Cronicas Macaenses

Blog-foto-magazine de Rogério P D Luz

Assim conheci Macau, a do Brasil, no Rio Grande do Norte

Macau-RN-Brasil no mapa do Google

Macau-RN-Brasil no mapa do Google

A 27 de Maio de 2013, finalmente matei uma vontade e curiosidade de longa data, desde que vim a saber que existia uma cidade com o mesmo nome da minha terra natal Macau, ainda mais, também a denominação de comum origem da deusa chinesa de navegantes A-Má.

Pela distância de mais de 3.000 km de São Paulo, a 3 horas e meia de vôo, este plano de viagem foi sendo postergado até essa data. Incluímos (eu e minha esposa Mia) no roteiro da viagem de uma semana (sábado a sábado), a capital Natal, do Rio Grande do Norte, como nossa base e daí viajar para Macau e João Pessoa, na Paraíba, ambas a cerca de 180 km por estrada.  Pernoitaríamos nas cidades!  A rigor, uma semana é muito pouco pela abrangência da viagem, pois sobraria apenas 2 dias para passear por Natal e seus litorais: a Rota do Sol no Sul e a Norte, tendo como principal atrativo a Praia de Genipabu.

A estrada para Macau, a BR-406, é de pista única, toda asfaltada e em bom estado. Até a primeira cidade Ceará Mirim, o trânsito é intenso exigindo muita cautela, aliviando após até João Câmara na metade do trajeto e depois pouco trânsito até Macau.  É praticamente uma longa reta de 180 km, às vezes com animais na pista, o que tem provocado acidentes, muitos fatais, motivo de várias cruzes na beira da estrada. Um inconveniente é a grande quantidade de lombadas pelos vários trechos urbanos de pequenos vilarejos, por onde a BR-406 passa.

(fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz,  Mia Luz, Pedro Lima, Nilton Marcelino)

A rodovia BR406 para Macau, no km85, faltando cerca de 80 kms para chegar ao destino, é toda uma longa reta. Neste trecho já avistava um parque de eólicas com vários aerogeradoras de energia

A rodovia BR406 para Macau é praticamente uma longa reta e no km85, faltando cerca de 80 kms para chegar ao destino, já se avistava um parque eólico com várias aerogeradoras de energia

Assim que chegamos a Macau, o nosso primeiro e importante compromisso foi o encontro na Secretaria de Turismo e na Prefeitura. Foi uma parte super agradável da viagem, onde, além de conhecer tanta gente boa, simpática e acolhedora, pude estabelecer um contato formal entre um nativo da Macau, ex-portuguesa, hoje da China, com esta Macau brasileira, fundada por portugueses.  É um esforço para criar uma ligação entre as duas Macau.  Todas as publicações que narram estes contatos estão listadas com links na página Macau-RN-Brasil (veja o link no topo do blog).

A seguir veja as fotos com descrição da sequência dos passeios pela Macau-RN, Brasil:

1 – No acesso à cidade, que antigamente era uma ilha e depois ligada por um istmo ou um aterro que virou estrada (foto abaixo), está o símbolo da Macau-RN: um antigo moinho utilizado para movimentar as águas nos cristalizadores para fabricação do sal. A estrada é cercada dos dois lados por grandes tanques ou lagos (da SALINOR) com água que meses depois, com a sua evaporação, o resíduo será o sal a ser recolhido para industrialização.

O símbolo de Macau representado pelo moinho que antigamente era utilizado para movimentar a água nos cristalizadores para fabricação do sal

O símbolo de Macau representado pelo moinho que antigamente era utilizado para movimentar a água nos cristalizadores para fabricação do sal

2 – Logo na entrada da cidade, uma imponente construção com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Macau, dá as boas-vindas e abençoa os visitantes para uma boa estada.  Percebi, com emoção, que encontrava-me em Macau, mas não na minha terra natal, mas na sua irmã brasileira.  Dá uma confusão na cabeça, pois lia na placa “Guarda Municipal de Macau”, que queira ou não, eu estava em Macau …

A imagem de Nossa Senhora de Conceição, padroeira de Macau-RN, na entrada da cidade

A imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Macau-RN, na entrada da cidade

3 – Após os contatos com a Prefeitura e graças à interferência do Prefeito Kerginaldo Pinto e a boa vontade dos responsáveis pela SALINOR, fomos visitar as suas salinas, cuja visita é restrita.  Imaginar ou ver por fora como é uma salina, é uma coisa. Outra coisa é estar lá dentro, andando de carro dentro dos tanques de sal com água, imaginando se vai afundar, e ver tudo branco à volta que é meramente só sal, aquilo que consumimos no dia a dia. É algo indescritível!!!  Uma experiência única na vida. À SALINOR, que produz o sal MARLIN, e ao Prefeito, os eternos agradecimentos pela gentileza da visita. Grato aos guias Tonhão e Nilton Marcelino (Gringo) por valiosas informações. O passeio pelas salinas é objeto de uma postagem específica. Consulte o link – Macau-RN-Brasil  sobre a sua publicação.

Passeio pelas salinas da SALINOR

Passeio pelas salinas da SALINOR

(clicar na fotos para aumentar)

4 – A Praia de Camapum foi o primeiro ponto turístico que visitamos, regado a um excelente almoço, a convite, no Restaurante da Tika.  Situada a cerca de 3 km da cidade, a praia fica na Ilha de Alagamar, porém agora ligada por terra nos aterros sobre os quais foi construída uma estrada, Camapum deriva do nome de uma planta medicinal “Camapu”.  Cercada por salinas, as suas águas contém um alto índice de salinidade, a areia é fina e dura e é rasa. Possui uma boa infraestrutura com bares, restaurantes e pousadas, além de churrasqueiras de uso livre.  Achei o lugar muito agradável e gostoso de se estar lá.

Praia de Camapum com boa infraestrutura e um atrativo turístico de Macau. Gostoso estar lá!

Praia de Camapum com boa infraestrutura e um atrativo turístico de Macau. Gostoso estar lá!

Muralha de pedra na praia tenta conter fortes erosões devido a combinação de marés e ondas fortes. A região como o município de Macau venta muito, bom para as salinas e o funcionamento de eólicas para gerar energia, mas também tem seu preço.

Muralha de pedra na praia tenta conter fortes erosões devido a combinação de marés e ondas fortes. A região como o município de Macau venta muito, bom para as salinas e o funcionamento de eólicas.

Uma praia rasa com areia fina e dura. Em maré baixa, com cuidado, dá para andar longe nas águas com alto teor de salinidade.

Uma praia rasa com areia fina e dura. Em maré baixa, com cuidado, dá para andar longe nas águas com alto teor de salinidade.

(clicar nas fotos para aumentar)

5 – Após o almoço e feita a reserva no Hotel Gamboa, por sugestão do Fernando, da Secretaria de Turismo, rumamos para o distrito de Diogo Lopes distante cerca de 30 kms passando por Barreiras, ambos pertencentes ao Município de Macau que tem 788 km2.  Essas regiões litorâneas são típicos para turismo ecológico, sendo área de reserva ambiental e de preservação controlados por órgãos específicos.  Lá possuem de tudo o que se relaciona a belezas naturais, tais como “mar, mangue, dunas, restinga, rio, dunas, falésias, caatinga, tabuleiros e lagoas”.

Fomos para lá no período da tarde e a maré estava baixa, proporcionando um espetáculo interessante de barcos encalhados, à espera da maré alta que os colocasse em navegação.  As suas ruas super tranquilas com mínimo de trânsito, os pescadores arrumarem as suas redes ou à espera da maré alta e casas simples em geral, dava aquela sensação de paz de espírito, preguiça e pena de ir embora.  Bom para aliviar o stress!

Macau RN Brasil geral (17)

Manguezais que separam a costa do mar aberto só podem ser alcançadas por barco possuindo praias pouco frequentadas

Macau RN Brasil geral (17.1)

Em Barreiras, praias desertas quase que “selvagens”, uma dádiva da natureza e Macau tem. Para chegar lá só de barco.

Em maré baixa barcos ficam encalhados. Ao fundo, novo parque eólico da Petrobrás.

Em maré baixa barcos ficam encalhados. Ao fundo, parque eólico da Petrobrás em Diogo Lopes

6 – À noite fomos jantar na praça atrás da Igreja Matriz, onde lá passei antes para fazer umas fotos do seu interior, a fachada e a praça.  Ambiente tranquilo, como toda a cidade o é, estavam abertos lanchonetes e sorveteria, além de possuir carrinhos para as crianças pedalarem gratuitamente. Numa mesa ao ar livre, pedimos um bife à parmegiana que o garçom, muito honesto, disse que a porção individual dava para duas pessoas.  Confiei e de fato era verdade, e estava bem gostoso além do preço ser muito amigável.  Depois tomamos sorvete na sorveteria que chamou atenção pelo nome – A-ma-ngao – da deusa A-Má.  Aliás a Macau brasileira tem tudo para um macaense da Macau na China “sentir-se em casa”.

Na volta para um bom descanso no hotel, passamos pela Igreja de Nossa Senhora da Conceição onde percebemos haver uma celebração em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.  Era uma novena em que a imagem iria percorrer pelas ruas em cima de um carro acompanhado por fiéis, em procissão à noite, até a casa de um devoto, onde permaneceria por um tempo para preces, tal como o antigo “Terço de Bairro” da Macau ex-portuguesa na China.  Era outro detalhe que identificavam as duas Macau, ainda mais pela devoção a N.S. de Fátima, e não hesitamos em acompanhar a procissão por um bom trecho das tranquilas ruas da cidade até sentirmos que o corpo pedia um descanso pelo extenuante porém agradável dia.

Até uma sorveteria fez lembrar a Macau hoje chinesa

Até uma sorveteria fez lembrar a Macau hoje chinesa

A procissão com N.S. de Fátima em cima da camioneta e acompanhado por fiéis a pé e de carro pelas ruas da cidade. Na foto, o carro passa diante de uma unidade da Prefeitura de Macau.

A procissão com N.S. de Fátima em cima da camioneta e acompanhada por fiéis a pé e de carro pelas ruas da cidade. Na foto, o carro passa diante de uma unidade da Prefeitura de Macau.

7 – No dia seguinte, terça-feira, acordamos logo cedo para dar uma volta na cidade, porém seria rápida, pois queríamos voltar para Natal a tempo de lá chegar ainda com claridade, já que anoitece às 5 da tarde e o tempo da viagem era no mínimo 3 horas e meia. Antes de deixar o hotel recebemos a grata visita da Regina Barros, que nos deu de presente o valioso livro “Macauismo” de Benito Barros e que será objeto de uma postagem específica. Assim, ao invés de andar pelo miolo da cidade, a pé, o recomendável, optamos por dar uma volta pelo anel viário que circunda toda a cidade de Macau.  Foi uma grande obra do Prefeito anterior que urbanizou e pavimentou todo este contorno da cidade.  Além de tudo, queria atravessar a Ponte Nossa Senhora dos Navegantes que liga Macau à Ilha de Santana, que me lembrava a travessia da nossa Macau à Ilha da Taipa, e tal como, hoje a Macau brasileira já não tem mais espaço para crescer (tal como a chinesa) e essa ilha é uma alternativa para sua expansão. Outro detalhe que coincide nas duas Macau.

O início do passeio foi na praça onde se localiza a Igreja Matriz

O início do passeio foi na praça onde se localiza a Igreja Matriz

O anel viário contorna toda a península de Macau, cercada de manguezais, rio e enormes tanques de água para produção do sal.

O anel viário contorna toda a península de Macau, cercada por manguezais, rio e enormes tanques de água para produção do sal.

Passa pela nova ponte que liga a Ilha de Santana e antiga de madeira toda desmoronada.

Passa pela nova ponte Nossa Senhora dos Navegantes que liga a Ilha de Santana e a antiga de madeira toda desmoronada.

Passa pela vila dos pescadores

Passa pela vila dos pescadores com manguezais ao fundo na maré baixa

E foi só isso que consegui ver da Macau brasileira em um dia de passeio, não havia mais tempo e pegamos logo a estrada para voltar a Natal.  Faltou conhecer melhor o centro, a zona comercial e sentir melhor como vive o povo macauense.  Pelo menos, ficamos devendo a nós mesmo, um retorno para uma visita com mais calma e uma estadia um pouco mais prolongada.

A sensação foi de estar na Macau, minha terra natal, nos tempos em que lá vivia nos anos 60.  Tranquila e sem a modernidade de hoje.  Uma volta ao passado que deu saudades.

Ao caro conterrâneo macaense, se quiser visitar esta Macau brasileira vá com espírito para conhecer as suas belezas naturais, sua tranquilidade com jeito simples de viver e um povo receptivo, e sentir este “nó na cabeça” que tive a ver a inscrição “Macau” em muitas partes da cidade, com aquela sensação que “você está mas não está na Macau hoje chinesa”.  Se for visita-la com expectativa de ver modernidade, casinos imponentes, comer “comida china”, matar as saudades com o legado e símbolos portugueses, querer fazer comparações, então é melhor pegar o avião e viajar para a nossa Macau. Cada uma tem as suas preciosas particularidades para serem apreciadas distintamente. Pois enquanto a Macau brasileira em todo o seu município de 788 km2 tem 30 mil habitantes, a Macau chinesa tem mais de 500 mil habitantes em cerca de 30 km2, e nessa Macau todos falam o português, mesmo com pronúncia diferente, mas é a língua portuguesa com legado português.

Uma sugestão, ame as duas Macau e racione que é importante uma ligação mais efetiva, pois isto nunca mais se repetirá na história deste planeta, a de duas cidades com o mesmo nome e as ligações com os colonizadores de origem portuguesa.

Veja outras fotos para conhecer um pouco melhor a Macau brasileira:

Clicar nas fotos para ampliar e vê-las completas pois estão recortadas no formato apresentado.  Clicando a primeira veja em slide show manual

13 comentários em “Assim conheci Macau, a do Brasil, no Rio Grande do Norte

  1. Pingback: Visita às salinas da Macau brasileira no Rio Grande do Norte | Cronicas Macaenses

  2. Pingback: Recordando a Macau brasileira, visitada em 2013, pela poesia do macauense Edinor Avelino | Cronicas Macaenses

  3. Wylkyson Gomes
    22/11/2019

    Parabéns o senhor escreve muito bem, de forma clara e objetiva, conseguiu me passar com precisão as características de Macau/RN

  4. Nela Nogueira
    17/01/2018

    Li o artigo acerca de dois Macau.
    Nao sera Macau China e
    Macao Brasil?

    • Olá Nela, costumo me referir e lembrar que a Macau onde nasci, hoje da China, era um território português por cerca de 440 anos, que ainda no consulado de Portugal de São Paulo ainda a refira como ex-Província Ultramarina de Portugal. A Macau do Brasil é em língua portuguesa e não Macao em inglês. Se for lá e disser que é Macao, não vão saber o que é ou até te repreender, rsrs. Podes ver nas fotos que é escrito em português. Obrigado pela visita à postagem.

  5. Anna Oliveira
    10/08/2016

    Em breve irei conhecer MACAU

  6. geraldo fernando viana de souza-(fernando)
    17/07/2013

    ó Deus amado pai , dai-me inspiração para que eu possa ter palavras de agradecimento compatíveis com os elogios recebido deste ilustre casal Macaense, que é Rogério Luz e Mia Luz,que as bênçãos de Deus caiam sobre vocês,e que possamos preservar este elo que construímos, obrigado pela postagem, as fotos ficaram muito bonitas. Parabéns e muito sucesso para o fotógrafo. Fernando.

    • Obrigado Renan e Fernando pelos comentários saudáveis e elogiosos. Ao Fernando também agradeço pela sua cordialidade e disposição para nos auxiliar na viagem, antes e durante a estada. Grande abraço

  7. Nilton Marcelino da Silva
    16/07/2013

    Obrigadoooo pela visita, volte um dia

    • Muito obrigado também a você Gringo pela boa companhia, cordialidade e os vídeos/fotos que fez da nossa visita.

    • Adorei. Visita oportuna, abençoada. O macauense assim como o povo de qulaquer porto, é acolhedor, hospitaleiro, interessado nos relatos dos viajantes e também dado a aventuras.

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Informação

Publicado em 16/07/2013 por em Assim conheci Macau, BRASIL, Macau RN.

Autoria do blog-magazine

Rogério P. D. Luz, macaense-português de Macau, ex-território português na China, radicado no Brasil por mais de 40 anos. Autor dos sites Projecto Memória Macaense e ImagensDaLuz.

Sobre

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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