Por um mês vivemos no Brasil a Copa do Mundo 2014. Acabou no domingo passado com a Alemanha sagrando-se campeã após ganhar da seleção da Argentina por 1×0. Era o esperado, pela campanha que os campeões vinham fazendo desde o começo do campeonato, embora os argentinos que estavam apenas regulares, surpreenderam neste último jogo mostrando toda a sua garra podendo até ter conquistado o título.
Na fase inicial de classificação era jogo todo o dia, ocupando todo o noticiário em geral e agitando a maioria da população, embora houvesse quem a abominasse com seus motivos. Antes do seu início o ambiente estava meio morno no País, e em São Paulo eu andava tentando sentir o clima de Copa que só veio após o início dos jogos. Aí começaram a chegar os turistas que mudaram o ambiente das cidades onde se realizavam as partidas de futebol. Gente de todo mundo, não como turistas comuns, mas aqueles torcedores a representar seus países com roupas e enfeites e isso fazia a diferença, dava um ar festivo especial e específico. Muito legal!
A seleção brasileira foi uma grande decepção. Desde a sua primeira partida não mostrava confiabilidade, apesar das vitórias, mas ainda viviam seu entusiasmo e acharam os gols. Mas quando encontraram seleções mais fortes, a Alemanha e a Holanda, então mudaram a história da última Copa no Brasil em 1950, e passaram a fazer parte de novo momento histórico do País, embora desastrosa, sofrendo 7×1 e 3×0 em dois jogos consecutivos. Nunca houve tamanha derrota na história do Brasil. Certamente vão carregar este peso de consciência pelo resto das suas vidas. Provaram que o Brasil já não tem o melhor futebol do mundo, embora ainda tenha excelentes jogadores, sempre exportados. Tomara que ache logo o rumo para voltar a ter essa referência, mas precisava antes fazer uma ampla reforma no seu futebol e administração. Algo para puxar uma cadeira e ficar sentado à espera por alguma providência, pois costuma-se falar num assunto por uns tempos e depois cair no esquecimento, como sempre. Pelo menos os políticos não vão poder utilizar o sucesso ou o hexa da seleção para a sua campanha eleitoral, que logo terá início. Foi muito bom, apesar da desgraça, pois contavam com isso!
Ficam as saudades deste clima de Copa de Mundo no Brasil, que eu e muitos procuraram viver o máximo enquanto durou. Afinal teve Copa que muitos andaram a protestar, e levaram alguns baderneiros depredar o patrimônio público, apesar dos que gritaram “não vai ter Copa” tinham seus motivos compreensíveis pelos altos gastos que poderiam ser investidos noutras áreas como saúde, habitação etc., embora seja utopia. Pois se não houvesse Copa, certamente estes recursos não seriam gastos no que era a bandeira de protesto dos manifestantes. Talvez fosse utilizado para subsidiar mensalmente as pessoas que não quisessem trabalhar, com bolsa disto, ou bolsa daquilo.
O sucesso da Copa no Brasil deve ser creditado ao povo brasileiro, que encheu os estádios deixando muita gente com água na boca para assistir um jogo como seu momento histórico, como eu que não tive sucesso em conseguir meus bilhetes para os jogos em São Paulo. Os turistas estrangeiros sentiram-se em casa e à vontade no País pela receptividade do povo, que lhe é peculiar. O Brasil pode ter violência, injustiça, corrupção à vontade e impune, e tantas coisas ruins, mas tem um povo que em geral sabe ser receptivo e é alegre. Experiência minha como um imigrante.
Bom ter vivido esta Copa no Brasil, pois não estarei mais vivo para ver o próximo por aqui, se voltar a acontecer daqui a 64 anos. Veja a seguir alguns momentos que captei nas minhas quatro idas ao Fan Fest no Anhangabaú, no centro de São Paulo, um espaço internacional onde convivi com gente de várias nacionalidades e origens. Muito bom o clima festivo. Inesquecível!
Vai ter Copa na Rússia daqui a quatro anos, mas não viveremos aqui as mesmas emoções como esta realizada no Brasil.
(Fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz)
Torcedores italianos dizem “não deu” e a seleção italiana campeã do mundo surpreende com a derrota e volta antecipada para casa
O torcedor mirim brasileiro com penteado nas cores do Brasil e à la Neymar foi uma atração para fotos.
estas australianas estavam lá perdidas pois não se transmitia o jogo em que a Austrália perdeu para a Espanha que só ressuscitou no jogo de despedida
* Veja outras postagens com mais fotos de torcedores no Fan Fest:
Copa do Mundo: a comemoração do gol e a classificação em ArgentinaxSuiça:
Copa do Mundo: confraternização e o público em ArgentinaxNigéria no Fan Fest em SP:
Copa do Mundo: as torcidas em Argentina x Nigéria no Fan Fest em SP:
As torcidas no Uruguai x Itália no Fifa Fan Fest em São Paulo na Copa do Mundo 2014:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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