Cronicas Macaenses

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Em “Curiosidades de Vias Públicas de Macau”, Manuel Basílio nos conta sobre a antiga Rua do Mastro

Manuel V. Basílio nos traz mais um artigo que fala sobre as Vias Públicas de Macau. O seu conhecimento da língua chinesa colabora para detalhar alguns aspectos que pedem uma consulta às fontes ou publicações em chinês, que se percebe no texto. O blog Crónicas Macaenses agradece o autor por mais este valioso contributo que ajuda a enriquecer um pouco mais o nosso conhecimento sobre Macau que foi um território português na China por cerca de 440 anos, até a sua devolução em 1999:

A SEDE DO TSO-TANG QUE EXISTIU JUNTO DA RUA DO MASTRO

Texto, fotografias e legendas de autoria de Manuel V. Basílio (Macau)

A Rua do Mastro já não figura na toponímia de Macau, porquanto este topónimo foi alterado para Rua de Camilo Pessanha, em 1926, a fim de homenagear este poeta simbolista, que foi professor, advogado, juiz e conservador do Registo Predial em Macau, falecido naquele ano.

Rua de Camilo de Pessanha, vista junto da Rua das Estalagens em direcção da Avenida de Almeida Ribeiro. Do lado direito, está uma loja, relativamente recente, com o distico comercial iluminado, que vende mariscos secos e outros produtos comestíveis. É desse lado que estava localizado o quarteirão ocupado pelo Tso-tang (ou Chó T’óng). Foto MV Basílio

Antes de a zona marginal do Porto Interior ser afectada por assoreamento, que motivou a execução de obras de aterro, em diferentes épocas do passado, toda aquela zona ribeirinha era recortada, formando várias enseadas ou caldeiras. Um dos processos utilizados para a regularização da zona costeira era a construção de diques, que deram origem a pequenas lagoas ou a zonas alagadas, que iam secando gradualmente. Deste modo, criaram-se novos aterros que depois foram aproveitadas em construções de prédios para fins residenciais e comerciais, e cujos aterros contribuíram para a expansão do território, de forma a poder acomodar a sua crescente população. O dique ou molhe que se construía era utilizado sobretudo pela população marítima como local de atracagem. Por essa razão, era designado, em chinês, por  (t’óng), cujo carácter pode significar “molhe” ou “dique”, ou então, local de abrigo em caso de tufões ( 避風塘 , em cantonense, “pei fung t’óng”). Hoje em dia, esse tipo de molhe ou dique já não existe, restando apenas registados na toponímia local nomes de várias vias públicas que originaram do referido  (t’óng), nomeadamente “Lou Sék T’óng” (爐石塘), Pák Ngán T’óng (白眼塘) e “Lam Mau T’óng (林茂塘).

Com a construção de um dique na enseada conhecida por “Lou Sék T’óng” e, subsequentemente, aterros que ali se fizeram, foram surgindo em toda aquela zona novas construções e novas vias, designadamente a então Rua do Mastro. O molhe que foi construído mais a sul de “Lou Sék T’óng”, fechando praticamente uma caldeira (1) que lá existia e que se destinou a facilitar a atracagem de embarcações, ficou conhecido, em chinês, por “Pák Ngán T’óng”, e cuja zona, após o aterro da caldeira, se transformou num largo, a que se deu o nome de Largo da Caldeira, que já não existe. Havia ainda uma enseada, a norte de “Lou Sék T’óng”, na qual também existiu um molhe ou barreira, para efeitos de retenção da areia que ali abundava, designado por “Pák Sá T’óng” (白沙塘, significando “Pák Sá” 白沙, areia branca), também conhecido por “Sá Lán T’óng” ( 沙欄塘 , sendo “Sá Lán” 沙欄 , barreira de areia) e cuja designação já deixou de constar do actual Cadastro de Vias Públicas, restando apenas a de “Sá Lán Châi” (literalmente, pequena barreira de areia), “Sá Lán Châi Kai” (Rua do Tarrafeiro) e “Sá Lán Châi Lei “ (Beco do Tarrafeiro) e “Sá Lán Châi Ch’é Lou” , também designado por “Fá Wong T’óng Ch’é Hóng (Calçada do Botelho).

Um aspecto do Largo da Caldeira (em finais do século XIX), em que é visível um muro de granito, que fazia parte do dique ali construído, mas já depois do aterro da caldeira e antes do alargamento das vias marginais. Do lado esquerdo, o edificio de 3 pisos era a então famosa casa de chá (ou restaurante) Hâng Heóng Chá Lau (杏香茶樓), onde reunia a elite chinesa e, do lado direito, há vários “jerinxás” ou “riquexós” estacionados, à espera de clientes, porquanto naquela altura eram o principal meio de transporte público.

Uma só gramínea deu nome a várias vias públicas

De acordo com informações obtidas em publicações chinesas, a água que cobria a enseada de “Lou Sék T’óng” era pouco funda, cujas circunstâncias favoreceram ao desenvolvimento de uma espécie de gramínea, a que os chineses dão o nome de “lou têk” ( 蘆 荻 ), isto é, um junco aquático, que ao secar se transforma em palha. Esse tipo de junco era regularmente colhido, empilhado ou espalhado para secagem ao longo de um local que, com a abertura de uma nova via, lhe foi dado o nome de “Ch’ou Tui Kái” ( 草堆街 , isto é, ch’ou () , palha ou erva; tui () , amontoar ou empilhar; e, kai () , rua), a qual corresponde a actual Rua das Estalagens. Esta gramínea é vulgarmente conhecida, em cantonense corrente ou falado, pelo nome de “hám sui ch’ou” ( 鹹 水 草, que significa “grama de água salgada”) ou, simplesmente, “hám ch’ou” ( 鹹 草, grama salgada) que, depois de tratada e enquanto húmida, se torna muito resistente, sendo, naqueles tempos, muito utilizada como atilho (2) em estabelecimentos comerciais ou nos mercados, e sobretudo em tendinhas nas vias públicas, por ser mais prático e económico que o cordel. A dita gramínea, que por ali se propagou, foi determinante na atribuição de nomes, não só a toda aquela zona, como também a várias vias públicas. Além da citada via “Ch’ou Tui Kái”, assim designado, por ter sido aquele local onde empilhavam o junco para secagem, existiu também um outro local, no seguimento dessa via, que entronca com o início da Rua de S. Paulo e o fim da Travessa dos Algibebes, a que foi dado o nome de Rua da Palha, onde se vendia o referido “hám ch’ou” (grama salgada), que servia para diversos fins, incluindo o citado uso como atilho. Por isso, até hoje, a designação da Rua da Palha, em chinês, é “Mai Ch’ou Tei Kái” ( “mai chou” ( 賣草 ), vender palha; tei (  ), terreno, sítio ou localidade; e, “kai” (  ), rua, significando, literalmente, a rua do sítio onde se vende palha). Além da Rua da Palha, há ainda o Beco da Palha ( Kón Ch’ou Lei 乾草里 , sendo “Kón Ch’ou”, palha seca, e “Lei”, Beco) e o Pátio da Palha ( Kón Ch’ou Wai 乾草圍 , sendo “Kón Ch’ou”, palha seca, e “Wai”, Pátio).

A Rua do Mastro que existiu na toponímia de Macau

Até ao ano de 1926, existiu uma via pública, denominada Rua do Mastro, em chinês, Lou Sék T’óng Kai ( 爐石塘街 ).  Os dois caracteres “Lou Sék” (Lou  , fogão, e Sék  , pedra), tal como se apresentam, em posição invertida, não formam, em chinês, um termo que significa “fogão de pedra” ou coisa parecida. Cremos que, originalmente, o termo derivou de “Lou Têk” ( 蘆 荻 ), um junco aquático que floresceu naquela zona, o qual deu origem ao nome “Lou Têk T’óng”, (蘆荻塘 , ou seja, dique do juncal) e que, posteriormente, teria sido deturpada para “Lou Sék T’óng” (蘆石塘, sendo  “Lou”, junco, e “Sék T’óng”, dique de pedra), porquanto a população marítima falava dialectos diferentes.  A errónea alteração do caracter  “lou ” (蘆 , do termo “lou têk” 蘆 荻 , junco) para o caracter homófono “lou”  ( , fogão) acabou por ser adoptado na toponímia local, apesar de o termo “Lou Sék” (爐石), desta forma escrito, não ter qualquer significado lógico na língua chinesa.

Nos tempos em que a população marítima atracava as suas embarcações junto do dique, conhecido por “Lou Sék T’óng” (蘆石塘), havia ali próximo dois mastros, semelhantes aos mastros que existiam noutros locais de atracagem, e que no período da noite ali penduravam duas lanternas acesas, tais como faróis, para orientação da navegação, e devido à existência daqueles mastros, deram então à via o nome de Rua do Mastro.

Naquela altura, existiu também, não muito distante do referido local, um outro mastro mais imponente, localizado próximo do actual Pátio da Mina, onde estava estabelecido o principal posto alfandegário, conhecido por “Hopu grande”, que tinha poderes específicos, sobretudo na cobrança de impostos alfandegários em Macau.  Teria sido esse mastro que o governador Ferreira do Amaral deu ordens para o deitar abaixo, depois de ordenar o encerramento do “Hopu” em Macau. Recordemos, então, o seguinte trecho, parcialmente extraído e adaptado do livro Toponímia de Macau, Vol. I, baseado na descrição de Marques Pereira: Para dar execução ao decreto de sua Majestade D. Maria II, pelo qual havia sido declarado Macau porto franco, a 5 de Março de 1849, (3) Amaral mandou publicar o edital da abolição do “hopu”, no qual declarou “que depois de oito dias a contar da data deste, todas as fazendas, comestíveis e mais artigos de uso importados dos portos da China para Macau, ou exportados de Macau para os portos da China ficam isentos de pagar aqui direitos, e nenhuma cobrança desde essa data em diante se consentirá pelos hopus desta cidade”. Findo o prazo e continuando o “hopu” a funcionar no dia 13, Amaral mandou fechá-lo à força. Cumprida a missão, participaram ao governador que o edifício estava fechado, restando em frente um mastro com bandeirolas, tabuletas e outras insígnias de autoridade chinesa. Então, Amaral deu ordem por escrito: “Deite abaixo”. A tarefa foi executada à machadada por dois ou três negros perante uma multidão de chineses e de alguns cristãos, quietos e silenciosos e, conforme o relato, quando o mastro foi derrubado, o silêncio da multidão foi quebrado pela voz de um cristão: “Acabou Macau”! Não acabou, porém, nesse dia, pois a administração portuguesa ainda se manteve por mais século e meio. Como se sabe, o Governo Chinês nunca abdicou os seus direitos soberanos respeitantes às terras ocupadas por estrangeiros e sempre sustentou que o exercício da soberania sobre o território de Macau apenas foi suspenso a partir do governo de Ferreira do Amaral, designadamente quando determinou o fim do pagamento do foro do chão, ou seja, a renda anual que se pagava pelo usufruto do território cedido, cujas fronteiras nunca foram definidas ou reconhecidas por China. Conforme dito e reafirmado por dirigentes do governo chinês, a soberania sobre o território seria retomada em tempo oportuno e, por conseguinte, em finais do século passado, após negociações, território de Macau sob a administração portuguesa cessou em 20 de Dezembro de 1999, com a sua transferência à República Popular da China, passando Macau, a partir de então, a ser uma Região Administrativa Especial da China.

Rua do Mastro já não figura na toponímia de Macau, porquanto este topónimo foi alterado para Rua de Camilo Pessanha, em 1926, a fim de homenagear este poeta simbolista, que foi professor, advogado, juíz e conservador do Registo Predial em Macau, falecido naquele ano. Resta, no entanto, a Travessa do Mastro ( 爐石塘巷 Lou Sék T’óng Hóng), que começa na Rua da Felicidade, em frente da Travessa da Felicidade, e termina na Avenida de Almeida Ribeiro, em frente da Rua de Camilo Pessanha.

Placa toponímica do Beco dos Cotovelos, que em chinês também é conhecido por Chó T’óng Lán Mei (左堂欄尾), como constam os quatro caracteres escritos entre parêntesis. Nota:  O caracter 左 (que significa esquerdo) está incorrecto, pois deveria escrever-se 佐 (que significa assistente). Foto MV Basílio

Tso-tang ou Chó T’óng (佐堂 , em pinyin, Zuotang), também designado por Yün Sêng ( 縣丞 , em pinyin, Xian Cheng), o Assistente do Magistrado Distrital

Além de “Hopu”, que era uma delegação da alfândega chinesa dependente da Alfândega Marítima da Província de Cantão e que se estabeleceu em Macau nos finais de 1684 ou inícios de 1685, cujos poderes consistiam essencialmente na cobrança de impostos alfandegários, existia também uma outra autoridade, conhecida por Tso-tang ou Chó T’óng ( , em pinyin: Zuotang) que, a partir de 1730, passou a tomar conta dos assuntos administrativos e judiciais de residentes chineses e estrangeiros em Macau. O Tso-tang era um assistente do Magistrado Distrital, que inicialmente estava sediado em Ch’in Sán ( , em pinyin: Qian Shan, e cujo Magistrado Distrital era conhecido por Mandarim da Casa Branca), tendo-se mudado depois, em 1743, para a aldeia de Mong Há e, por fim, para um local junto da Rua das Estalagens. Actualmente, é possível localizar, aproximadamente, onde estava sediado o Tso-tang (4), visto que existe uma via pública junto da Rua das Estalagens que indica a delimitação na parte tardoz da sede, cujo topónimo, em português, é Beco dos Cotovelos e, em chinês, “Sâu Châu Lei” ( 手肘里 , isto é, “Sâu Châu”, Cotovelo, e “Lei”, Beco), no entanto, é também designado por Chó T’óng Lán Mei ( 左堂欄尾 (deveria escrever-se佐堂欄尾), sendo 佐堂 Chó T’óng ou Tso-tang, o cargo de assistente do Magistrado Distrital; Lán (  ), cerca ou barreira; e, Mei (  ), extremidade ou fim).

Tal como a alfândega chinesa “Hopu”, que se extingui por ordem do governador Ferreira do Amaral, em Março de 1849, o “Tso-Tang” também foi encerrado naquele ano, visto que, o então assistente do Magistrado Distrital, Wang Zheng (汪政), assim que soube do assassinato de Ferreira do Amaral, naquela mesma noite de 22 de Agosto de 1849, com receio de represálias, fugiu apressadamente de Macau e nunca mais regressou. Nem ele, nem os seus sucessores no cargo voltaram a residir em Macau.

Entrada para o Beco dos Cotovelos, cuja placa toponímica está afixada na parede do lado direito. Foto MV Basílio

Apesar disso, as relações entre as autoridades portuguesas e chinesas não foram interrompidas.  O governo imperial continuou a nomear mandarins para se encarregarem de assuntos de chineses em Macau, embora os magistrados designados passassem a residir fora do território de Macau.

Nestas condições, o modo de relacionamento ou de contacto era mantido sobretudo através de correspondência oficial trocada entre as autoridades portuguesas e chinesas, conhecida por “chapas sínicas”, um procedimento que vinha sendo adoptado desde finais do século XVII.  No entanto, quando havia algum assunto importante para resolver, as autoridades chinesas vinham a Macau, como relata a seguinte notícia, datada de 18 de Julho de 1868: “Esteve em Macau um mandarim, condecorado com o botão da 6ª ordem superior, chamado Ip Chiu-chi, o qual veio da parte do vice-rei de Cantão cumprimentar S. Exa. o Governador, e pedir o seu auxílio para se descobrirem certos indivíduos suspeitos de um crime perpetrado em território chinês”.

Da parte do governo português, também há noticías de que governadores de Macau e outras entidades por vezes faziam visitas de cortesia a autoridades de Cantão.

Porém, com a implantação da República na China e o fim da dinastia imperial em Fevereiro de 1912, o relacionamento entre as autoridades portuguesas e o novo governo republicano chinês entrou numa nova fase.

Face às alterações da situação política, tanto em Portugal como na China, a partir de então, a comunidade chinesa de Macau, nas suas relações com o governo português, passou a ser representada por personalidades oriundas da classe abastada e com posição social, que actuavam, quer como colaboradores, quer como interlocutores ou intermediários, na resolução de casos ou situações, por vezes críticas, ou até mesmo conflitos, que ocasionalmente ocorriam. Ao longo do século XX, destacaram-se como tais representantes, em épocas sucessivas, designadamente Lou Lim Ieoc, Kou Ho NengHo Yin e Ma Man Kei, bem assim outros que, embora não assumidos como representantes, também deram considerável contributo à administração portuguesa, tal como Ng Fok, que, em várias ocasiões, ajudou o governo a desbloquear situações de impasse.

Após quase quatro séculos e meio desde o estabelecimento dos portugueses em Macau, a administração portuguesa chegou ao seu termo, tendo a República Popular da China reassumido, no dia 20 de Dezembro de 1999, o exercício da soberania sobre Macau, que passou a ser designada Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), uma Região governada pelas suas gentes, com elevado grau de autonomia, regulada pela Lei Básica, que define os princípios fundamentais da RAEM, bem como o seu relacionamento com as Autoridades Centrais da República Popular da China. Essa Lei, baseada no princípio “um país, dois sistemas”, será mantida por um período de 50 anos, até 2049.

Outro aspecto do começo do Beco dos Cotovelos, vendo-se duas mulheres a caminharem para a Rua das Estalagens. O prédio de cor ocre é dos poucos prédios antigos que ainda restam. Foto MV Basílio

Notas:

(1) Uma pequena enseada ou uma espécie de doca para embarcações pequenas.

(2) O “hám ch’ou” ainda é utilizado, sobretudo para atar os embrulhos do bolo catupá, que se vende na altura das festividades do Barco do Dragão.

(3) A então colónia de Hong Kong, oficialmente fundada em 1842, já era porto franco, por isso desde então o comércio em Macau ficou severamente afectado.

(4) A localização da sede teria sido, aproximadamente, no quarteirão delimitado pela Rua de Camilo Pessanha, Rua das Estalagens, Beco dos Cotovelos e Rua do Pagode.

A Rua do Pagode era, aproximadamente, a outra extrema do quarteirão ocupado pelo Tso-tang (ou Chó T’óng). Ao fundo da via, onde entronca com a Rua das Estalagens, é o início da Rua de Camilo Pessanha. Foto MV Basílio

Placa toponímica da Travessa do Mastro, que começa junto da Rua da Felicidade, mesmo no edifício onde se encontra instalado o famoso e centenário Restaurante Fat Siu Lau, e termina na Avenida de Almeida Ribeiro, em frente da Rua de Camilo Pessanha (anteriormente designada por Rua do Mastro). Foto MV Basílio

O fim da Travessa do Mastro, no sítio onde entronca com a Avenida de Almeida Ribeiro. Nessa Travessa, além do restaurante Fat Siu Lau, ainda funcionam os conhecidos restaurante chineses Tou Tou Koi e Mou Kei. Foto MV Basílio

Do lado direito do prédio de cor ocre, há uma rampa ao cimo da qual termina a Rua das Estalagens; do lado esquerdo, é onde termina a Travessa dos Algibebes; e a placa toponímica, que se vê na parede do prédio de cor ocre, assinala o início da Rua de S. Paulo. Foto MV Basílio

A Rua da Palha vista do início da Rua de S. Paulo e fim da Rua das Estalagens. Foto MV Basílio

Actual aspecto de um troço da Rua da Palha, visto do começo da Rua do Monte. Foto MV Basílio

A Rua da Palha, vista da Rua de S. Domingos em direcção à Rua de S. Paulo, muito frequentada por visitantes, que vão às Ruínas de S. Paulo. Foto MV Basílio

6 comentários em “Em “Curiosidades de Vias Públicas de Macau”, Manuel Basílio nos conta sobre a antiga Rua do Mastro

  1. Pingback: Em Macau: Rua das Estalagens, uma via que marcou uma época no passado | Cronicas Macaenses

  2. Pingback: A rua em Macau que homenageia o poeta Camilo Pessanha – o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa | Cronicas Macaenses

  3. Apesar de estarem bem legendadas e com fotos para a sua localização, não consegui localizar com segurança as atuais ruas aí referidas, pois Macau mudou a sua fisionomia de tal forma radical que, da minha parte, não consegui destacar o que eu desejava…bem conheci a rua de Camilo Pessanha, Estalagem, Palha, onde caminhei tantas vezes, mas está tudo tão diferente. Mas isto não quer dizer que o trabalho exaustivo de M. Basílio perdesse valor, não,não, o texto e o conteúdo estão muito bem elaborados e ajudam muito no conhecimento da cultura geral da nossa sempre querida terra de origem.

    • MV Basilio
      16/02/2018

      Agradeço, uma vez mais, o seu comentário. Talvez explicando deste modo consegue melhor localizar as ditas ruas. Vamos supor que vai descer da escadaria das Ruínas de S. Paulo. Em chegando ao fundo, há uma rua, que é a Rua de S. Paulo. Se virar para a direita, vai-se à igreja de Sto. António. Mas se continuar em frente, descendo por uma ligeira rampa, chega-se a um cruzamento: do lado esquerdo, é a Rua da Palha; a via do meio, é a Travessa dos Algibebes, e por aí chega-se à Rua dos Mercadores (onde está a loja de louças Fu On e, em frente desta loja, existiu naqueles tempos a Padaria Colombo; e, a via do lado direito, é uma rampa que desce para a Rua das Estalagens. Mais ou menos a meio da Rua das Estalagens, do lado esquerdo, há uma via, que é a Rua de Camilo Pessanha. Ao fundo desta rua, antes do cruzamento com a Avenida de Almeida Ribeiro, está o prédio da Casa de Beneficência “Tung Sin Tong” e, a seguir, a Casa de Penhores Tak Seng On, já encerrada, mas transformada num pequeno núcleo museológico, cujo prédio ainda pertence à familia de Kou Hó Neng. Realmente, há ruas de Macau, com renovações e novas construções, ficaram diferentes, e quem está ausente desta terra por muitos anos, nem sempre é facil reconhecê-las através de fotografias. Espero que, assim, fique melhor esclarecido.

  4. Henrique Manhao
    08/02/2018

    Excelente narração de Manuel Basilio

    • MV Basilio
      16/02/2018

      Agradeço o seu apreço

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Rogério P. D. Luz, macaense-português de Macau, ex-território português na China, radicado no Brasil por mais de 40 anos. Autor dos sites Projecto Memória Macaense e ImagensDaLuz.

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O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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