Mais uma publicação do Jorge “Giga” Robarts, hoje residente em Portugal, quando tinha a sua coluna <Recordar é Viver> no Jornal de Macau nos anos 80, fala do macaense-timorense Pedro José Lobo. Publicou uma foto com as pessoas devidamente identificadas.
Os Macaenses, genericamente: gente de Macau de língua portuguesa, como todo bom povo lusófono, é muito saudosista. Recordações de vivências e fotos antigas são sempre um tema predileto, e que se estende às redes sociais como o Facebook nos dias de hoje. O Giga é uma memória viva desses belos tempos “que já não voltam mais” em que os nativos de Macau e/ou oriundi adoravam convivências em grandes grupos de pessoas, hoje já não tão frequentes.
Vejamos: (texto em português-Portugal)
Recordar é Viver
por Jorge “Giga” Robarts
Quando em princípios do século passado (cerca de 1912), chegou a Macau para ser mandado ao Seminário de São José, a fim de estudar teologia e ser supostamente padre em poucos anos, ninguém imaginaria que PEDRO JOSÉ LOBO, timorense de nascença, viria em menos de 30 anos a ser a figura notável e um dos cidadãos mais influentes, generosos e grande benfeitor da cidade de Macau. Foi o homem que depois de deixar o Seminário, conseguiu o seu primeiro emprego no BNU, passando mais tarde pelos Serviços de Fazenda e por fim aos Serviços Económicos onde se aposentou como chefe de serviços. Era praticamente ele, o conselheiro-mór de vários governadores e sem dúvida que ajudou na solução de muitos problemas, nas crises cíclicas de Macau. Na época da 2a guerra aliviou imenso o fardo que o governador Gabriel Maurício Teixeira trazia ás costas, devido à arrogância e excessos dos japoneses; seguiu-se a guerra civil na China entre Nacionalistas e Comunistas e lá estava ele a aconselhar o governador Albano Rodrigues de Oliveira; depois vieram as exigências do novo regime comunista na China já com o governador Joaquim Marques Esparteiro que teve de resolver os gravíssimos incidentes de fronteira em Maio de 1952 e, finalmente com o peso da idade e as mazelas da saúde que já o impediam de dar o seu melhor, mas mesmo assim talvez tenha também ajudado algo em fins da década de 50, o governador Jaime Silvério Marques, que teve de resolver o grande dilema da concessão de jogos. Mas o velho Lobo estava sempre na hora e no lugar certo para ajudar a solucionar as múltiplas facetas dos problemas do território. No coração da cidade está uma rua com o seu nome para o perpetuar na memória da população de Macau. A foto de hoje foi tirada na sua vivenda “Vila Verde” em 1948, no cruzamento da Rua Francisco Xavier Pereira e da Avenida do Ouvidor Arriaga.
O padre jesuíta António Gonçalves director espiritual da congregação Mariana, pediu-lhe que cedesse por uma tarde a piscina que lá havia, para que os rapazes da congregação usufruíssem desse privilégio. Acedeu prontamente ao pedido e após duas horas de “loucos banhos”, com merenda e refrigerantes “Green Spot”, limonada e salsa “Watson” (era ainda pouco conhecida a Coca Cola), para nós os rapazes foi um autêntico regabofe!!! Coisas que marcaram e não se esquecem mais.
Para facilitar a identificação, começamos hoje em plano recuado: l) Eurico Viana; 2) Alexandre da Rosa; 3) Geraldo Gomes; 4) Daniel Costa do Rosário; 5) Manuel Francisco Cordeiro (Neco); 6) Mário Nogueira (Jambolão); 7) Jorge Robarts (Giga); 8) Ivo Luís Marques; 9) Eduardo Gracias (Antigonço); 10) Fernado do Nascimento; 11) Adolfo Batalha; 12)Humberto Viana; 13) José Xeque do Rosário; 14) Gilberto Silva; 15) Carlos Nates (Calim)16) Leonel Cupertino Jorge (Lelé); 17) Gustavo Batalha; 18) José das Neves; 19) Vasco Silva (Keu Keu); 20) Rui Valente de Carvalho; 21) Henrique da Luz (Jap); 22) Pedro José Lobo; 23) Pe. António Gonçalves; 24) Guilherme Silva (Chá Siu); 25)Rui Ruiz; 25A) Jaime Ruiz; 26) Tito Airosa Lopes; 27) Pedro Ló da Silva; 28) José Luís Marques (Nené); 29) Fernando Marinho Braga; 30) Generoso João da Silva (Góio); 31 António Pinto Cardoso (Pindérico); 32) Carlos Gonçalo dos Reis Ângelo (Chiu Chiu); 33) Cristóvão dos Santos; 34) Joaquim Pereira (Piers); 35) Numa Luís Marques; 36) Abílio Aleixo da Rosa; 37) Carlos Gomes (Sunny); 38) Nemésio Costa; 39) Edmundo Sardinha Dias.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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