliar. Informe-se previamente para não perder a viagem.
* Preço das passagens (posição 12/10/2014): R$ 10,00 no vagão de aço e R$ 15,00 no vagão de madeira. Não há desconto para estudantes e terceira-idade. O valor cobrado serve para auxiliar a manutenção dos objetivos de preservação. É uma boa causa! Dê o seu apoio.
* Dados e informações coletadas do site oficial da ABPF – www.abpfsp.com.br
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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