O morro do Pão de Açúcar, em primeiro plano e o do Corcovado ao fundo. Vista a partir do navio cruzeiro que deixava o porto do Rio de Janeiro a caminho de Buenos Aires, Argentina.
O Bondinho do Pão de Açúcar é um teleférico localizado no bairro da Urca, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Liga a Praia Vermelha ao morro da Urca e ao morro do Pão de Açúcar . É uma das principais atrações turísticas da cidade. Foi inaugurado (o seu primeiro trecho, entre a Praia Vermelha e o Morro da Urca) em 27 de outubro de 1912. O seu nome vem da semelhança dos carros do teleférico com os bondes que circulavam no Rio de Janeiro à época de sua inauguração.(Wikipédia)
Veja a seguir a história em fotos comentadas que extraí de um PPS-Powerpoint que recebi por e-mail, cujo autor do bom trabalho assina com o nome Ney Deluiz. Salvo duas fotos com autoria atribuída, não se sabe de onde o autor copiou as demais 23.
A História do Bondinho do Pão de Açúcar
Homenagem aos 100 anos do bondinho – 27/outubro/1912 a 27/outubro/2012 – do pps montado por Ney Deluiz
Há 2 teorias para a origem do nome Pão de Açúcar. Uma, a de que os portugueses o batizaram assim pela semelhança com um pão de açúcar, recipiente usado para transportar torrões de açúcar da Ilha da Madeira para a Europa. A outra, a de que o nome vem de pau-nh-açuquã, que em tupi significa morro alto e pontudo.
A ideia de se construir um teleférico até o topo do Pão de Açúcar surgiu durante a Exposição que comemorou o centenário da abertura dos portos em 1908, sendo que as obras começaram em 1910.
Quem primeiro escalou o Pão de Açúcar foi a inglesa Henrietta Carstairs, que fincou ali a bandeira inglesa em 1817, um feito para a época. Nisto, um militar português do quartel colonial da Urca, que nem alpinista era, indignado com a ousadia subiu lá no dia seguinte e trocou a bandeira inglesa pela bandeira portuguesa.
Subir até o topo podia não ser problema, mas transportar toneladas de equipamentos pelos penhascos, sim. Por isto mesmo a tarefa foi dividida em 2 etapas distintas: 1) o Morro da Urca e 2) o Pão de Açúcar.
100 operários-alpinistas fincaram pinos na pedra e foram levando cordas e as peças de um guincho manual desmontado de 4 toneladas. Outra equipe foi pela floresta até a base do morro, arrastando um cabo de aço.
Eis uma parte do guincho manual desmontável de 4 toneladas que os operários-alpinistas subiram no braço.
Já no topo, os alpinistas montaram o guincho manual e, com as cordas que levaram, içaram o pesado cabo de aço que estava na base do morro. Daí, construíram um elevador de carga para subir o resto do material.
A seguir, foram então erguidas as estações do Morro da Urca e a Casa de Máquinas na Praia Vermelha.
Estas são as engrenagens alemãs originais que foram usadas em 1912.
Após os cabos e as engrenagens, foi a vez de acoplar os 2 bondinhos feitos na Alemanha em madeira maciça.
Em 27/Out/1912 foi inaugurada a estação do Morro da Urca, dia em que 577 pessoas subiram lá.
Naquele dia mesmo, o pomposo nome de Camarote Carril foi substituído simplesmente por ”bondinho”.
O passo seguinte foi a construção da estação do Pão de Açúcar, a 395 m de altura e usando a mesma técnica.
O trecho Morro da Urca–Pão de Açúcar foi inaugurado em 18/Jan/1913, 18 anos antes do Corcovado.
A partir daí, ir até o Pão de Açúcar para ver a vista deslumbrante passou a ser o objeto de desejo de todos.
Quando o teleférico do Pão de Açúcar foi construído, só existiam 2 outros deste porte no mundo: um no Monte Ulia, na Espanha (1907), com 280 m, e outro em Wetterhorn, na Suíça (1908), com 560 m.
As duas linhas do teleférico carioca somam 1.325 m, mais de uma vez e meia a soma dos teleféricos espanhol e suíço juntos, o que dá a dimensão da competência da engenharia brasileira da época.
Os cabos do trecho Praia Vermelha-Morro da Urca têm 575 m e os do Morro da Urca-Pão de Açúcar, 750 m.
Desde 1912, o bondinho já transportou mais de 31 milhões de turistas.
Em 100 anos, houve apenas 3 acidentes sem vítimas: 1) na revolução comunista de 1935, uma bala de canhão atingiu a estação da Praia Vermelha, que teve de ser fechada; 2) em 1951, um cabo se rompeu e as pessoas foram retiradas durante a noite; 3) em 2000, um cabo não resistiu e todos foram retirados de helicóptero.
O bondinho foi cenário em 1925 do filme brasileiro mudo A Esposa do Solteiro, onde um ator se pendura nos cabos. Em 1979 foi a vez das aventuras do James Bond no filme 007 Contra o Foguete da Morte.
Em 1972, como os bondinhos antigos não mais atendiam ao volume crescente de turistas, foi inaugurada uma 2ª linha com 2 carros novos para passageiros em cada trecho, com capacidade para 75 pessoas cada um.
Com os 4 novos bondinhos e os carros de carga, hoje o sistema transporta em média 3.000 turistas/dia.
Com vista panorâmica de 360º e um cenário destes, não há como a viagem de bondinho não ser inesquecível.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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Parabens pela materia, pesquisa e fotos sensacionais. Gostaria de saber se existe o registro do dia certo que aconteceu o acidente em fevereiro de 1951. Meu pai , o jornalista Oduvaldo Cozzi, foi o unico que fez a cobertura e gostaria muito de pesquisar se algum jornal da epoca publicou alguma materia / foto sb esse assunto. Muito obrigada.
De acordo com o link abaixo, o acidente ocorreu em 20/02/1951. Obrigado pelo comentário: http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=108081&pagfis=225&url=http://memoria.bn.br/docreader#
Parabéns pela postagem sobre o Pão de Açúcar. Excelente fonte histórica com imagens maravilhosa.
Agradeço pelo comentário, Rafael, abraço