O belo de Macau não é só feito de exuberantes cassinos, que nada passam de réplicas, tais como daqueles de Las Vegas, mas a sua genuinidade, a miscigenação de raças e de culturas, o misto de monumentos e edifícios históricos portugueses e chineses, a gastronomia, e tantas outras coisas a enumerar que só indo lá para sentir e ver.
Isto é o que o novo vídeo do Dóci Papiaçám di Macau tenta explicar, de maneira cômica, nesta esmerada produção do macaense Sérgio N. Perez, aliás mais uma da sua coleção de trabalhos técnicamente perfeitas e de boa qualidade.
A sua apresentação no canal do You Tube assim explica:
“Um grupo de visitantes revolta-se contra o seu guia turístico, que os leva aos sítios mais comuns da nossa cidade moderna. Querem ver um Macau genuíno. E o resultado é invulgar”.
Falado principalmente em patuá, dialecto de Macau que se candidata ao título máximo de Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO na forma de “Teatro em Patuá”, o vídeo tem legendas em português, inglês, chinês e também no próprio patuá. Sem referências técnicas, de produção e do elenco, e fica aqui a observação, pode-se perceber que o Dóci Papiaçám tem conseguido trazer gente nova para suas produções. Isso é bom, pois é necessário renovar e abrir espaço para múltipla participação, de forma que o item cultural não fique limitado a poucos e corra o risco de solução de continuidade no trabalho de preservação da cultura macaense.
De fato, muitas vezes os conterrâneos falam de boca cheia aquela Macau moderna, antes provinciana com poucos prédios altos, dos monumentais cassinos e muitos espigões que até tampam a vista dos seus monumentos históricos, mas esquecem de falar das suas características conquistadas ao longo desses 440 anos da presença portuguesa. Embora por mais modernidade que possam colocar na terra, Macau ainda preserva um gostoso ar provinciano, pelo seu tamanho, que implica num jeito de viver de cidade pequena, só que com mais ofertas de serviços e diversão.
Quando vou a Macau, da última vez em 2010, praticamente passo todo o tempo na península e pouco me preocupo em passear pela região dos cassinos na Ilha da Taipa onde estão concentrados aqueles monumentais e autênticas cópias de Las Vegas. Aliás, graças a essas casas de jogos que o Turismo de Macau pode se vangloriar de fabulosos números de turistas, aos milhões, que não se vê em nenhum outro país. Mas, na verdade, muitos desses “turistas” só viajam de Hong Kong para ficar dentro das casas de jogos de azar e julgo, poucos devem conhecer a cidade em si. Estatísticas são estatísticas, e tudo vale para somá-las. O importante é que geram receitas para a cidade!
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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