Postagem de M.V. Basílio (Macau) na página da Associação dos Antigos Alunos do Seminário de São José (Macau) com duas fotografias, comenta sobre a preservada estátua de Jorge Álvares em Macau, o primeiro navegador português e europeu a chegar à China, bem como de outra que está instalada na cidade de Freixo de Espada à Cinta, em Portugal, terra natal desse navegador. A publicação mereceu comentário complementar e esclarecedor de Alberto Santos (Macau), pelo que vamos ver para enriquecer nossos conhecimentos:
(Fotografias publicadas por M.V. Basílio)
M.V. Basílio escreve: Jorge Álvares, um transmontano natural de Freixo de Espada à Cinta, foi o primeiro europeu a aportar, por via marítima, em 1513, numa ilha situada na foz do Rio das Pérolas, do sul da China, a que foi dado o nome de Tamam, Tamang ou Tamão, e que, foi identificada como sendo a ilha de Lin-tin, a partir de uma pequena obra de investigação de Luís Keil, publicada em 1933. Foi na sequência dessa viagem que os portugueses deram início a trocas comerciais em diversos pontos da costa chinesa, incluindo os estabelecimentos precários em Sanchoão e em Lampacau, até que se fixaram definitivamente numa localidade a que deram o nome de Porto de Nome de Deus, Amaquã (conforme mencionada por Fernão Mendes Pinto) ou Amaquao, Amagao, Amacao, Amachao, Machoam, Machao ou, ainda, outras designações similares.
A estátua de Jorge Álvares, em Macau, é da autoria do escultor português Euclides Vaz que, além desta, fez uma outra, com postura diferente, que se encontra implantada em Freixo de Espada à Cinta, terra natal desse navegador e feitor, que faleceu nestas paragens do oriente e foi sepultado na ilha de Lin-tin, junto ao padrão que lá mandou erigir, e onde seis anos antes, em 1514, sepultou o seu filho.
A ilha de Sanchoão, acima referida, é conhecida como o local em que o missionário jesuíta S. Francisco Xavier esteve de passagem, onde adoeceu e veio a falecer, a 2 de Dezembro de 1552, antes de alcançar o continente chinês.
Alberto Santos complementa com seu comentário: para melhor esclarecimento, transcrevo o que disse Pe. Teixeira em Maio de 1988: Há mais de 40 anos publicamos um artigo sobre Jorge Álvares, dizendo que este homem, natural de Freixo de Espada à Cinta, fora o primeiro português que viera a China em 1513. O almirante Sarmento Rodrigues, que é natural de Freixo, ficou radiante e mandou logo fazer dois monumentos deste navegador: um para ser erecto na sua terra natal (e lá está hoje) e outro para Macau. Anos depois, descobriu-se que havia dois Jorge Álvares: um, o de 1513, outro, o grande amigo de S. Francisco Xavier, a quem entregou o japonês Angiro (que ele baptizou) e a primeira narrativa do Japão, feita por ele mesmo. Então resolveu-se o problema desta maneira: a estátua de Freixo ficou com o nome do amigo de Xavier e a de Macau com o Álvares de 1523.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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