Arco iluminado que era erguido por ocasião de datas festivas como o Dia da China etc. Em primeiro plano um triciclo que era um meio de transporte na época. Cabe dois adultos e uma criança e na chuva era colocada uma capa protetora com um visor em plástico, como se vê na foto.
Na minha imigração de Macau para o Brasil em 1967, precisava levar na minha bagagem alguns livros para lembrar a minha terra natal. Tinham poucos, bem diferente dos dias de hoje quando há abundância de publicações. Tinha poucas fotos, nem dinheiro e capacidade suficiente para sair por aí e fotografar como na era digital, quando seriam milhares. Foram apenas poucas dezenas feitas por uma simples Yashica.
Das poucas opções de livros sobre Macau, tinha este “Macao, by Harry Redl”. Acredito que muitos macaenses devem ter um exemplar. Conservei-o razoavelmente bem até hoje, quando decidi digitalizar algumas fotos para publicação em duas ou mais postagens neste blog. Algumas páginas se soltaram e o conjunto despreendeu-se da capa. Tudo bem, vale por uma boa causa, mas vai dar para reparar o dano. Fiz uns recortes, alguns acertos por photoshop e tive a preocupação de atribuir a autoria na própria foto, inserindo em inglês “photo by Harry Redl”. Afinal,na medida possível, é preciso respeitar os direitos autorais, e espero que saibam respeitá-la na publicação em outros blogs etc., sem recortar o texto ou “carimbá-lo” pelo photoshop.
Harry Redl nasceu em Austria e é(era?) um cidadão canadense/canadiano. Era um famoso fotógrafo conhecido em jornais e revistas no mundo. Morava em Hong Kong e passou cerca de um ano, nas suas horas vagas, a fotografar Macau para o seu livro. Para ele, Macau é um lugares mais fascinantes no mundo.m (texto do livro)
*Fotografias de/Photos by Harry Redl (clicar para aumentar/click to enlarge)
Resumo do texto sobre Macau extraído do livro escrito em inglês em 1963
Macau, Cidade do Santo Nome de Deus , é a única mistura de raça e cultura da costa do Sul da China e do Mediterrâneo que existiu por quatro séculos no Rio das Pérolas. É um décimo do tamanho da minúscula Alpine, Principado de Liechtenstein, tem cerca de vinte vezes do tamanho de população e é o paraíso do fluxo interminável de refugiados da China comunista.
Macau é a mais antiga colônia européia no Extremo Oriente. Utilizada pelos comerciantes portugueses como porto de parada para as suas naus a caminho do Japão nos idos 1516, foi formalmente estabelecida em 1557, exatamente um ano antes de Elizabeth I suceder ao trono de Inglaterra e sessenta e três anos antes de Mayflower viajar de Southampton para América.
Os chineses a chamavam de A-Ma-Kao, que significa a Baía de A-Ma – A-Ma, a Padroeira dos Marinheiros, cujo templo ainda é reverenciado até a atualidade.
Incluindo as duas pequenas ilhas de Taipa e Coloane, Macau abrange apenas 15,5 quilômetros quadrados (dados de 1963). A população é composta por cerca de 235 mil chineses, 1.080 portugueses e 20 mil naturais da terra “macaenses”.
Juncos chineses à procura de abrigo pela aproximação de um tufão que assola Macau no Verão principalmente
O canal do Rio das Pérolas que separa Macau da Ilha da Lapa (ao fundo) da China, patrulhado por embarcações (corvetas) dos dois lados. Muitos chineses do lado da China atravessavam a nado para se refugiarem em Macau, alguns morriam a tiros ou por outras causas como afogamento.
Este grande cachimbo de bambú é enchido com água do mar para filtrar a espessa fumaça. O barco é a moradia da pescadora.
As Ruínas de São Paulo. Observe a placa que está escrito “Leal Senado – Estação de Jerinxás” (Leal Senado é a Câmara Municipal ou Prefeitura)
Macao, by Harry Redl edited by Lee Peters, layout by Laurence Kearney and Lee Peters. Published by Dragonfly Books, Hong Kong. Printed by South China Photo-Process Printing Co. Ltd., Hong Kong, 1963
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
Comentários