Na nossa viagem a Ouro Preto, em Agosto de 2012, contratamos um tour de um dia para conhecer outras três cidades históricas de Minas Gerais e Congonhas foi a primeira pois ficava mais próxima, a menos de 50 km. Depois rodando mais de 160 kms seguimos para São João Del Rey e Tiradentes. O tempo foi apertado para tamanha distância e quantidade de visitas, não sendo recomendável.
Em Congonhas, também chamada de Congonhas do Campo, a principal atração turística é o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, mandado construir em 1773. Tem como destaque as obras do Aleijadinho em esculturas em pedra sabão de 12 Profetas e a Via Crucis composta por seis capelinhas com 66 imagens representando a Paixão de Cristo. Estas obras do Aleijadinho, importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil falecido em 1814, serão objeto de outra postagem.
Não é coincidência certa inspiração ou semelhança com o Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, Portugal, pois como promessa para cura da sua doença grave, o português Feliciano Mendes, natural dessa cidade, mandou construí-la inspirada na igreja da sua terra. Em 1985, foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Vejamos então o que a Wikipedia tem a contar da sua história e outros detalhes:
(fotografias de/photos by Rogério P.D. Luz)
SANTUÁRIO DO BOM JESUS DE MATOSINHOS – MINAS GERAIS – BRASIL
O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é um conjunto arquitetônico e paisagístico formado por uma basílica, um adro com esculturas de Doze Profetas feitas por Aleijadinho e seis capelas com cenas da Paixão de Cristo. O santuário está localizado no morro do Maranhão, no município brasileiro de Congonhas, Estado de Minas Gerais.
O conjunto foi construído em várias etapas, nos séculos XVIII e XIX, por vários mestres, artesãos e pintores, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataíde.
Tombado pelo SPHAN, atual IPHAN, em 1939, como patrimônio histórico nacional, foi considerado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985.
A fundação do santuário é atribuída ao português Feliciano Mendes que, tendo adoecido gravemente, prometeu construir um templo a Bom Jesus de Matosinhos, como o que havia em Braga, sua terra natal, caso alcançasse a cura.
A primeira igreja do novo Matosinhos de Minas Gerais foi construída em 1773, com a construção, anos após, entre 1780 e 1793 da Via Crúcis do sopé do morro até o santuário. Em 26 de julho de 1957, o Papa Pio XII, reconhecendo a importância histórica, artística e religiosa do conjunto, elevou a igreja principal à dignidade de Basílica Menor. A via-sacra é composta por uma série de capelas de planta quadrada, paredes caiadas e teto de quatro águas que abrigam cenas da Paixão de Cristo representadas mediante conjuntos esculturais esculpidos em cedro brasileiro e policromias, seguindo a estética sentimental e rebuscada do rococó.
O sacro caminho desenrola-se em ziguezague, subindo por uma ladeira simbólica na qual organizavam-se procissões de penitência para expiar as culpas da sociedade opulenta do final do século XVIII neste importante centro minerário do Novo Mundo.
Seis capelinhas com 66 imagens representando a Paixão de Cristo construídas lateralmente ao caminho que conduz à basílica
A Via Crucis, nas capelas – Desde 1796 o Aleijadinho encarregara-se de fazer 66 estátuas de tamanho natural, em cedro, para a Via Crucis das seis capelinhas votivas, trabalho findo em 1799. Mas a construção das capelas demorou: a primeira ficou pronta apenas em 1808. As figuras se inspiram no conjunto doSantuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, Portugal. A pintura das estátuas foi encarregada a Francisco Xavier Carneiro e Manuel da Costa Ataíde, o grande pintor mineiro do século XVIII.
Na cena abaixo: Jesus carregando a Cruz às costas – tropeça, observado pelas Santas Mulheres ou filhas de Jerusalém, uma com rosto que parece o Anjo da Paixão. Trajes recordando as figuras de presépios de barro dos fins do século XVIII. Maravilhosa figura do Cristo, expressão horrorizada do rosto, dedos tensos, pernas sangrentas, rosto do soldado ao fundo é a caricatura do rosto do Cristo, sempre na tradição portuguesa. Feitos pelo Aleijadinho: o Cristo e a mulher que enxuga as lágrimas com o lenço.
Os Doze Profetas é um conjunto de esculturas em pedra sabão feitas entre 1795 a 1805 pelo artista Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, localizadas no município de Congonhas do Campo, mais precisamente no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
Tal como a maior parte das igrejas das Cidades Históricas de Minas Gerais, é proibido fotografar e filmar o seu interior no horário de visitas. Uma pena, pois se não usar flash penso que não haveria nenhum problema, embora haja também uma alegação por questão de segurança, já que tem acontecido furto de imagens sacras que seriam vendidas no mercado negro de colecionadores ou para exportação. Em Congonhas não foi diferente, mas fotografar do lado de fora, através uma porta, não havia restrição (?). Vejamos:
Na lateral da basílica há uma Sala de Promessas com exposição de parte do material deixado pelos fiés
* Veja também: Via-Sacra e os Doze Profetas
(clicar nas fotos para aumentar)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
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