De autoria de Padre Manuel Teixeira, do livro-caderno Primórdios de Macau editado pelo Instituto Cultural de Macau em 1990, um texto sobre a moeda naqueles velhos tempos:
MOEDA
Os primeiros comerciantes portugueses que chegaram a Tamão (Lintin) não usaram moeda nas suas transacções; seguiram o método que sempre havia sido usado na China – o da “troca directa”, que era o que oferecia maiores facilidades nas operações comerciais.
O método chinês foi adoptado pelos nossos em Tamão, Liampó, Lapa, Chincheo, Lampacao, Sanchoão e Macau, onde se realizavam várias operações de troca, sobretudo de porcelanas, sedas, chá e vernizes chineses, por jóias, ouro e especiarias.
A nau que, de Macau, levava mercadorias ao Japão, vinha de lá carregada com ouro e prata no valor de cerca de três milhões de libras esterlinas, pelo que recebeu o nome de “Nau da Prata”.
Apareceram depois vários instrumentos de troca e, finalmente, a moeda: tael, duro espanhol, dólar e duro mexicano ou pataca mexicana, dólar chinês ou pataca da China, dólar de Hong Kong ou pataca de Hong Kong. Mais tarde, vieram os Tai Vonos. divisionários da pataca chinesa, e até os chamados Pang-tang (certificados de Prata). Todas estas moedas circularam livremente em Macau, num regime monetário inteiramente atrabiliário.
Mas (ó ironia das coisas!) nunca circulou nesta terra a moeda portuguesa propriamente dita, nem sequer divisionária. O nosso escudo português nunca conseguiu conquistar Macau.
Pelo diploma legislativo n° 840, de 26 de Fevereiro de 1944, foram proibidos os Pang-tang (certificados de Prata) e todas as outras moedas, excepto a pataca.
O tael não era moeda propriamente dita, nem jamais teve existência como tal, nunca sendo cunhada. Era um determinado peso de prata, variável conforme as localidades. Um tael, em Macau, equivalia a dez mases, ou cem condrins, ou mil caixas. O termo vem do malaio tahil. que John Crawfurd diz derivar do indiano tolá.
A Santa Casa da Misericórdia de Macau, que, nos seus livros de caixa, registava indistintamente o tael e a pataca, abandonou em 1852 os lançamentos na equivalência de taéis, visto o decreto-lei de 12 de Outubro de 1853 ter legalizado a circulação da pataca mexicana, com o toque de 960/929 milésimos, ou seja, setecentos e vinte milésimos do tael.
Tael
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O Tael (chinês simplificado:两, chinês tradicional:两; pinyin: liǎng), pode referir-se a diferentes medidas de peso do Extremo Oriente. Na China, a unidade tem valor monetário. O termo é frequentemente empregue para se referir ao tael chinês que faz parte do sistema de medição e moeda chinesa.
Em Taiwan, Hong Kong e sudoeste asiático, é equivalente a 10 mace (qián 錢) ou 1⁄16 catty, apesar de possuir algumas diferenças em ambos os locais. Estas unidades de medida chinesas são normalmente utilizadas em lojas de ervas medicinais chinesas, bem como na troca de ouro e prata.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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