Considerada por muitos como o paraíso do litoral norte de São Paulo, Ubatuba, distante cerca de 230 kms da capital paulista (via Rodovia dos Tamoios) é daquelas cidades praianas que dá gosto de visitar e até de lá morar. No município há 102 praias conforme informa a prefeitura. A sua costa, na parte continental, tem uma extensão de 125,40 km. Além disso, a cidade possui algumas ilhas, como a Ilha das Couves e a Ilha Anchieta que possui um presídio desativado, que, no passado, foi utilizado para manter presos políticos.
Ubatuba tem praias badaladas e com muita gente nas temporadas e feriados, como a Praia Grande ou Maranduba, mas também praias paradisíacas e com pouca gente, águas transparentes, longe do agito, cercadas por mata atlântica, íngremes montanhas, cachoeiras e grutas, e ideal para quem curte ecoturismo. Além de tudo é uma boa base para um bate-volta à histórica Parati a 74 km ou até Angra dos Reis a 166 kms, ou então a Caraguatatuba a 54 kms ou São Sebastião a 80 kms. Tudo pela boa rodovia Rio-Santos com muitas opções de paradas nas belas praias pela costa toda ou os diversos mirantes.
Muita gente viaja para conhecer as belas praias do Nordeste brasileiro, que vale muito a pena, mas deixa de conhecer o litoral norte de São Paulo cercada pelas altas montanhas da Serra do Mar que traz paisagens deslumbrantes e praias tão quanto belas que até levaria semanas para conhecer,e ainda nem tudo.
A cidade não é daquelas que tem inúmeros prédios altos e modernos na orla marítima, salvo a Praia Grande a menos de 10 minutos do centro que já tem um razoável número de edificações mas bem distribuídas. Até a principal avenida central beira-mar tem aquele ar de cidade de interior sem um exagero de prédios. Em dias comuns é muito tranquila, ainda com barcos de pesca que lá estacionam e os pescadores a vender pescados no fim do dia. Mas em alta temporada ou feriados prolongados, a população aumenta significativamente.
Fotografia de/photos by Rogério P D Luz – Visita em agosto de 2017 em pleno Inverno brasileiro, baixa temporada e em dia de semana, motivo de aspecto de cidade vazia.
Acesso
Partindo da cidade de São Paulo, uma boa opção é utilizar a boa Rodovia Ayrton Senna que emenda com a Rodovia Carvalho Pinto, depois seguir pela reformada e alargada Rodovia dos Tamoios com belas vistas e que desce a Serra do Mar para passar obrigatoriamente por dentro da agradável Caraguatatuba e seguir pela Rio-Santos, a BR-101, até Ubatuba. A distância de cerca de 230 kms pode parecer longa, mas se não tiver pressa e souber apreciar belas vistas tanto rurais como da sucessão de paisagens marítimas na Rio-Santos, que corre paralela ao mar, você nem sente a viagem. É agradável demais! Aliás na Tamoios estão em construção (agosto de 2017) túneis que evitarão e lenta e sinuosa descida de serra e a passagem por dentro de Caraguatuba, pois já conduzirão para a Rio-Santos, logo após essa cidade e deve encurtar bem o tempo de viagem e a distância. (veja foto abaixo).
Outro importante acesso pode ser feito pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), ligando Ubatuba a Taubaté, no Vale do Paraíba, em São Paulo.
Praia de Maranduba – a 1ª praia de Ubatuba ao lado da BR-101 / Rio-Santos, vindo de Caraguatatuba
A praia fica a 28 kms do centro de Ubatuba e é muito frequentada em temporadas, finais de semana e feriados
Um pouco da história de Ubatuba
(Texto de VivaUbatuba no https://www.vivaubatuba.com.br/sobre/)
Os índios Tupinambá foram os primeiros habitantes da região. Eram excelentes canoeiros e dominavam o arco e flecha e aqui viviam em paz com os índios do planalto até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios com o intuito de colonização. Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig, passando para categoria de Vila somente em 1554 .
Os portugueses mantinham relações de amizade com os Tupiniquim. Os Tupinambá, sob o comando de Cunhambebe, fizeram a aliança conhecida por “Confederação dos Tamoios” – Os mais velhos da Terra – e junto a outras tribos de Bertioga a Cabo Frio passaram a lutar contra o domínio lusitano.
Para evitar o conflito, os portugueses convocaram em 1563 uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. Anchieta durante as negociações ficou prisioneiro por aproximadamente quatro meses, e nesse período escreveu vários poemas, dentre eles o célebre “Poema à Virgem” nas areias da Praia do Cruzeiro, enquanto Manoel da Nóbrega voltou à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz.
Em 14 de setembro de 1563 foi assinado o primeiro tratado de paz das Américas, conhecido por “Paz de Iperoig”, o armistício acabou não sendo cumprido o que para algumas tribos significou sua aniquilação, com os franceses sendo expulsos da região e os índios pacificados ou dizimados pelos portugueses.
Com o tratado firmado, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa.
O povoado foi elevado à Vila em 28 de Outubro de 1637, agora se chamando Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albernaz Homem da Costa, nobre português das Ilhas dos Açores.
A Av. Leovigildo Dias Vieira é a principal via beira mar com shopping, pousadas, restaurantes variados
Toponímia
(Wikipédia) Seu nome tem origem tupi e há pelo menos duas interpretações para o nome. Em tupi, ubá significa canoa, enquanto u’ubá significa cana-do-rio, que é uma gramínea que era utilizada na confecção de flechas pelos índios. Como tyba indica “ajuntamento”, o nome da cidade pode significar tanto “ajuntamento de canas-do-rio” quanto “ajuntamento de canoas”.
Atividades físicas à beira-mar no extenso calçadão e ciclovia
O Farol da Barra na Praia de Iperoig ou Cruzeiro construído em homenagem aos pescadores
A praça no local é um ponto de encontro de moradores e aposentados para jogo de cartas, xadrex e outros.
São Pedro, o Santo Padroeiro dos Pescadores, é o Padroeiro de Ubatuba
A imagem de São Pedro fica no Morro da Tainha ao lado do Farol da Barra. A comemoração da data ocorre em 29 de junho, desde 1923.
Praia central de Iperoig (ou do Cruzeiro) e um pouco mais de história
Iperoig e a luta contra os franceses
(Wikipédia) Os índios tupinambás estiveram entre os primeiros índios brasileiros a sofrer o impacto dos portugueses, uma vez que foram escravizados para os engenhos de cana-de-açúcar em São Vicente. Isso motivou uma firme aliança dos tupinambás com os franceses da França Antártica, que ocuparam a região da baía de Guanabara. Essa aliança, liderada por Cunhambebe, ficou conhecida como Confederação dos Tamoios.
Em 1563, José de Anchieta partiu com Manuel da Nóbrega de São Vicente para a aldeia de Iperoig, com o objetivo de pacificar os tupinambás. Anchieta permaneceu refém durante vários meses em Iperoig, enquanto Manuel da Nóbrega voltou a São Vicente acompanhado de Cunhambebe para acertar o tratado de paz conhecido como Paz de Iperoig.
Com a paz estabelecida com os índios tupinambás fronteiriços a São Vicente, os portugueses destruíram boa parte da nação tupinambá em conflitos na baía de Guanabara (em Uruçumirim – atual aterro do Flamengo) e em Cabo Frio, expulsando os franceses da região.
Nesta praia, Padre José de Anchieta, canonizado em 2014, quando era prisioneiro dos indios Tupinambás, escreveu os 4072 versos em Latim do “Poema à Virgem”. Iperoig no dialeto Tupi quer dizer “Água que tem Tubarões”.
Os barcos pesqueiros da Ilha dos Pescadores circundada pelo Rio Grande que nasce na Serra do Mar
Ilha de Pescadores, onde você compra pescados, camarões, lula, e o bar vizinho prepara na hora
Na Ilha também tem um Mercado Municipal de pescados administrado pelos próprios pescadores que se orgulham muito dele.
Igreja Matriz Exaltação da Santa Cruz, a praça, o quiosque e o Teatro Municipal
A Igreja Matriz construída entre 1885 a 1890 ainda está inacabada possuindo apenas uma torre que antes tinha um relógio.
A praça da Rua Hans Staden com construções históricas e o entorno
O prédio ao fundo é o Casarão do Porto construído em 1840, seguindo a arquitetura européia de construções ao longo do litoral que estava na moda na época. O construtor foi o armador português Manoel Baltazar da Cunha Fortes
A especulação imobiliária e turística, entretanto, contribuiu para a rápida destruição do patrimônio histórico de Ubatuba. Hoje, sobram poucas mostras da ocupação antiga: o exemplo mais destacado talvez seja o Sobradão do Porto. Hoje, Ubatuba resgata seu passado na cultura caiçara, nas ruas, nas festas de origem portuguesa e nos edifícios históricos, revelando seu potencial como estância balneária para o turismo. (Wikipédia)
Vistas do mar de Ubatuba na Praia de Itaguá e a Praia de Iperoig ou Cruzeiro na região central
Ubatuba é cercada pela Serra do Mar e sua exuberante Mata Atlântica. Quase oitenta por cento do território da cidade de Ubatuba consiste em áreas de preservação. O Parque Estadual da Serra do Mar, criado para proteger e preservar a mata atlântica, tem três núcleos dentro de Ubatuba: Cunha-Indaiá, Santa Virgínia e Picinguaba. (Wikipédia)
O clima de Ubatuba é o tropical litorâneo úmido ou tropical atlântico, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, sem estação seca e com mês mais frio, possuindo temperatura média acima de dezoito graus centígrados. A cidade tem um clima chuvoso, com precipitação média anual de 2 600 milímetros, o que é refletido pelo apelido Ubachuva, que a cidade recebe. O mês mais quente é fevereiro, com temperatura média compensada de 25,2 °C; o mais frio é julho, com 17,7 °C. (Wikipédia)
A Rua Guarani é uma via com restaurantes, comércio, sorveterias, pousadas, hotéis, muito frequentada e badalada
Dados Gerais (VivaUbatuba)
Data de Fundação: 28/10/1637
População estimada em 2016: 87.364
Área da unidade territorial (km2): 723,829
Densidade demográfica (hab/km2): 108,87
Gentílico: ubatubano
Numa praça na orla da praia Itaguá estão expostos os ossos de uma baleia jubarte que no ano 2000 moreru encalhada na praia Grande.
Pescadores e barcos pesqueiros que ficam estacionados na praia central de Itaguá. Os pescados são vendidos no local.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
Fiz uma visita virtual muito interessante. Parece ser um local de muita paz para quem gosta do sossego e vida calma. Quanto à violência não faço a mínima ideia…
Olá Giga, na minha estadia não encontrei nenhum problema, passeamos à vontade, mas obviamente sempre é bom estar atento.