Na minha imigração de Macau para o Brasil em 1967, precisava levar na minha bagagem alguns livros para lembrar a minha terra natal. Tinham poucos, bem diferente dos dias de hoje quando há abundância de publicações. Tinha poucas fotos, nem dinheiro e capacidade suficiente para sair por aí e fotografar como na era digital, quando seriam milhares. Foram apenas poucas dezenas feitas por uma simples Yashica.
Das poucas opções de livros sobre Macau, tinha este “Macao, by Harry Redl”. Acredito que muitos macaenses devem ter um exemplar. Conservei-o razoavelmente bem até hoje, quando decidi digitalizar algumas fotos para publicação em duas ou mais postagens neste blog. Algumas páginas se soltaram e o conjunto despreendeu-se da capa. Tudo bem, vale por uma boa causa, mas vai dar para reparar o dano. Fiz uns recortes, alguns acertos por photoshop e tive a preocupação de atribuir a autoria na própria foto, inserindo em inglês “photo by Harry Redl”. Afinal,na medida possível, é preciso respeitar os direitos autorais, e espero que saibam respeitá-la na publicação em outros blogs etc., sem recortar o texto ou “carimbá-lo” pelo photoshop.
*Fotografias de/Photos by Harry Redl (clicar para aumentar/click to enlarge)
Resumo do texto sobre Macau extraído do livro escrito em inglês em 1963
Macau, Cidade do Santo Nome de Deus , é a única mistura de raça e cultura da costa do Sul da China e do Mediterrâneo que existiu por quatro séculos no Rio das Pérolas. É um décimo do tamanho da minúscula Alpine, Principado de Liechtenstein, tem cerca de vinte vezes do tamanho de população e é o paraíso do fluxo interminável de refugiados da China comunista.
Macau é a mais antiga colônia européia no Extremo Oriente. Utilizada pelos comerciantes portugueses como porto de parada para as suas naus a caminho do Japão nos idos 1516, foi formalmente estabelecida em 1557, exatamente um ano antes de Elizabeth I suceder ao trono de Inglaterra e sessenta e três anos antes de Mayflower viajar de Southampton para América.
Os chineses a chamavam de A-Ma-Kao, que significa a Baía de A-Ma – A-Ma, a Padroeira dos Marinheiros, cujo templo ainda é reverenciado até a atualidade.
Incluindo as duas pequenas ilhas de Taipa e Coloane, Macau abrange apenas 15,5 quilômetros quadrados (dados de 1963). A população é composta por cerca de 235 mil chineses, 1.080 portugueses e 20 mil naturais da terra “macaenses”.
Macao, by Harry Redl edited by Lee Peters, layout by Laurence Kearney and Lee Peters. Published by Dragonfly Books, Hong Kong. Printed by South China Photo-Process Printing Co. Ltd., Hong Kong, 1963
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
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