“Uma cidade totalmente habitada por estrangeiros, sem chineses” é o relato de um documento chinês sobre os inícios de Macau. Não creio que exatamente tenha sido assim, talvez o chinês tivesse ficado impressionado ao ver tantos portugueses ou estrangeiros pela primeira vez. Vamos então ler este texto do Padre Teixeira, um grande historiador de Macau:
UM DOCUMENTO CHINÊS SOBRE MACAU
por Padre Manuel Teixeira – do Caderno Primórdios de Macau, uma edição do Instituto Cultural de Macau em 1990
O secretário da embaixada de Lord Macartney à China, Sir George Staunton, traduz o seguinte documento chinês sobre os inícios de Macau:
“No distrito de Heang-shan-hien, a uma distância de cerca de cem li (1) da cidade do mesmo nome, há um promontório que dá para o mar e está ligado à terra firme por um estreito istmo (2) como a folha do lírio da água (lótus), se apoia na sua haste.
A cidade é construída sobre este promontório e é totalmente habitada só por estrangeiros, sem nenhuns chineses entre eles; mas no limite (Portas do Cerco) está estabelecida uma alfândega para examinar todas as pessoas e mercadorias que passam dum lado para o outro.
O solo não produz arroz, sal ou vegetais, sendo tudo isto enviado do interior para lá.
Dentro da Cidade um oficial europeu preside com a categoria semelhante à dos governadores de províncias. Todos os éditos e comunicações governamentais lhe são explicadas por meio dum intérprete.
Um dos seus costumes peculiares é saudar tirando o chapéu.
Nós recebemos deles pelo comércio artigos de marfim, âmbar, tecidos finos e grosseiros, pau-brasil, sândalo, pimenta e vidro…”
Em 1568, ou seja, nove anos após a fundação de Macau, já havia cá chineses cristãos, segundo escreveu D. Melchior Carneiro a 20-11-1575: “Estou na China há cerca de 8 anos, neste Porto de Macau, chamado do Nome de Deus. Quando cheguei, havia pouquíssimas casas de portugueses e alguns cristãos da terra, mas nestes 7 anos este povo aumentou, sendo hoje uma cidade medíocre”.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Foi graças a um dvd distribuído por um dos seus filhos, que possibilitou ao Projecto Memória Macaense – PMM montar diversos vídeos filmados por Hércules António que nos trazem velhas e memoráveis lembranças daquela Macau antiga que mora no coração dos macaenses e daqueles que tiveram vivência no território. Os vídeos publicados no YouTube nos […]
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