A “capela” foi um dos pratos da culinária de Macau, objeto da aula de gastronomia macaense promovida pela Casa de Macau de São Paulo no domingo de 30 de agosto de 2015. Para o dia era anunciado que as aulas seriam ministradas pelas “Irmãs Luz”, Natércia e Yolanda, pois além da “Capela” também a confecção do prato “Brócolis com Carne ao Molho de Ostra” seria apresentada ao vivo com degustação no local.
Nesta postagem, falaremos sobre a “Capela” de autoria de Yolanda Luz Ramos, que, devido ao tempo para preparo, já foi trazido pronto de casa para degustação no almoço servido na sede da associação, logo após a aula. Yolanda, que considera o prato como seu favorito, fez uma exposição de como o preparou após apresentação feita pelo confrade representante em São Paulo da Confraria de Gastronomia Macaense com sede em Macau, Rolando Maria da Luz.
CAPELA À MODA DA YOLANDA
Um dos mais populares pratos da gastronomia Macaense, a Capela é na verdade um bolo de carne assada. Como tantas outras receitas de Macau, em que cada um tem a sua maneira de cozinhar, a diferença está nos ingredientes. A Capela é um bolo de carne incrementado com vários outros ingredientes, conforme o toque pessoal de cada um, que torna o prato exótico, como quase todos os pratos da rica cozinha Macaense. O nome, segundo várias versões ouvidas, deve-o à sua forma circular semelhante a uma coroa, que faz lembrar uma capela, ou ao facto de trazer uma espécie, de pequena capa (capela) formada pela crosta de queijo e farinha de rosca.
Ingredientes para 4 pessoas:
1/2 kg de carne moída de porco (ou de porco e vaca misturados)
1 linguiça ou chouriço defumado e bem picado
2 pacotes de queijo parmesão ralado (de preferência da marca ‘Faixa Azul’)
Azeitonas verdes picadas
l ou 2 pães amanhecidos
3 dentes de alho
l cebola média
3 ovos
Farinha de rosca (pó bolacho)
Modo de preparar:
Temperar a carne moída com sal e/ou o tempero da sua preferência. Acrescentar o chouriço picado e misturar bem. Reserve e deixe tomar gosto.
Levar um tacho de fundo largo ou ‘wok‘ ao lume com óleo e refogue rapidamente os alhos e a cebola picados. Diminuir o fogo no mínimo e acrescente a carne moída. Após misturar bem, desligue o fogo com a carne ainda crua.
Acrescentar os ingredientes a seguir, na seguinte ordem (uma coisa de cada vez, misturando bem):
Após misturar bem todos os ingredientes, colocar a carne num pirex ou forma redonda, apertando-a bem com uma colher, deixando um buraco no meio. Jogar por cima da carne o 3° ovo (bem batido) e deslize por toda a superfície com a costa de uma colher de sopa. Polvilhe por cima do ovo, uniformemente, o restante do queijo ralado, e por último a farinha de rosca, também espalhada uniformemente por toda a superfície (pode ser com a ajuda de uma peneira).
Levar ao forno previamente aquecido até a carne ficar cozida e a farinha de rosca tostada. Pode decorar a parte de cima com azeitonas e o chouriço em rodeias ou fatias de bacon.
Obs.: Se não gostar muito de queijo, pode usar somente um pacote em vez de dois (deixando sempre um pouco para a finalização do prato). Pessoalmente gosto de colocar muito queijo e azeitonas neste prato. (Yolanda Luz Ramos)
Foto abaixo: Rolando, ao lado de Yolanda e Natércia, faz apresentação dos pratos objetos da aula de gastronomia macaense. É representante por São Paulo da Confraria de Gastronomia Macau com sede em Macau:
Em seguida apresenta o prato previamente preparado por Yolanda:
O público da Casa de Macau de São Paulo:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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