‘Alou” o 1º agachado à esquerda faleceu em 16/05/2015.
* 16/05/2015: A republicação desta postagem em 10/05/2015 foi um esforço para homenagear o ‘Alou’ Herculano Alexandre Airosa em vida, quando o seu estado de saúde era grave, vindo a falecer nesta data, em 16/05/2015. ‘Alou’ descanse em paz!
Macau, uma canção cantada em português pelo grupo musical The Thunders em 1970, é composição de um dos seus componentes, Rigoberto Rosário Jr. “Api”, faz parte de um disco de vinil lançado na época com quatro canções, duas cantadas em português e duas em inglês. Canta a terra natal dos membros do grupo e é praticamente um hino dos macaenses e provoca emoção aos seus ouvintes.
Veja a seguir o que consta do livrinho que acompanhou o último CD dos The Thunders lançado em Novembro de 2004, por ocasião do Encontro das Comunidades Macaenses, que reviveu para a ocasião, a vida musical do grupo musical que fez sucesso nos anos 60 e 70 em Macau:
‘Macau, terra minha’: quinze horas em estúdio
Robert Ascott chama um dia o Herculano e o Rigoberto e diz-lhes que pretende “um disco com um som mais cheio, juntando a orquestra sinfônica dos estúdios da EM l”. O Rigoberto tinha algumas composições inéditas do seu repertório, mas apesar disso resolveu abdicar delas e fazer algo que já estava há tempos na calha, desde que tinha composto “She’s in Hong Kong”: uma canção dedicada a Macau. Pediu três dias para o fazer, e assim surgiu “Macau, terra minha”, que foi imediatamente aprovada por Ascott e pelo maestro Vic Cristobal.
Na noite de folga do Nightbird gravaram nos estúdios da EM1, entrando às nove da noite de um dia e saindo, exaustos, perto do meio-dia do seguinte. A Orquestra de Vic Cristobal gravou em seguida os violinos, violoncelos e instrumentos de sopro, para depois se fazer a mistura.
Foi a canção mais popular dos Thunders, quer junto das audiências de Macau, quer no exterior. Vários conjuntos a interpretaram, foi usada para aberturas de programas, música de fundo para espectáculos e nas mais diversas ocasiões. Foi igualmente uma das mais cantadas aquando da transferência de Macau para a China, em 1999. O dirigente da EM l lembrou-se de pedir uma audiência ao Governador de Macau, General Nobre de Carvalho, para os Thunders lhe fazerem a entrega simbólica do primeiro exemplar do disco antes deste ser colocado no circuito comercial. A projecção que o caso teve na imprensa foi bastante para o disco se vender ainda mais. (Cecília Jorge)
em inglês:
“Macau, terra minha”: fifteen hours in a studío
One day Robert Ascott called Herculano and Rigoberto and told them that he wanted a “record with a fuller sound, combining EMI studio’s symphonic orchestra”.
Rigoberto still had some originals he had never played, but nevertheless he decided not to use them and do something he had been intending to do for quite sometime, ever since he wrote “She is in Hong Kong”: a song dedicated to Macau. He asked for three days to do it, and that is how he carne up with “Macau Terra Minha”, which was immediately approved by Ascott and maestro Vic Cristobal.
They spent their night-off from the Nightbird at EMI recording studios, starting at 9 p.m. and ending about noon the following day totally exhausted. Vic Cristobal’s Orchestra recorded the entire strings and wind instruments tracks on a row, so it would be used afterwards for editing and mastering. It would be the Thunders most popular song, in Macau as well as abroad. Several other bands made covers of this song, it was used as an overture for programs, and it was also turned into the soundtrack for many shows on various occasions. It was also one of the most heard ballads during the time of Macau’s handover to China, in 1999.
EMI’s chairman had the good thought of asking for an audience with Macau’s Governor General Nobre de Carvalho, so that the Thunders could offer him the number one copy of the record, in a symbolic gesture before it was made available for sale. The press coverage of the event was enough to increase the sales
MACAU pelos The Thunders em versão original do 1º disco em 1970
A canção teve versão em chinês e em patoá e foi cantada por vários grupos musicais, até gravada em cd e fita cassete pela Tuna Macaense. A que se destacou por marcar o fim da administração portuguesa de Macau em Dezembro de 1999 foi cantada em patoá, dialecto macaense candidata a Património Mundial na forma de teatro, pelo coral Dóci Papiaçám di Macau.
Adalberto Remédios foi convidado especialmente para acompanhar os Thunders com seu bandolim na canção ‘Macau”
* Republicação de postagem anterior com edição do conteúdo.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
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