No antigo site do Leal Senado, de Macau, a Divisão de Parques e Zonas Verdes tinha páginas que davam um histórico das áreas de sua responsabilidade. Assim, antes da transição em 1999, saudosista, comecei a colecioná-las para memória do que logo seriam “os velhos tempos”. Eis então o que descreviam do Jardim Vasco da Gama bem como do Jardim da Vitória, que já foi objeto de uma postagem neste blog:
DO ANTIGO WEBSITE DO LEAL SENADO – MACAU
Jardim Vasco da Gama / Jardim da Vitória – uma descrição de 1999
Local: Entre a Rua Ferreira do Amaral, a Calçada do Gaio e a Estrada da Vitória / Entre Av. Sidónio Pais e Estrada da Vitória
Os jardins Vasco da Gama e da Vitória foram criados nos finais do século XIX. Faziam parte de uma grande avenida, a Av. Vasco da Gama, construída em 1898, para comemorar o IV centenário a chegada da frota de Vasco da Gama à Índia, através do caminho marítimo. Esta alameda, de 500m de comprimento e 65m de largura, era ladeada por árvores de S. José (Ficus chloro-carpas) que lhe davam um aspecto campestre. Algumas destas árvores centenárias ainda existem. No entanto, com o crescimento da cidade, a longa Avenida acabou por desaparecer, para dar lugar a escolas, um hotel e à sede da Polícia de Seguraná Pública. Estes dois jardins são o que resta do antigo “passeio público”. O Jardim Vasco da Gama embora pequeno ocupa, actualmente, uma área de cerca de 5.000m2, distribuindo-se por 2 patamares unidos por uma escadaria. Na parte superior do jardim destaca-se o monumento a Vasco da Gama, um busto sobre um obelisco com baixos relevos, da autoria do escultor Tomás da Costa, tendo sido inaugurado a 31 de Janeiro de 1911. Em 1997, este jardim sofreu obras de remodelação sob a responsabilidade do Leal Senado de Macau. Actualmente apresenta, na sua parte inferior, um lago em forma de ondas, com bicas de água, ao longo de um caminho e uma pérgula para repouso dos cidadãos. Na parte superior, o antigo monumento foi rodeado por um sistema de cascatas e repuxos, que lhe dão uma beleza especial.
O Jardim da Vitória, ocupa uma área de apenas 2.000m2, mas está carregado de significado histórico. Este local foi outrora conhecido por «Campo dos Arrependidos», passando depois a chamar-se «Campo da Vitória» e mais tarde «Praça da Vitória». Foi neste local, segundo reza a história, que todos os cidadãos se unindo ao pequeno número de militares aquartelados em Macau conseguiram vencer e repelir, com pesadas baixas, em 24 de Junho de 1622, a tentativa de invasão por parte dos holandeses. Sendo o dia de S. João, este passou desde então a ser o padroeiro da cidade. O Jardim da Vitória surgiu da adaptação da antiga Praça da Vitória que se situava na parte norte da antiga Av. de Vasco da Gama. Esta praça tinha a forma circular com 58m de diametro, sendo torneada pela Rua Central desta avenida.
VASCO DA GAMA
(de acordo com a Wikipedia, um histórico resumido)
Vasco da Gama (Sines, ca. 1460 ou 1469 — Cochim, Índia, 24 de Dezembro de 1524) foi um navegador e explorador português. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período, Vice-Rei da Índia ..
… Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém em demanda da Índia.
Era uma expedição essencialmente exploratória que levava cartas do rei D. Manuel I para os reinos a visitar, padrões para colocar, e que fora equipada por Bartolomeu Dias com alguns produtos que haviam provado ser úteis nas suas viagens, para as trocas com o comércio local. O único testemunho presencial da viagem é consta num diário de bordo anónimo, atribuído a Álvaro Velho. Contava com cerca de cento e setenta homens, entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro embarcações Chegada a Calecute: Em 20 de Maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima a Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a Rota do Cabo e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.
No dia seguinte à chegada, entre a multidão reunida na praia, foram saudados por dois mouros de Tunes (Tunísia), um dos quais dirigiu-se em castelhano «Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e especiaria.», conforme relatado por Álvaro Velho. Ao ver as imagens de deuses Hindus, Gama e os seus homens pensaram tratar-se de santos cristãos, por contraste com os muçulmanos que não tinham imagens. A crença nos “cristãos da Índia”, como então lhes chamaram, perdurou algum tempo mesmo depois do regresso …
e ficou assim em 2006
Foto bem antiga sem época conhecida (do grupo de Facebook – Fotos Antigas de Macau, postagem de Luís Dias)
Neste link do blog Netotavaiconta vejam imagens do festival, que se seguiu após a inauguração da estátua de Vasco da Gama em 1898.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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