“Minha alma canta / Vejo o Rio de Janeiro / Estou morrendo de saudade / Rio, céu, mar / Praia sem fim …” cantarolava comigo mesmo a bela canção de Tom Jobim “Samba do Avião“, a contemplar o Rio de Janeiro da janela do avião da Latam no voo São Paulo-Rio, quando o comandante anunciava nos alto-falantes “aeronave em procedimento de aterrissagem“.
Até que não fazia muito tempo que lá estive na última vez, em 2013, numa parada de algumas horas do navio Costa Fortuna, em pleno carnaval. Foi tempo suficiente para visitar o Forte de Copacabana e o casal Mendonça residente nas proximidades. O noticiário ruim da cidade com a violência, quase em estado de guerra nas favelas desestimula o turismo, mas a parada era obrigatória para alcançar Búzios onde iria assistir a um casamento na praia. Na volta, iriamos pernoitar no Rio, tendo dois meio dias para passeios e tentar quebrar esse receio da cidade que tem um grande potencial turístico.
Assim no primeiro “meio dia”, deu tempo suficiente para ir visitar Corcovado e matar as saudades da estátua do Cristo Redentor que já lá não ia desde os anos 70. No site oficial, vi que o ponto turístico agora está sendo explorado pela mesma empresa particular que administra as Cataratas de Foz de Iguaçu. Assim em dois pontos da cidade, um em Copacabana, onde estávamos hospedados, e outro em Catete, perto da Praia do Flamengo, saem vans que te deixam no destino final, tendo apenas que trocar de carro no Centro de Visitantes por outro que sobe exclusivamente o sinuoso traçado até a estátua. Com isso, na Praça Lido, frente à praia, próximo ao icônico Hotel Copacabana, embarcamos, sem filas e pouca gente no período da tarde recomendado por menor afluência de visitantes, lá pelas 13:00 horas (era 2ª feira) , e em pouco mais de uma hora já estava frente ao Cristo que com emoção matava aquelas saudades que perduraram mais de 40 anos, pode?
(Fotografia de/photos by Rogério P D Luz)
CRISTO REDENTOR (a estátua)
Cristo Redentor é uma estátua art déco localizada no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. O monumento foi concebido pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa e construído em colaboração com o escultor francês Paul Landowski e com o engenheiro compatriota Albert Caquot, entre 1922 e 1931. Foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, dia de Nossa Senhora Aparecida.
A ideia de construir uma grande estátua no alto do Corcovado foi sugerida pela primeira vez em meados da década de 1850, quando o padre Pedro Maria Boss sugeriu a colocação de um monumento cristão no Monte do Corcovado para homenagear a Princesa Isabel, regente do Brasil e filha do Imperador Pedro II. Em 1889, o país se tornou uma república e, com a oficialização da separação entre Igreja e Estado, a proposta foi descartada. A segunda proposta de uma estátua no topo da montanha foi feita em 1920, pelo Círculo Católico do Rio de Janeiro.
O Cristo Redentor é feito de concreto armado e pedra-sabão. Tem trinta metros de altura, sem contar os oito metros do pedestal, e seus braços se esticam por 28 metros de largura. A estátua pesa 1145 toneladas e é a terceira maior escultura de Cristo no mundo, menor apenas que a Estátua de Cristo Rei de Świebodzi na Polônia (a maior escultura de Cristo no mundo) e a de Cristo de la Concordia na Bolívia (a segunda maior escultura de Cristo no mundo).
No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Portugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo. A decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e telefone), votação que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos. Todavia, o concurso não foi apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que apontou a falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.
CORCOVADO (morro)
O morro recebeu o nome de Corcovado em virtude ao seu formato curvo do morro, que lembra uma “corcunda” ou corcova. Nome este popularizado até os dias atuais. A palavra vem do Latim CONCURVARE, de COM-, “junto”, mais CURVARE, “dobrar, curvar, fazer uma saliência arredondada”; portanto, corcovado é “aquele que tem corcova”.
O Corcovado e as montanhas ao seu redor são formados principalmente por rochas muito duras e antigas, chamadas de gnaisses; estas rochas, no Rio de Janeiro, se formaram há cerca de 570 milhões de anos atrás.
O topo do morro permite uma vista panorâmica do centro da cidade do Rio de Janeiro, do morro do Pão de Açúcar, da Lagoa Rodrigo de Freitas, da praia de Copacabana, da praia de Ipanema, do hipódromo da Gávea, da praia do Leblon, da enseada de Botafogo, do Aterro do Flamengo, do Maracanã e de vários bairros e favelas das zonas sul, norte e central da cidade. Recomenda-se que visitas ao pico do Corcovado sejam feitas em dias ensolarados para se evitar as nuvens que frequentemente impedem vistas claras. (Wikipédia)
O acesso à estátua na atualidade é facilitada por elevadores panorâmicos e escadas rolantes dispensando a subida cansativa por escadas.
Do alto, vista panorâmica do Rio de Janeiro
As montanhas no entorno da estátua de Cristo
A região central do Rio
À esquerda, o Aeroporto Santos Dumont para vôos domésticos. Do outro lado da baía, a cidade de Niterói.
A plataforma do Corcovado onde abrir os braços a imitar a estátua de Cristo é a posição preferida para fotos
A fotógrafa profissional tira fotos de turistas com a estátua de Cristo como fundo, o dia inteiro nesse deita e levanta
Uma capela católica debaixo da estátua de Cristo
Em outubro de 2006, no 75 º aniversário da conclusão da estátua, o Arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Eusébio Oscar Scheid, consagrou a capela em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, sob a estátua. Isso permite que os católicos possam realizar batismos e casamentos no local.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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