A estátua de Ferreira do Amaral em Lisboa
Texto e fotografias de Jorge Basto (Portugal)
A estátua, outrora imponente pela sua grandiosidade e localização no ponto mais nobre de Macau, foi em 1992 demolida e enviada para Portugal. Assim se perdeu um pedaço de História que importa recordar.
Muito sumariamente, Ferreira do Amaral foi um ilustre militar e Governador de Macau entre 1846-1849. Dada a sua governação enérgica em defesa do domínio português foi alvo da confrontação dos mandarins. Assim foi que numa tarde de Agosto de 1849 saiu para um passeio a cavalo, acompanhado pelo seu ajudante, passou as Portas do Cerco e foi atacado por um grupo de chineses que o mataram à cutilada.
Em sua memória foi inaugurada a estátua no dia 24 de Junho de 1940, dia de Macau, e por lá ficou para ser admirada da forma que melhor se entendesse – pelo seu significado, pelo enquadramento e estética, pela imponência, etc –.
Até que em 1992 foi demolida e no seu local construído um estacionamento semi-subterrâneo de «mau gosto» – porque se eleva quase 2m acima do solo tapando completamente a visão de condutores e peões, e porque com apenas um nível de estacionamento não «estaciona» mesmo nada de jeito.
Chegando a Portugal, a estátua ficou encaixotada por cerca de 10 anos até que foi parar à Alameda da Encarnação, perto do aeroporto de Lisboa. Desse local junto as minhas fotos actuais de Março de 2015.
Ferreira do Amaral, considerado um herói pelos seus feitos desde o Brasil, onde perdeu o braço direito em luta, passando por Angola e terminando em Macau, que tornou num verdadeiro território português, morreu assassinado.
Não merece morrer assim despercebido algures, como que outra vez assassinado.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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Realmente é triste que se deixe cair em esquecimento não só a imponência e significado de tal monumento da nossa história na Ásia, Macau, como da mesma forma o significado histórico dos feitos deste homem que lutou em prol de uma nação!!!!….Jorge, tenho para sempre guardado na minha memória esse monumento da forma como está na tua primeira fotografia……..trás—me também boas recordações de tempos e amigos dessa minha terra do coração MACAU. Abraço forte, Ricardo Nunes
Agradeço o comentário Ricardo Nunes. De pleno acordo com o teu comentário, talvez não fosse conveniente manter a estátua em Macau nesses novos tempos de Macau pela transição de soberania, mas pelo menos que ganhasse uma posição de mais destaque em Portugal. Ficamos aqui com as memórias fotográficas dos bons tempos. Abraço, Rogério Luz