FESTA DOS BARCOS-DRAGÃO
Texto e fotografias de Manuel V. Basílio (Macau), e também fotos de Carlos Dias (Macau)
A Festa dos Barcos-Dragão (em cantonense, Tün Ng Chit ou, em pinyin[1], Duānwǔ Jié) celebra-se no quinto dia do quinto mês do calendário lunar, que, este ano (2017), coincide com o dia 30 de Maio.
Nos dias 27, 28 e 30 de Maio de 2017, realizou-se mais uma edição das Regatas Internacionais de Barcos-Dragão no Centro Náutico de Nam Van, com boa assistência e muita animação, nas quais participaram mais de cem equipas, quer locais, quer da China e de outros países.
Muitos acreditam que a Festa dos Barcos-Dragão se originou na antiga China, devido ao suicídio do poeta e estadista, Wât Yün ( 屈原 ), do Reino de Chu.
Wât Yün foi um poeta patriótico …
Wât Yün ( 屈原 , em pinyin, Qu Yuan) foi um poeta patriótico e um funcionário leal do Estado ou Reino de Chu, durante o Período dos Estados Combatentes ou Reinos Combatentes ( 戰 國 時 代 , Chin Kwók Si Tói, em pinyin, Zhànguó Shídài), ocorrido entre meados do século V a.C. até à unificação da China por Qin Shi Huang, em 221 a.C. Wât Yün era o principal conselheiro do Estado de Chu, e dedicou a sua vida a ajudar o rei para que Estado de Chu fosse poderoso. Em dada altura, aconselhou o rei para se aliar com o Estado de Qi (um dos sete estados em guerra: Qi, Chu, Yan, Han, Zhao, Wei e Qin), na luta contra o mais poderoso Estado de Qin. No entanto, ele foi caluniado por funcionários ciumentos e acusado de traição, tendo sido demitido e exilado pelo rei. Durante seu exílio, Wât Yün compôs muitos poemas, alguns dos quais ainda muito célebres, que expressam o seu grande amor e patriotismo ao Estado.
Em 278 a.C., o Estado de Qin conquistou a capital de Chu. Ao saber da derrota, Wât Yün, em grande desespero, cometeu suicídio por afogamento no rio Mêk Ló ( 汨 羅 江 , em pinyin, Miluo Jiang), no quinto dia do quinto mês do calendário lunar.
Quando as pessoas locais souberam da morte de Wât Yün ficaram muito tristes, e foram ao rio à procura do seu corpo, mas não foram capazes de o encontrar. Para preservar seu corpo, os locais remaram os seus barcos para cima e para baixo do rio, batendo na água com as pás dos remos e tocando tambores para afugentar maus espíritos, e lançaram bolinhas de arroz no rio para alimentar os peixes, de modo a não comer o corpo de Wât Yün. Esta é uma das versões das várias histórias que deram origem à tradição de uma das mais populares festas chinesas – a Festa dos Barcos-Dragão (em cantonense, Tün Ng Chit ou, em pinyin, Duānw Jié), em que se come o “chông” ( 粽 ), um bolo de arroz glutinoso, embrulhado em folhas, geralmente de lótus ou de bambú, conhecido em Macau pela designação “catupá”, dentro do qual pode haver um recheio de carne de porco assada, gema de ovo cristalizado, cogumelo, vieira seca, bem assim outras iguarias, conforme o tipo e preço do “chông” ( 粽 ). (M.V. Basílio)
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[1]O pinyin (em chinês: 拼音, pīnyīn), ou, mais formalmente, hanyu pinyin (汉语拼音 / 漢語拼音), é o método de romanização mais utilizado atualmente para o mandarim padrão (标准普通话 / 標準普通話). Hànyǔ (汉语 / 漢語) significa língua chinesa, e pīnyīn (拼音) significa “fonética”, ou, mais literalmente, “som soletrado”. O sistema é utilizado apenas para o mandarim padrão, e não para os outros idiomas chineses, incluindo o antigo chinês oficial, guangyun (广韵 / 廣韻). O sistema é usado na China continental, em Hong Kong, Macau, partes de Taiwan, Malásia e Singapura, para o ensino do mandarim e internacionalmente, para ensinar o mandarim como segundo idioma. Também é utilizado para grafar os nomes chineses em publicações estrangeiras, e pode ser utilizado para a insas ferção de caracteres chineses (hanzi) em computadores e telefones celulares. (Fonte – Wikipédia)
(As fotos do Manuel V. Basílio foram tiradas durante as provas de qualificação, na manhã do dia 30 de Maio)
Blog: Agradecimentos ao Manuel V.Basílio e ao Carlos Dias pelas fotos.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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