Não podia deixar de publicar esta foto que vi no grupo Conversa entre a Malta no Facebook, divulgada por Hugo Silva Jr., para mim inédita, a mostrar que os macaenses pegaram em armas para defender a sua terra.
Isso aconteceu nos tumultos assim chamados de “1, 2, 3” promovidos por simpatizantes da Revolução Cultural na China nos anos 60, os tais guardas vermelhos. Assim é conhecida por terem ocorrido nos três primeiros dias de novembro de 1966, causando destruição ao patrimônio público e que forçou a intervenção das Forças Armadas portuguesas estacionadas no território, quando ainda era administrado por Portugal. O resultado foi trágico com a ocorrência de vítimas fatais.
Hugo comenta orgulhoso que seu pai (o 5º a contar da esquerda) estava nesse grupo de civis armados a defender o prédio de Obras Públicas, mas que não foi necessário disparo de um único tiro.
Da janela da minha casa na Calçada do Tronco Velho, ouvi e assisti um pouco do tumulto que acontecia no Largo do Senado. Triste foi ver pequenas formações de policiais que desciam pela nossa rua para tentar controlar a multidão, e depois voltarem correndo, alguns a pular pelo muro da parte de trás do Cinema Oriental, talvez por terem sido encurralados na ladeira atrás do Cinema Apolo.
Esses acontecimentos convenceram o meu pai a promover a nossa emigração para o Brasil no final de 1967, pois temia que Macau fosse tomado à força um dia, tal como aconteceu em Shangai, embora na época teve esse risco mas contido pelos líderes no poder. Porém, graças ao fim da Revolução Cultural anos depois e pelo bom senso dos novos presidentes da China, a transição de soberania ocorreu pacificamente em 1999 e Macau hoje vive um deslumbrante progresso.
Salve os valentes macaenses portugueses!
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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