Roteiro das Aldeias do Xisto e Históricas (em Portugal) – (Parte 5 de 8)
Artigo, fotografias e legendas de Jorge Basto (Portugal)
Preâmbulo:
As Aldeias do Xisto são um conjunto de 27 aldeias cujas construções são feitas de xisto, das quais as mais belas ficam na Serra de Lousã.
As Aldeias Históricas são um conjunto de 12 núcleos urbanos anteriores ao Reino de Portugal, na região das Beiras e de grande importância histórica.
Este roteiro que realizei em 8 dias faz uma passagem por essas Aldeias, bem como por outros locais que me interessaram pelo caminho.
Dia 5: Linhares da Beira-Castelo Rodrigo
Neste dia ao sairmos de Linhares passamos por 2 locais arqueológicos, fora do roteiro para turista. Depois continuamos para outras aldeias históricas, Trancoso e Marialva, até chegarmos a Castelo Rodrigo, outro vencedor do Concurso de «Aldeia Histórica».
1 – Dólmen de Matança, neolítico
A sua construção remonta ao final do neolítico (cerca de 2800 a.C) e crê-se um legado dos povos Celtas.
Encontra-se muito bem preservado com a mesa (pedra horizontal) bem sustentada por 9 esteios (pedras verticais), com 4m de altura..
2 – Necrópole das Forcadas, medieval
Esta necrópole do séc. VIII inclui cerca de 25 sepulturas escavadas na rocha, de forma oval, rectangular e trapezoidal encontrando-se algumas delas geminadas.
Seriam cobertas por lajes e de origem visigótica.
3 – Trancoso (Beira Alta), Aldeia Histórica
Afonso Henriques concede-lhe a carta de Foral e D. Dinis manda construir as muralhas que ainda hoje protegem um burgo onde conviveram cristãos e judeus, numa grande comunidade.
3.4 Pelourinho (símbolo de poder jurídico/administrativo, por foro real) com «gaiola» superior, de 1510. Foto: Jorge Basto
4 – Marialva, outra Aldeia Histórica
O Castelo de Marialva situa-se no topo de um penedo granítico, em posição dominante.
Governado pela nobre família Marialva, o seu 4.º marquês foi o famoso “Marquês de Marialva” (séc XVIII), exímio cavaleiro e estribeiro-mor d´el-rei D. José I, mas também boémio e fadista.
Dele advém o termo «marialvismo», relativo às regras de cavalgar com estribos curtos (usado em touradas), e em sentido pejorativo – conduta aventureira de sedutor, conquistador de mulheres.
Marialva liga-se também ao trágico destino dos Távora (séc XVIII): o Marquês de Távora, seu então alcaide, foi condenado por tentativa de regicídio e a família torturada e executada publicamente em Lisboa. A partir daí a população do Castelo começou a abandoná-lo, vivendo extramuros.
Castelo Rodrigo, vencedor Concurso de «Aldeia Histórica»*
Castelo Rodrigo está rodeado por muralhas, com ruas e casas interessantes, umas manuelinas outras árabes, e encontra-se na rota dos peregrinos a Compostela.
Historicamente, nenhuma povoação raiana exerceu por tão longo período um lugar tão relevante nas relações Luso-Castelhanas e na defesa do território português.
6 – Castelo Rodrigo, a Hospedaria (na pernoita) e o Convento (na manhã seguinte)
A Hospedaria do Convento, ao lado do Convento, torna-se agradável para, no final dum dia a conduzir, poisar e degustar um «tinto», sentar e conversar. Já agora, também pernoitar.
Junto algumas fotos desse local que outrora foi uma residência familiar, reconstruída em 1990s.
O Convento de Santa Maria de Aguiar do séc XII é um exemplo fidedigno da primitiva arquitectura da Ordem de Cister: austeridade, robustez e poucos elementos ornamentais.
Local de muitas lutas entre cristãos e mouros, e posteriormente entre portugueses e leoneses, foi edificado como um recinto fechado.
Dia 6 -Castelo Rodrigo-Belmonte
Fica para o próximo episódio, quando regressarmos ao Sul para Belmonte: a terra mais Brasileira de Portugal.
Porque? Foi aí que nasceu Pedro Álvares Cabral.
Nota: *Castelo Rodrigo foi vencedor na categoria “Aldeias Autênticas” no concurso – As 7 Maravilhas de Portugal
Parte 1: Portugal maravilhoso: viagem às “Aldeias do Xisto e Históricas” num roteiro de 8 dias (1º dia)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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