Por e-mail enviado por Margarida Castro do grupo Diálogos Lusófonos, foi repassada a carta aberta da Associação do Idioma e Culturas em Português sobre a importância da Lusofonia para o futuro de Portugal endereçada a todos os candidatos a Presidente da República Portuguesa, que divulgo, por estar de acordo com o seu conteúdo.
Janeiro 17, 2016 1:10 AM
Carta aberta da Associação do Idioma e Culturas em Português sobre a importância da Lusofonia para o futuro de Portugal
Estimados amigos,
Boa noite.
Serve a presente para vos dar conhecimento (abaixo) da carta que a Direção da Associação do Idioma e Culturas em Português – AICEM enviou para os dez candidatos a Presidente da República Portuguesa.
Como sabem, a AICEM nos seus Estatutos, tem como um de vários objetivos a ação política (não partidária) em prol da Lusofonia/CPLP. Foi, pois, neste contexto, que enviamos esta carta, tal e qual aliás já o tínhamos feito de quando das últimas eleições para a Assembleia da República.
Um abraço,
Miguel Magalhães Ferreira
(Secretário da Direção da AICEM)
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Ex.mo/a Srº/Srª Candidato/a à Presidência da República Portuguesa,
Prezado/a……
A AICEM – Associação do Idioma e Culturas em Português é uma Associação Cultural com sede no Porto, sem fins lucrativos, direcionada à expansão e promoção da língua portuguesa no mundo, e que portanto está voltada à promoção da Lusofonia.
Vimos por este meio manifestar a nossa preocupação com os rumos geoestratégicos basicamente unilaterais de Portugal em relação à Europa, dos sucessivos Presidentes da República e governos Portugueses dos últimos 40 anos. Nos anos 70/80 Portugal inseriu-se na Europa, tendo-se tornado um membro efetivo da mesma, mas em larga medida ‘esqueceu-se’ do seu ex-império, e da relação privilegiada que tem com os países de língua oficial portuguesa, e também com outros Países e regiões onde se fala a língua Portuguesa, como é o caso de Goa, Damão, Diu, Macau, Malaca, Bermudas, Uruguai entre outros.
E o que vemos após 40 anos desta política quase unicamente devotada à Europa?
Portugal está inserido com os dois pés na Europa, e a sua política é proeminente europeia, sem porém conseguir ver ‘luz no fim do túnel’ a nível de sua maior participação em termos mundiais, inserido no espaço lusófono.
Portugal terá saída honrosa?
A única saída realmente honrosa de Portugal será – ao ver de nossa Associação AICEM – o retomar do seu lugar histórico no mundo, através da recentralização de sua política no mundo lusófono. Será um recentrar preconizado pelo próprio Portugal quanto ao seu lugar histórico no planeta, como um parceiro imprescindível do espaço lusófono. Será assim preconizar uma ‘virada’ geoestratégica fundamental para Portugal poder alcançar a sua autonomia, até porque no espaço lusófono, Portugal tem uma posição naturalmente de proeminência, e que é reconhecida e incontestável. Assim, Portugal estará no centro de um importante espaço geoestratégico, com o seu grande mar territorial e a sua própria posição marítima privilegiada, e de cunho intercontinental, e não mais na periferia da Europa, como uma país de 3ª categoria, periférico, como está a tornar-se.
A posição de Portugal no mundo, conquistada por séculos, é histórica, é incontestável, e é desejável que permaneça e até se expanda. Aliás, é o desejo de todos os povos lusófonos.
O que então fazer?
Basta ter um profundo respeito pela sua língua e sua cultura espalhada nos quatro cantos do mundo, e proteger esta língua que se tornou num espaço lusófono de 270 milhões de falantes, a 4ª/5ª língua mais falada no mundo, e a principal língua do hemisfério sul do planeta. Basta perceber que Portugal já não está só, que está inserido num espaço lusófono grande, portentoso e que se expande a cada dia, e no qual pode estar mergulhado de modo por inteiro, para fazer jus ao seu passado grandioso e respeitar todos aqueles que lutaram por um Espaço alargado de Cidadania Lusófona como é o caso do Padre António Vieira, do Professor Agostinho da Silva, entre outros. E, enfim, traduzir estas propostas em atos políticos concretos em prol da Lusofonia e da relação política, cultural, científica, tecnológica e comercial com os demais países da Lusofonia.
Pensamos que neste desiderato o futuro Presidente da República poderá ter um papel fundamental exercendo a sua magistratura de influência por forma a promover este intercâmbio, não só em palavras, mas em ações concretas, ao apoiar sobremaneira a CPLP a qual já é um início de perspetiva, e que precisa ser consolidada e expandida, e onde Portugal já tem um espaço privilegiado. Também o Presidente da República pode e deve promover visitas externas a regiões com grande influência histórica de Portugal como é o caso de Malaca, Goa, Timor, Damão, Diu, Macau, entre outros, em que os respetivos povos sentindo-se desamparados de Portugal anseiam por uma aproximação e fortalecimento das ligações, culturais, linguísticas, económicas, desportivas, entre outras.
Este reposicionamento de Portugal traria não só benefícios nos campos da arte, da cultura, e da própria consolidação da língua portuguesa, mas também no campo económico e na esfera comercial, sendo que este projeto da Lusofonia e em acordo com a CPLP poderá, caso bem trabalhado, não ser antagónico à Europa mas sim pelo contrário complementar e tornar inclusivamente Portugal um País mais considerado, mais proeminente e central na própria União Europeia.
Gostaríamos assim que a sua candidatura defendesse e promovesse tanto na campanha como na sua magistratura, caso seja eleito, a estratégia que a nossa Associação defende de “Um pé na Europa e outro pé na CPLP/na Lusofonia” como pilar essencial da estratégia para o futuro de Portugal.
Queríamos, Ex.mo Srº/Srª………………………………………., que levasse em consideração estas perspetivas que ora anunciamos, mormente inserindo-as na sua ação política e galvanizadora de vontades, sabedores que não se arrependerá dos desígnios grandiosos que abre a Portugal em sua caminhada histórica para um futuro que acima de tudo valorize o seu passado pois não existe futuro para uma Nação que rejeite o seu passado histórico.
Pela AICEM,
O Presidente da Direção,
Prof. Doutor Milton Madeira
Endereço eletrónico: madeiramjp@sapo.pt
Endereço/Morada da AICEM:
Centro Comercial Campo Alegre
Rua do Campo Alegre, 1517-1609
Loja 128
4150-182 Porto
Endereço eletrónico: ass.aicem@gmail.com
Telefone: 96 148 3261
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
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