Faleceu em Macau o grande fotógrafo macaense Manuel Cardoso, que registrou ao longo da sua carreira, imagens memoráveis da sua terra natal desde os tempos da administração portuguesa até os tempos atuais.
Sempre munido da sua máquina fotográfica, circulava em Macau a registrar as imagens do dia-a-dia, de paisagens, e até o apelidavam de “mister flor de lótus” pela recente colectânea de fotos da flor símbolo do status atual da terra retornada à China.
Cardoso franqueava as suas fotos a este blog, “use à vontade” assim autorizava, e serviram de valia para várias publicações, como estas, que para mim era a sua marca registrada por retratar bem os costumes chineses.
Assim, republico a postagem, prestando-lhe a homenagem do blog e agradecendo a gentileza pela cessão das fotos. Manuel Cardos, descanse em paz e tire bastante fotos do “outro lado” e vai ter tempo de sobra para isso.
Fotografia de/Photos by Manuel Cardoso (Macau)
Chinese Opera in the backstage
Quem é de Macau sabe que chamavamos a ópera chinesa de “tôc tôc tchéang”, que significa o som do bater numa madeira, de um instrumento musical de percurssão (tôc tôc – 2x) e dos pratos (tcheáng – 1x). Muitos macaenses tinham até certo arrepio da ópera chinesa que não combinava com os nossos gostos ocidentais, em geral. Sinceramente nunca vi uma por completa, apenas um olhar rápido. O som estridente das cantorias e dos instrumentos musicais não nos agradava. Como estou fora da minha terra desde 1967, não saberia dizer como é a preferência nos dias de hoje, que duvido tenha mudado. Até já não cai no gosto da nova geração chinesa. Segundos dados da Conselho de Ópera Cantonense de Hong Kong, em 1950 eram 2 milhões de fãs e em 2005 caíram para 300mil. Mas, qual a diferença de ópera chinesa cantonense e de outras mais de 300 óperas chinesas? Isto, falo noutra postagem.
Hoje, penso que, por curiosidade e por estar fora da China há tanto tempo, poderia até assistir a uma peça teatral por completo. Mas, principalmente, adoraria fotografar tanto os bastidores como a própria apresentação. Isto fez um fotógrafo macaense, residente em Macau, o Manuel Cardoso, um profissional de longa data, experiente e vivido, e que possui uma excelente fotografia e olhar. Infiltrou-se nos bastidores de um teatro de ópera chinesa cantonense no Templo A-Ma e fez um belo ensaio fotográfico dos artistas a se maquiarem, bem como do precário e improvisado ambiente do camarim, a nos mostrar o seu colorido e a impressionante maquiagem/maquilhagem, até um retrato da mesma dramaticidade das peças teatrais. Numa outra postagem falo do talentoso fotógrafo Cardoso.
Noutras postagens, ainda irei mostrar mais imagens do Cardoso desses bastidores, as apresentações da ópera chinesa e o ambiente externo dos locais onde são apresentados em Macau, normalmente improvisados, com algum texto informativo.
* Obrigado Manuel Cardoso pela permissão para uso das suas fotos
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Comentários