No livro ‘Primórdios de Macau’, Padre Manuel Teixeira, nas suas pesquisas, traz relatos da população portuguesa residente em Macau nos anos de 1560 a 1635:
POPULAÇÃO
autoria de Pe. Manuel Teixeira – livro Primórdios de Macau do Instituto Cultural de Macau 1990
Em Liampó, havia trezentos portugueses casados; em Chincheu, seiscentos.
Em Lampacao, havia de quinhentos a seiscentos portugueses em 1560, ano em que se transferiram para Macau os que quiseram.
Em Macau, em 1561, segundo o P. Baltasar Gago, S.J., “estão instalados entre quinhentos e seiscentos comerciantes portugueses“. “Instalados” quer dizer moradores permanentes.
Em 26 de Dezembro de 1562, o P. João Baptista del Monte, S.J., escrevia de “Maquao“: “O número dos Portugueses que agora estão em esta terra serão perto de oitocentos“.
Em 1 de Dezembro de 1563, o P. Manuel Teixeira, S.J., escrevia do porto da “Amaquao“: “oitocentos ou novecentos portugueses que neste porto estão e de diversos portos a ele correm“, mas “haverá 500 portugueses contínuos“.
O P. Francisco de Sousa, ao descrever a pomposa procissão da Páscoa de 1564, dizia que nesse tempo a colónia “que acabava de nascer era uma feitoria comercial, contando apenas 900 portugueses, mas um grande número de chineses, índios e escravos pretos“. D. Melchior Carneiro, que chegou cá em 1560, encontrou cá “poucas habitações de portugueses“.
O P. Alexandre Valignano dizia que, em 1579, havia aqui “mais de 200 casas {de portugueses) e bom número de cristãos“.
Um documento de 1581, diz: “E foy com breve tempo crescendo esta povoação de maneira que tem hoje pasante de dous mil vizinhos“.
Em 1621, P. Coen, governador de Batávia, escrevia: “Ao presente há em Macau 700 a 800 portugueses e mestiços e cerca de 10.000 chineses“.
A 27 de Novembro de 1623, o escrivão do Senado, Diogo Caldeira do Rego, dizia haver cá “mais de 400 portugueses casados“(…) “afora muitos casados naturais da terra e de fora e outra muita gente de várias nações.”
Em 1635, António Bocarro escrevia: “Os cazados que tem esta cidade são oitocentos sincoenta Portugueses e seus filhos, que são muito mais bem dispostos e robustos que nenhum que haja neste Oriente, os quais todos tem uns e outros seis escravos de armas de que os mais e milhores são cafres e outras nações. Além deste número de casados portugueses, tem mais esta cidade outros tantos casados entre naturais da terra, chinas cristãos que chamam jurubassar, de que são os mais, e outras nações todos cristãos…
Tem além disto esta cidade muitos marinheiros pilotos e mestres solteiros portugueses, os mais deles casados no Reino, outros solteiros que andam nas viagens do Japão, Manila, Solor, Macassá, Cochinchina, destes mais de 150.”
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
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