Considerada em 2011 como a cidade de lazer mais romântica da China e a segunda mais apropriada para viver, Xiamen que faz parte da província de Fujian (Fuquiém), foi o destino de uma excursão promovida pela Associação dos Antigos Alunos do Seminário São José, de Macau, antigo território português, que fica a cerca de 700 kms de distância. A cidade que localiza-se defronte à Ilha de Taiwan, em 2002, tinha uma população de cerca de 1.400.000 habitantes.
Manuel V. Basílio, residente em Macau e um dos antigos alunos, participou do passeio e fez várias fotografias, colaborando com textos explicativos dos locais visitados. Pela extensão do assunto e volume de imagens, o tema está dividido em duas postagens, sendo esta a primeira e a segunda pode ser visualizada neste link: https://cronicasmacaenses.com/2016/12/16/destino-xiamen-a-cidade-mais-romantica-da-china-parte-02/
(Fotografias de/photos by Manuel V. Basílio – clicar nas fotos para ampliar)
XIAMEN
De acordo com a Wikipédia, A cidade de Xiamen foi fundada no ano de 282. No ano 1387, a dinastia Ming converteu-a em base para lutar contra os piratas. Foi o principal porto utilizado pelos europeus em 1541 e o de maior utilização para a exportação de chá durante o século XIX. Os mercadores estrangeiros só estavam autorizados a viver na ilha de Gulangyu. O município de Xiamen compreende as ilhas de Gulangyu e as de Xiamen. Estas últimas estão situadas bem perto da ilha de Quemoy; ilha que está sob a administração de Taiwan.
M.V. Basílio comenta: Com a participação de vários antigos alunos, incluindo familiares e amigos, da Associação dos Antigos Alunos do Seminário de S. José de Macau, realizou-se entre os dias 28 e 31 de Outubro, um passeio a Xiamen (em cantonense, Há Mun ou, historicamente, entre estrangeiros, Amoy), actualmente uma das mais importantes cidades da costa sudeste da China, da provincia de Fujian (em cantonense: Fôk Kin).
É impressionante o rápido desenvolvimento de Xiamen. Quando a China iniciou a sua reforma económica, Xiamen foi escolhida, em 1980, para ser uma das zonas económicas especiais, com vista a atrair investimento estrangeiro, particularmente de chineses ultramarinos. Fruto dessa política, Xiamen não parou de crescer, devido a investimentos provenientes principalmente de Taiwan, Hong Kong e Singapura, e das condições excepcionais do seu porto marítimo. Apesar desse rápido desenvolvimento, com a construção de edifícios arquitectonicamente modernos, significativos exemplares de edifícios de estilo colonial foram preservados, reconstruídos ou recuperados. Xiamen é considerada a segunda cidade mais apropriada para viver, por manter uma baixa poluição, e eleita como cidade de lazer mais romântica da China, em 2011.
Visita à igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Xiamen
M.V. Basílio:– A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi construída por missionários italianos, em 1860, localizada em Cin Lu, cidade de Xiamen. A visita a essa igreja estava programada, no entanto, após a nossa chegada, foi-nos informado que, devido ao estado de conservação e sobretudo a ameaça de ruína, a igreja foi recentemente demolida. O governo municipal vai reconstruí-la no mesmo local, prevendo-se estar concluída dentro de 3 anos. Entretanto, edificaram uma instalação provisória num outro local para continuar a providenciar o serviço religioso aos fiéis. Mantendo a nossa intenção, fomos visitar essa instalação provisória e conversar com o encarregado da igreja, que cordialmente nos recebeu.
Nota do blog: De acordo com a Wikipédia – Desde o estabelecimento da República Popular da China, em 1949, pelo Partido Comunista Chinês, o catolicismo, como todas as religiões, passou a estar fortemente supervisionado pelo Estado, que é oficialmente ateu. O Estado também determinou que todo o culto católico só era legal quando era conduzido pelas igrejas pertencentes à Associação Patriótica Católica Chinesa, um organismo governamental fundada em 1957 e que não aceita a autoridade do Papa. Em 1951, as autoridades chinesas forçaram a Igreja chinesa a cortar as suas relações com a Santa Sé e com o resto das Igrejas Católicas. Os únicos sítios na República Popular da China onde a Igreja Católica não é perseguida nem controlada são nas regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong, onde a liberdade religiosa é defendida pelos seus textos constitucionais (Lei Básica de Macau e Lei Básica de Hong Kong) e por tratados internacionais (Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau e Declaração conjunta sino-britânica sobre a questão de Hong Kong). Logo, as dioceses de Macau e de Hong Kong não são controladas pela Associação Patriótica.
Visita à ilha Gulangyu
M.V. Basílio:- Após a vitória dos ingleses na Primeira Guerra do Ópio (1839-1942), Xiamen (ou Amoy, conforme designação estrangeira) passou a ser um dos cinco “portos do Tratado” estabelecidos no Tratado de Nanjing, em 1842.
Na sequência desse Tratado, a ilha Gulangyu, localizada a menos de uma milha da costa da cidade de Xiamen, foi permitida a britânicos e outros europeus estabelecerem seus consulados e construirem mansões luxuosas, tornando-se num enclave perfeitamente preservado da história e arquitectura europeias. Mais tarde, chineses ultramarinos abastados também elegeram essa ilha para residência.
Dizem que, além de Xangai, a ilha Gulangyu é a segunda localidade da China onde predominam edificações de estilo ocidental ou colonial, quer originais, quer recuperadas ou reconstruídas, e mesmo as novas edificações são reproduções ou imitações desse estilo. Gulangyu é actualmente uma zona ecológica e culturalmente protegida, onde afluem visitantes chineses e estrangeiros. Não há transportes públicos, nem é permitida a circulação de viaturas privadas dentro da ilha. A deslocação é feita a pé, o que é perfeitamente praticável, visto que toda a ilha tem de área aproximadamente 2 km quadrados.
É no Parque Haoyue (皓月園), no topo de um rochedo, que está colocada uma enorme estátua de Koxinga, com o rosto virado em direcção à ilha de Taiwan. Por escassez de tempo, não nos foi possível visitar esse parque e admirar de perto a figura de Koxinga.
O grupo que participou da excursão a Xiamen
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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