(texto revisto em 20/11)
Finalmente o autor da canção “Macau (terra minha)”, Rigoberto Rosário Jr., o Api, grava o seu primeiro CD solo – “Olá, Macau” e fez o seu lançamento em São Paulo, na Casa de Macau de São Paulo no dia 10 de Novembro passado. Fazia tempo que não se lançava um disco cujo tema era Macau e o CD do Api acaba de quebrar este jejum.
Doze músicas das suas mais de 70 composições foram escolhidas para o repertório do disco, que será colocado para venda em Macau. Api diz: “são músicas dedicadas a Macau com exceção de duas – Painting the World e My Little Boy, cantadas em português, patuá e em inglês”.
Pensou em gravar a última canção do CD – Nôs Sã Encontro – em chinês-cantonense que foi escrita pela esposa Margareth, porém achou que a sua pronúncia não estava 100%, daí converteu as letras para o patuá. Lamentou muito por não poder dedicar pelo menos uma canção aos chineses de Macau, aventando dessa possibilidade num novo CD, isto é, se tiver chance e apoio para gravação de um segundo disco no futuro.
O Rigoberto, cantor e compositor desde a sua juventude em Macau, nasceu na Cidade do Nome de Deus e emigrou para o Brasil nos anos 70. Fazia parte do antigo conjunto The Thunders quando da gravação do disco de vinil “Macau” que fez muito sucesso na época, e até hoje é considerada pela comunidade macaense como seu hino e da Macau antiga. Para lembrar, os Thunders juntaram-se novamente para, exclusivamente, gravar o CD lançado por ocasião do Encontro das Comunidades Macaenses de 2004, ocasião em que fizeram a sua apresentação no estilo “revival”.
Há tempos que ele procurava apoio para gravar seu disco solo, e o assunto até foi objeto de postagens neste blog e no site Projecto Memória Macaense. E a sorte veio quando, através da Casa de Macau de São Paulo que encaminhou o pedido, conseguiu obter patrocínio do Instituto Internacional de Macau. A entidade de Macau vai fazer o lançamento do CD em Macau por ocasião do evento próprio que irão promover no Encontro das Comunidades Macaenses de 2013, que terá início no próximo dia 30. O Rigoberto estará presente no evento. Pena que o autor deste blog e do site Projecto Memória Macaense não estará lá, e nem no Encontro 2013, para registrar o acontecimento.
Mesmo que o disco venha a ser comercializado em Macau, o Api diz que “não passa pela minha cabeça e nem tenho nenhuma intenção de ganhar dinheiro com o disco”, justificando ainda: “a minha intenção é oferecê-lo de presente aos habitantes e amigos de Macau e às comunidades da diáspora macaense”. Revela que, por isso, a arrecadação com a vendagem do disco na apresentação ocorrida na Casa de Macau, que foi bastante satisfatória, foi doada à associação macaense local.
A gravação inicial do disco foi realizada no seu “home studio”, e toda a produção, como os arranjos e a execução, foi por sua conta com o apoio da “Bandapi”. Mas, o que é isso de a Bandapi? É uma banda formada por onze músicos, todos chamados Api, ou seja, o Rigoberto tocou todos os instrumentos individualmente e depois mixou-os com a sua voz. Para registrar isso produziu um divertido cartaz montado com fotografias de todos os músicos com o seu rosto.
BANDAPI, é Api na guitarra, Api no baixo, Api na bateria, Api no sax, Api nos teclados, Api no violino … Api isso, Api aquilo, enfim tudo Api.
O disco na sua etapa final foi mixado num estúdio profissional “Estúdio On-Line” por Clineu Conselheiro e Mário Vasconcelos. O design e finalização da capa coube ao seu filho Rodrigo do Rosário e as fotos de Macau foram oferecidas por Rogério P.D. Luz, autor deste blog.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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Meus sinceros parabéns Api. És um músico multifacetado com capacidade de tocar em + de meia dúzia de instrumentos musicais, o que é de tirar o chapéu. Foi o que eu sempre disse: “O macaense é muito inteligente e habilidoso, mas sempre mal aproveitado.” Mas, a vida continua e a maioria de nós está bastante bem, é o que interessa. Abração.