Parques, jardins e bosques é o que não falta em Curitiba, capital do Estado do Paraná, e constituem um dos seus principais atrativos turísticos. Na nossa excursão em outubro de 2018, um dos dias foi dedicado boa parte para visitar alguns deles e o Memorial da Imigração Ucraniana, localizado dentro do Parque Tingüi, foi um dos pontos visitados.
Inaugurado em outubro de 1995, o Memorial e foi erigido em homenagem ao centenário da chegada dos imigrantes ucranianos que vieram para esta região do Brasil. Em 1891, oito famílias ucranianas chegaram ao Paraná e depois até 1914 já somavam cerca de 45 mil imigrantes devido às dificuldades encontradas na Ucrânia.
(Fotografia de/photos by Rogério P D Luz)
O Memorial homenageia justamente a cultura religiosa do povo ucraniano com a construção de réplicas de edificações que mostram o estilo típico da sua arquitetura. A edificação é a réplica da antiga capela São Miguel, da Serra do Tigre em Mallet, no Paraná com uma cúpula dourada em madeira no estilo bizantino muito presente na sua arquitetura e nos seus ritos religiosos.
O interior da Capela
Pêssankas
Dentro da capela, além de bordados e ícones, há uma exposição permanente de Pêssankas que tem também um exemplar em reprodução artística no jardim externo.
Pêssanka ou Pysanka, é um ovo colorido a mão, de origem eslava. Sua denominação derivado do verbo pysaty (escrever) e simboliza a vida, a saúde e a prosperidade.
Esta arte tradicional dos ucranianos, vem de alguns milhares de anos atrás, quando eles eram preparados para presentear as divindades no início da primavera. Com a chegada do Cristianismo ele passou a simbolizar a Páscoa e a Ressurreição de Cristo.
Durante o regime comunista e ateísta as pêssankas foram proibidas no país, mas continuaram a ser produzidas longe das grandes cidades. No Brasil, assim como em outros países que há descendentes de ucranianos são produzidos na época da páscoa. Depois da independência da Ucrânia em 1991 elas voltaram a serem produzidas. (Wikipédia)
Imigração Ucraniana no Brasil
O Brasil abriga hoje a maior comunidade ucraniana da América Latina, contando com mais de 1 milhão pessoas, entre ucranianos e descendentes, 80% deles vivendo no estado do Paraná. A Rússia é responsável por essa imigração devido aos conflitos com a Ucrânia desde o fim da União Soviética.
História da imigração
Os ucranianos formaram o segundo maior contingente eslavo a imigrar para o Brasil, perdendo apenas para os poloneses. A imigração de ucranianos para o Brasil começou efetivamente nos anos de 1895-96. Em apenas dois anos, cerca de 15 mil ucranianos desembarcaram no Brasil. A grande maioria foi encaminhada para o Paraná, onde tornaram-se pequenos agricultores.
Até a década de 1920, aproximadamente 50 mil ucranianos imigraram para o Brasil, a maior parte proveniente da Galícia. O número de imigrantes, de fato, deve ter sido ligeiramente maior, tendo em vista que parte da Ucrânia estava dominada pelo Império Austro-Húngaro e pela Polônia, e muitos imigrantes possuíam passaporte austríaco ou polonês.
Durante a década de 1960 muitos reemigraram para os Estados Unidos e principalmente o Canadá onde a comunidade ucraniana era bem maior e obtinha muitos mais benefícios do governo canadense para se estabelecer em fazendas.
A comunidade ucraino-brasileira hoje
Residindo em sua imensa maioria no Paraná, seguindo por diversas comunidades no norte de Santa Catarina, e menor número em São Paulo e Rio Grande do Sul. Os descendentes de ucranianos ainda preservam seus costumes em diversos municípios brasileiros, com destaque para Prudentópolis, União da Vitória, Mallet, Irati e a região metropolitana de Curitiba, entre outros.
Língua
A língua ucraniana ainda é falada pelas gerações mais antigas, todavia a maioria dos jovens atualmente fala apenas o português.
Religião
Praticamente todos os descendentes e imigrantes ucranianos preservam o cristianismo. Uma boa parte dos católicos orientais passou a participar dos ritos litúrgicos na tradição romana. Uma outra parcela continua fiel à tradição oriental da Igreja Católica, fazendo parte da arquieparquia Greco-Católica Ucraniana, sediada em Curitiba. Uma menor parcela, por fim, nunca se afastou da tradição Ortodoxa Ucraniana, ligada ao patriarcado independente do papa de Roma, sendo esta uma Igreja Autocéfala. Diversos templos do Paraná e de Santa Catarina guardam a influência deste grupo étnico. A religião é, portanto, forma de manutenção das tradições e perpetuação da memória da presença ucraniana no Brasil. (Wikipédia)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
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