Santana de Parnaíba no dia de Corpus Christi em 2018, tendo ao fundo a Igreja Matriz de Santa Ana, construção do século XIX, em estilo eclético, com a fachada sendo restaurada.
A devoção que a fundadora da cidade, Suzana Dias, tinha por Santa Ana originou a primeira denominação “Santana” e associando-se ao local, onde se estabeleceu, chamado Parnahyba (depois Parnaíba), originário da palavra tupi ‘Pan-n-eei-bo’, que significa ‘rio ruim, lugar de muitas ilhas, rio difícil de navegar’, o povoado Santana de Parnaíba, em 14 de novembro de 1625, passou à condição de vila.
A cidade fundada em 1580 e localizada a 35 kms de São Paulo com fácil acesso pela Rodovia Castelo Branco, tem uma população de mais de 120 mil habitantes. No Estado de São Paulo é a que tem o maior conjunto arquitetônico preservado e tombado em 1982 pelo Patrimônio Histórico estadual, possuindo 209 edificações com quatro séculos de história no seu Centro Histórico. Os casarios e sobrados são geminados e construídos no alinhamento da rua.
A Wikipédia explica a origem da palavra – sobrado: “Um sobrado é um tipo de edificação constituída por dois ou mais andares e com relativamente grande área construída. Na época do Brasil colônia os sobrados eram as residências dos senhores nas cidades e marcaram o início de uma tímida urbanização do Brasil. No período anterior, o antagonismo existia entre a casa-grande e a senzala, enquanto aos sobrados se opunham os mucambos, que eram residências das camadas mais pobres da sociedade. A expressão surgiu de forma natural a partir dos sobrados construídos nas cidades mineiras (especialmente durante o Ciclo do Ouro), normalmente caracterizadas por uma topografia tipicamente chamada de “mar de morros”: as construções eram realizadas a partir do nível mais alto da rua, de forma que “sobrava” um espaço sob o piso principal da edificação. Com o tempo, este nível inferior passou a ser considerado o piso térreo, vindo a caracterizar os “sobrados“.
Nesta postagem trago imagens de algumas atrações do Centro Histórico de Santana de Parnaíba, no trajeto dos tapetes coloridos em 2018.
Fotografia de/photos by Rogério P D Luz (2018)
Na foto abaixo, a edificação mais conhecida como Cine Parnahyba, ficou fechada por 18 anos sendo reaberta em 2008 após ser totalmente restaurada. Hoje é dedicada às atividades culturais da cidade.
Casarão “Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo”: construído no final do século XVIII, o sobrado tombado em 1958, de acordo com a Prefeitura da cidade “é um exemplar típico das construções paulistas, com paredes estruturais em taipa de pilão e coberta com telhas capa canal e portas altas com bandeiras e balcões com vestígios de muxarabi“:
Monumento a Frei Agostinho de Jesus. (Fonte -Wikipédia): Frei Agostinho de Jesus (c. 1600-1661) foi um dos primeiros escultores a trabalhar no Brasil. Possivelmente foi tudo de um discípulo do frei Agostinho da Piedade, trabalhando em estilo semelhante na produção de estatuária sacra em terracota. A maior parte de suas obras foram criadas para as congregações beneditinas do Rio de Janeiro e São Paulo. Das suas obras reconhecidas estão as estátuas em tamanho natural de São Bento e de Santa Escolástica, preservadas no Mosteiro de São Bento, e uma Nossa Senhora da Purificação, no Museu de Arte Sacra de São Paulo.
Nascido no Rio de Janeiro, passou boa parte de sua vida na cidade de Santana do Parnaíba, região onde existia um dos grandes mosteiros beneditinos da Grande São Paulo, onde, segundo estudiosos ele residiu durante a maior parte de sua vida e onde confeccionou a imagem de Nossa Senhora da Conceição em terracota, que, mais tarde fora encontrada nas águas do Rio Paraíba do sul, região de Guaratinguetá, em meados de outubro do ano de 1717, dando início a grande devoção à milagrosa santa “aparecida”, mais tarde conhecida como Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil.
A Missa campal no dia de Corpus Christi mudou de local em 2018 devido à Praça 14 de Novembro estar fechada para reformas.
Outras das 209 edificações tombadas e preservadas, o comércio e restaurantes
No dia de Corpus Christi havia mais de 50 barracas da feira de artesanato e e da praça de alimentação
Monumento aos Bandeirantes: Devido a sua posição estratégica no vale do rio Tietê, Santana de Parnaíba tornou-se ponto de partida das bandeiras que seguiam rumo ao Oeste Paulista e ao Mato Grosso, impossibilitados de prosseguir na navegação em vista da cachoeira existente no trecho da cidade.
Eventos de Santana de Parnaíba: Além da festa religiosa do dia de Corpus Christi que atrai milhares de turistas, a cidade possui vários outros eventos, como: o teatro Drama da Paixão na Semana Santa e o Grito da Noite no Carnaval. Confira no site da Prefeitura a lista completa e divita-se: http://www.santanadeparnaiba.sp.gov.br/culturaeturismo/eventos.html
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
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