“Kung Hei Fat Choi”, em bom cantonense, o cumprimento se ouvia à medida que chegavam associados, uns acompanhados de amigos, às dependências da Casa de Macau de São Paulo para celebrar o Ano Novo chinês e o começo do Ano do Cavalo. Era domingo, 2 de fevereiro. Concomitantemente na Praça da Liberdade, as festividades aconteciam o dia todo com desfiles e apresentações em palco. Os chineses já dominam o bairro da Liberdade que antes era predominantemente japonês.
Cerca de 130 pessoas, divididos entre associados e seus convidados, em um dia de calor intenso, compareceram à associação macaense, principalmente atraídos pelo cardápio chinês anunciado no convite expedido por e-mail. Muitos trajavam vestes chineses, à medida em que era anunciada três premiações para o mais típico, o que for mais bonito e aquele mais elegante.
No ambiente decorado com enfeites de motivos chineses, as conversas eram colocadas em dia, ambientadas pelas músicas do cd de Rigoberto Rosário Jr. “Api”, que também marcava a sua presença com uma camiseta chinesa comprada na sua viagem ao Encontro das Comunidade Macaenses de 2013.
Enquanto isso, pelos alto-falantes era anunciada a visita de Carlos Monjardino da Fundação Oriente, proprietária das dependências da associação, agendada para daqui a duas semanas, no dia 15 de fevereiro. A direção da associação está em conversação com o Monjardino, visando a compra de outra sede de menor tamanho mas mais próximo da cidade, com facilidades de meios de transporte como o metrô, ou então a obtenção de um reforço de apoio financeiro. Alternativas foram apresentadas e espera-se que as negociações tenham um melhor aproveitamento com a visita.
Os pratos da culinária chinesa, uns confeccionados pela Fina e outros comprados na Liberdade eram os seguintes: Chái de Bonzo (Budha’s Delight); Carne de Porco Agridoce (Ku Lôu Iôc); Frango com Sutate (Si Iâu Kâi); Massa Branca (Hó Fân) com Carne de vaca desfiada (Kón Cháu Ngâu Hó); Pato Assado à Moda Chinesa (Siu Áp); Lombo de Porco Assado (Chá Siu); Porco a Pururuca (Siu Iôc); Lou Mei e Pepino Agridoce. Para sobremesa, seriam também servidos doces e salgados chineses, além das tradicionais tangerinas, uma fruta típica da época festiva.
Mesmo sem ensaio e de improviso, o coral Vozes de Macau formado por associados cantaram uma canção chinesa, após ser anunciado pela Yolanda os ganhadores da eleição de trajes chineses. O resultado ficou assim: o mais típico coube ao Eduardo Silva; o mais bonito à Marina Barros, e o mais elegante ficou com o cheóng sám (cabaia chinesa) da Mariazinha Lopes Carvalho. Todos levaram para casa como prêmio uma lata com biscoitos chineses.
Na despedida já se sentia no ar duas expectativas para o início do ano da associação. Uma, a já anunciada visita do presidente da Fundação Oriente e outra, o prazo final, marcado para a próxima semana, para apresentação das candidaturas às eleições que ocorrerão em março, já regidas sob as normas dos discutíveis novos Estatutos. Seja o que for, o que se deseja é que o Ano do Cavalo seja auspicioso para a Casa de Macau de São Paulo, e que reine a harmonia e o bom senso.
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Ruy de Senna Fernandes com seus 95 anos esbanjava vitalidade, disposição e boa conversa, de dar inveja.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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