(fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz, salvo aquelas em que o autor do blog aparece. Fotografias da visita do Chefe do Executivo de Macau por Manuel Ramos – Clicar nas fotos menores para ampliar)
Após completar 66 anos de idade em abril de 2015, no mês seguinte, no dia 16 de maio, em São Paulo, Brasil, o Alou nos deixou em decorrência de enfermidade, que não foi súbita. Partiu para o descanso eterno após uma vida recheada de atividades, tanto no campo pessoal como no profissional.
Herculano Alexandre Wong Airosa, ‘Alou’ entre amigos e conhecidos ou também ‘Alex’, nasceu em Macau. Notabilizou-se na sua terra natal como membro do conjunto musical The Thunders, ou, Os Trovões, em bom português, que contava entre os seus componentes, Armando Ritchie, Domingos Rosa Duque “Lelé”, Manuel Costa e Rigoberto Rosário Jr. ‘Api”.
Nessa formação, Os Thunders gravaram um disco em 1970, contendo a mais famosa canção no meio da comunidade macaense e portuguesa de Macau – Macau (nossa terra), que é cantada até a atualidade, tornando-se uma espécie de hino para os macaenses. Porém, em 1971, a banda dissolveu-se com a emigração do Alou, Api, Armando e Manuel Costa para o Brasil. Manuel depois mudou-se para o Canadá.
Em São Paulo, Alou conseguiu reunir o Api e o Armando para algumas apresentações musicais em festas da Casa de Macau. Identificavam-se como The Thunders. Fato que o motivou a agir para um reagrupamento, espécie de revival em inglês, da formação original da banda para gravação de um novo CD e apresentação no Encontro das Comunidades Macaenses de 2004 em Macau. Foi um sucesso incrível! Via-se gente se acotovelando para obter autógrafos no livreto que acompanhava o disco, muitos cliques de máquinas fotográficas e filmagens, ou até gente chorando de saudades ao ouvir a canção Macau que recordava os saudosos tempos da administração portuguesa. Realmente foi um caso de sucesso, tal como descrevia o título da capa do CD “The Thunders de Macau, um caso de sucesso nos anos 60“.
Em 2006, Macau ainda viu os The Thunders se reagruparem para apresentação nas cerimônias de abertura e encerramento dos 1ºs. Jogos da Lusofonia. Após, o conjunto original se dissolveu, e agora em definitivo com a sua morte.
Além da vida musical que lhe dava uma imensa satisfação, pois gostava de tocar o seu teclado e cantar para as pessoas que convidava para jantar na sua casa, Alou foi atuante nas atividades da Casa de Macau de São Paulo. Foi eleito várias vezes como conselheiro e finalmente venceu as eleições que o elegeram presidente da associação macaense. No âmbito do Conselho das Comunidades Macaenses, foi indicado pela direção desse Órgão para tornar-se membro individual pelos bons serviços prestados à comunidade, o que foi aprovado pelo seu Conselho Geral.
Como sócio-proprietário de empresa do ramo de distribuição de fertilizantes, o que proporcionou ao Alou uma boa condição financeira, conseguiu junto aos seus parceiros de negócios nos Estados Unidos, arrecadar verbas para diversas atividades da Casa de Macau.
Apoiou iniciativas junto aos jovens da comunidade local e apostava que um dia pudessem vir a dirigi-la, bem como incentivava que o cargo de presidência viesse a ser ocupado por uma mulher. Mas o que muito envaidecia o Alou era o coral formado por associadas(os) que se chamava “Vozes de Macau” e que contava com o seu apoio, tanto que o levou para se apresentar em Macau em dois Encontros, e apoiou o lançamento de um CD informal que foi distribuído mundialmente à comunidade macaense.
Neste breve relato de algumas passagens da vida do Alou, consciente que faltarão vários detalhes que poderá alguém reclamar, procuro prestar uma homenagem ao amigo conterrâneo. Por vários anos registrei suas atividades, em especial as que aconteceram na Casa de Macau de São Paulo, tanto em fotografias como em reportagens divulgadas na imprensa de Macau e as minhas publicações na Internet, e não poderia deixar de fazer este meu último artigo sobre a sua pessoa. Era preciso!
Descanse em paz, Alou! Adeus …
(fotos a seguir sem ordem cronológica – clicar nas menores para ampliar)
As imagens nesta postagem não só lembram vivências com a presença de Alex Airosa, mas também servem para as recordações da comunidade macaense tanto de São Paulo como de todas as localidades do Brasil e do mundo. A homenagem é extensiva às pessoas falecidas que são referidas nas legendas, fazendo menção ao meu saudoso cunhado João Bosco da Silva.
(fotos abaixo) Esq.: Alou no Encontro 2004 em Macau com o Germano Bibi Guilherme. Dir.: junto com dupla sertaneja que patrocinou para apresentação na Casa de Macau:
Abaixo, da esq. Alou com o saudoso Alberto Morais. Dir.: Alex recebe homenagem na Casa de Macau, com Armando Ritchie, na época, no cargo de presidente e Telma Brito:
Alex com os parceiros de negócios dos EUA que ofereceram apoio financeiro à Casa de Macau de SP e foto em conjunto com o coral Vozes de Macau:
Alex na sua festa de aniversário em 2008:
Duas apresentações em épocas diferentes na Casa de Macau com a formação de 3 membros dos The Thunders: Alou, Api e Armando no baixo:
Alex com os associados na festa do Dia dos Pais, vendo-se na fotos os saudosos JC-José Cândido Remédios, Assis Fong, Miguel Costa e João Bosco da Silva:
Em companhia dos associados das Casas de Macau do Rio de Janeiro e de São Paulo, vendo-se na foto os saudosos Acaio Assumpção, João Bosco da Silva e Otaviano César:
Com os americanos que ofereceram apoio financeiro à Casa de Macau por intermediação do Alex:
Alex com as associadas(os) que cozinharam para o Chá Gordo servido na Casa de Macau:
Esq.: com a equipe de produção da Rede Globo de Televisão que foi à Casa de Macau pedir apoio em contatos para gravação de parte de capítulos da novela Negócio da China em Macau. Alex indicou o autor deste blog para acompanhar dois diretores da equipe à Macau, e ofereceu apoio financeiro pessoal complementando as despesas pagas pela Globo. Direita: Alex canta com o maestro do coral Vainer Dias Gomes em festa da Casa de Macau:
Alex com o coral que apoiava e associadas da Casa de Macau:
Alex entrega prendas nas festas de Natal aos associados da Terceira Idade da Casa de Macau. Na foto da direita entrega a prenda para o saudoso Harry de Shanghai:
Alex nas festas de seu aniversário que ocasionalmente alugava as dependências da Casa de Macau para realizá-las:
Direita: Alou gostava de comprar camisetas (t-shirts) com frases divertidas:
Nas três fotos seguintes, Alou em sua participação juntamente com o saudoso João Bosco da Silva. em aula de gastronomia macaense promovida pela Casa de Macau sob a coordenação de Natércia da Luz Silva:
Alex com os membros da APIM (na foto vemos o saudoso Achiam) e o deputado Leonel Alves e recebendo homenagem de associações macaenses de Vancouver e de Toronto, no Canadá:
O reagrupamento dos The Thunders para apresentação no Encontro das Comunidades Macaenses em 2004, em Macau, e lançamento de novo CD:
Na exposição de miniaturas do cotidiano de Macau dos tempos antigos trabalhadas por Rigoberto Rosário Jr, e que foi realizada no Centro de Turismo de Macau:
Alex recebe a delegação da Missão Macau na Casa de Macau, e no jantar que contou com a participação do Vereador William Hoo de São Paulo:
A visita da Missão Macau em agosto de 2008 quando Alex era presidente da Casa de Macau. Na foto vemos o saudoso José Agoston, o 1º da direita da 3ª fila.
Alou na sua festa de aniversário de 60 anos (tái sân iát – grande aniversário):
A delegação de Forum Macau liderada por Rita Botelho dos Santos visita a Casa de Macau em junho de 2008:
Esq.: Rita dos Santos é homenageada em jantar oferecido numa churrascaria, com a presença do Vereador de São Paulo William Hoo. Direita: Alex com o grupo de teatro em patuá da Casa de Macau de São Paulo:
Os The Thunders se apresentaram nas cerimônias de abertura e de encerramento dos 1ºs Jogos da Lusofonia em Macau:
Nas 4 fotos seguintes, momentos da visita do Chefe do Executivo de Macau-RAEM – Edmund Ho com imagens feitas no jantar oferecido numa churrascaria e na Casa de Macau de São Paulo, em junho de 2005:
Convívio com uma delegação de jornalistas chineses de Macau em maio de 2007, quando o autor deste blog era membro de diretoria da Casa de Macau de São Paulo.
Alex entrega prenda à saudosa Angelina Colaço na festa de Natal da Casa de Macau de 2009. Logo atrás dos dois, no meio, está o saudoso Harry, de Shanghai:
A capa do disco lançado pelos Thunders em 1970 e o conjunto sendo homenageado pelo então Governador português de Macau. Imagm extraída do livreto do CD de 2004 do grupo
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
PROCUREI O ALEX HOJE PARA LHE ENVIAR UMA FOTO DE ANOS ATRÁS, ELE FOI ASSISTENTE DO MEU MARIDO JOSÉ PAEZ NA IMC,FICAMOS ESTARRECIDOS AO SABER QUE ELE FALECEU A MAIS DE UM ANO. DEIXAMOS AQUI ANOS PROFUNDO PESAR PARA FAMILIA DELE EM ESPECIAL PARA OS FILHOS,TAMBÉM PARA ISABEL, BEA & FAMÍLIA.
Grande Homem…Uma perda sem igual…saudades.
Obrigado pelo comentário Ronaldo Torres.
Rogério, bela homenagem, belas fotos, belas recordações e muitas saudades do Alex, do Bosco e de todos os amigos que se foram. Parabéns pelo trabalho extremamente bem elaborado.
Tua irmã Yolanda
Obrigado Yolanda
Parabéns por esta excelente homenagem ao nosso saudoso Alou.
Abraço do
Jorge Rangel
Muito agradecido Jorge Rangel. Abraço, Rogério Luz